-RN-NE-BR, 06 de julho de
2.009.
Anexo: CD Gravado com Ciência
Ambiental
Algumas correspondências recebidas
pela FEMeA.
Ilustríssima Coordenadora
Editorial da REDE de CRISTÂOS/CAALL.
1) Visando a manutenção de intercambio de
informações com Instituições Científicas comprometidas com Deus e com a
promoção da Vida, a exemplo do CAALL, anexamos a este documento um “CD” gravado
com o Tratado Eco-social-ambiental-moral, (Tesam), base (1ª fase) de um estudo
socio-ambiental do Nordeste, ao qual, progressivamente no tempo, serão
acrescidas informações “in loco”, mas diferentemente de outros trabalhos de
ciência ambiental da FEMeA trataremos essas informações no incondicional
sentido “moral”, disponibilizando, assim,
aos analistas e estudiosos do assunto uma versão realista (e ousada) da
atividade socio-ambiental do Homem na Terra. Nossa expectativa com o envio
deste material é que o CAALL por intermédio de seus departamentos de ensino
(Faculdade+) e publicações (Boletim Rede+) faça uma análise comparativa entre
as informações científicas da FEMeA e as informações que são do domínio
público, emitindo pareceres, críticas, sugestões que serão úteis para
orientação e desenvolvimento deste TRATADO, tornadas públicas para o Bem de
Todos.
Está sobejamente comprovado que a literatura
ambiental brasileira, copiada da literatura ambiental USA na ECO 92 (1.992) é
estranha e agressiva para os Elementos do ambiente da vida no Brasil; é notório
que há incompatibilidade na relação da Humanidade com o “ambiente Terra” e com
as formas de vida naturalmente
estabelecidas, onde o homem é seu único predador; é claro, entretanto, que a
parte consciente da Humanidade
(1:10.000.000) deseja “conhecer” a antítese ao CAOS flagrante,
arquitetado no “envolvimento insustentável” cultuado.
Temos ciência e consciência de que o Material
Científico Didático da FEMeA tem gabarito e fé de ofício para se opor a essa estupidez intelectual do USO,
consumo, gasto da água; do solo; da Atmosfera; da Luz Solar; da Natureza; da
Vida, onde o antídoto do “mal” será a UTILIZAÇÃO por transformação como é a
expectativa de Mãe Natureza e desejo de Deus.
Defender o “equilíbrio” da Vida na Terra é
direito e dever do “Ser” Instituição
Imagem e Semelhança de Deus, sede da inteligência, Razão e racionalidade, principalmente quando
se é CRISTÃO.
2)Solicito
o empenho de V.Sa. no sentido de dar conhecimento deste Documento(e anexo) aos
Dirigentes desta Instituição Científica. Permaneço à disposição para outros
esclarecimentos.
3)Somente
a verdade liberta: onde há trevas não há LUZ, não há PAZ, não há justiça – é o
Caos.
Com
os meus cordiais sentimentos de apreço e consideração,
VELHO CHICO.
São Francisco
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Cânion do rio São Francisco localizado
na cidade de Canindé de São
Francisco, divisa de Alagoas e Sergipe
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Mapa da extensão total do rio São Francisco. Em seus 2 830 km o
rio passa por cinco estados brasileiros.
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2.863 km
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Nascente
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Altitude da nascente
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1200 m
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Caudal médio
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2 943 m³/s
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641 000 km²
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País(es)
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O rio
São Francisco é um dos mais importantes cursos
d'água do Brasil e
da América do Sul.
O rio passa por cinco estados e 521 municípios, sendo sua nascente geográfica no
município de Medeiros e
sua nascente histórica na serra da Canastra,
no município de São Roque de Minas,
centro-oeste de Minas Gerais.[1] Seu
percurso atravessa o estado da Bahia,
fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco,
bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas e,
por fim, deságua no oceano Atlântico,
drenando uma área de aproximadamente 641 000 km². Seu comprimento
medido a partir da nascente histórica é de 2 814 km, mas chega a
2 863 km quando medido ao longo do trecho geográfico.[2]
O
rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e
tem seis usinas hidrelétricas. Apresenta dois estirões navegáveis: o médio, com
cerca de 1.371 quilômetros de extensão, entre Pirapora (MG)
e Juazeiro (BA)
/ Petrolina (PE)
e o baixo, com 208 quilômetros, entre Piranhas (AL)
e a foz, no Oceano Atlântico. Os aluviões recentes,
os arenitos e calcários,
que dominam boa parte da bacia de drenagem,
funcionam como verdadeiras esponjas para reterem e liberarem as águas nos meses
de estiagem, a tal ponto que, em Pirapora (MG), Januária (MG)
e até mesmo em Carinhanha (BA),
o mínimo se dá em setembro, dois meses após o mínimo pluvial de julho.
