sexta-feira, 3 de março de 2017

Levando a água á sério. Da postagem anterior


60% desse texto, reportagem da Revista Exame, março/17,  não tem consistência; são  pura fantasia, e resulta não só da INOCÊNCIA da equipe de reportagem, mas provavelmente os repórteres confiaram nas informações de “técnicos” que além de analfabetos com relação à água (como um todo) no NE,  pode ser matéria paga para divulgar falsa informação para  promover alguma instituição, ou governos; dizer que  “as cisternas” e as “barragens subterrâneas” contribuem para  se dispor de água “de beber” e irrigação de lavoura no semiárido, com 8 meses de verão, sem chuvas, com 400mm de chuvas ao ano é MENTIRA CRUA, ou pura ILUSÃO.
Dizer que o banco mundial, junto com governo BR dispõem de ferramentas para a convivência com a seca é CRIME inafiançável; acreditar (na  reportagem) que o governo BR vai alocar recursos para restaurar o rio São Francisco é conversa pra boi dormir;
O termo “elefante branco”, como forma de inutilidade da transposição não cita as principais causas: 1) o rio São Francisco será temporário até o ano 2.050; 2) devido o grande dispêndio de energia que aciona as bombas nas elevatórias de água entre  a tomada de água no RSF para fazê-la fluir nos canais, fluxo que deveria  ser contínuo com 20m³ por segundo,  impõe que durante um mês, 30 dias, não tenha mais que 86.400 segundos com água, corrente (ou presente no canal), ou seja, o correspondente a um dia por mês, ou ainda, 86.400 x 20= 1.728.000 m³, por mês, insuficiente para abastecer uma cidade de 86.400 habitantes; 3) a evaporação de água no chão do semiárido (sem falar em outras perdas), por conta da baixa umidade do ar, por conta da alta temperatura e ventos secos é de 6L/m² ao dia; o canal de cimento é impermeável, porém a água móvel no canal aberto evapora, no mínimo, 8L/m² ao dia; um canal com 600 km de extensão 10m de largura – 600.000m X 10 = 6.000.000 m² x 8L/m²= perda por fuga para a atmosfera de 48 milhões de litros por dia, ou 48.000 m³. A COISA vai começar, porém em menos de um ano terá fracassado como forma de transportar água do RSF para o sertão, como está preconizado no projeto fantasia desde 1.883; O volume de água das  chuvas de(no mínimo) 400 litros por m², ao ano no semiárido de 900.000 km²  é de 400.000 m³ por km² X 900.000 km² = 3,6 X 1011 m³, POR ANO,  é 5 vezes a água do aquífero Guarani que tem 800.000 km² dentro do BR, e acumula, segundo dados oficiais,
5X1010 m³; com  20% dessa água captada da nuvem, e armazenada em quantidade e qualidade, todos os anos, em todos os lugares do semiárido, não haveria a seca, ou seja, era suficiente para afogar a maldita seca nordestina.
Até com relação á água, o governo e comunidade acadêmica (e imprensa), por inocência, ignorância, analfabetismo científico produzem um texto semelhante à letra do samba do crioulo doido: distorção, desinformação, contrainformação, engodo, balela; ou samba de carnaval;  QFDP.


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