As
partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos,
enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante
seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do
São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia, ali inserida, é de
apenas 37% da área total. A área compreendida entre a fronteira Minas
Gerais-Bahia e a cidade de Juazeiro (BA), representa 45% do vale e contribui com
apenas 20% do deflúvio anual. Mesmo quando penetra na zona sertaneja semiárida,
consegue manter-se perene,
apesar da intensa evaporação,
da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários
da margem direita. Tem seu volume d'água diminuído, mas não totalmente graças
ao mecanismo de retroalimentação proveniente do seu alto curso e dos afluentes
no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia. Nesse trecho o período das cheias
ocorre de outubro a abril, com altura máxima em março, no fim da estação
chuvosa. As vazantes são observadas de maio a setembro, condicionadas à estação
seca.
Topônimo
A
alcunha «Rio da Integração Nacional» se deve às entradas e bandeiras que
nos séculos XVII e XVIII usaram-no como rota para penetrar no interior. Outro
nome, «rio dos Currais», se deve a ter servido de trilha para fazer descer o
gado do Nordeste até
a região das Minas Gerais, sobretudo no início do século XVIII, quando se
achava ali o ouro que fez afluir milhões de pessoas à terra, fazendo a fortuna
de muita gente e, afinal, integrando a região Nordeste às regiões Centro-Oeste e Sudeste.
História
Povos originais e colonização
Como
escreveu Guimarães Rosa,
sua história tem sido a história do sofrimento de um rio que há mais de
quinhentos anos é fonte de vida e riqueza. Seu descobrimento é atribuído ao navegador
florentino Américo Vespúcio,
que navegou em sua foz em 1501. A 4 de outubro desse mesmo ano, uma expedição
de reconhecimento descia a costa brasileira, rente ao litoral,
comandada por André
Gonçalves e Américo
Vespúcio e vinda do cabo de São Roque.
O nome é homenagem a São Francisco de
Assis, festejado naquela data. A
região da foz era habitada pelos índios,
que a chamavam Opará, que significa algo como “rio-mar”. Outra expedição, em
1503, chegou à foz,
comandada por Gonçalo Coelho,
outra vez com Américo Vespúcio. O rio era visitado apenas nas cercanias da foz,
pois a mata, a caatinga desconhecida
e as tribos ferozes impediam os brancos de penetrar na terra.[carece de
fontes]
Expedições, entradas, bandeiras
Entre
1535 e 1560, o primeiro donatário da capitania de
Pernambuco, Duarte Coelho Pereira,
fundou a cidade de Penedo,
no atual estado de Alagoas. Foi o primeiro núcleo povoador das margens, fundada
a quase 40 quilômetros da costa. A localização estratégica do povoado,
à porta do sertão,
mereceu também atenção dos holandeses, tanto que, mais tarde, em 1637,
conseguiram nele erigir um forte.[carece de
fontes]
Os franceses já
frequentavam a costa, e com certeza por volta de 1526 estiveram no rio São
Francisco, tanto que uma pequena baía, próxima à foz,
recebeu o nome de Porto dos Franceses. Nas proximidades, ocorreu o
famoso naufrágio de uma nau que levava D. Pero Fernandes
Sardinha, primeiro bispo do Brasil.
Escapando do naufrágio, em 1556, foi preso e devorado pelos índios caetés.
As tribos indígenas que ali viviam eram chamadas pelos tupis de tapuias,
pois era assim que chamavam qualquer tribo que
não tivesse a mesma língua. Havia basicamente na costa do Brasil dois grupos
indígenas distintos: os Tupis e os Gês.[carece de
fontes]
A
colonização do vale do médio rio se efetuou em duas épocas distintas, a segunda
delas quase um século depois da outra. Os primeiros estabelecimentos no médio
São Francisco iniciaram-se no extremo a jusante.
Exploradores de Olinda,
fundada em 1534 e de Salvador,
em 1549, se aventuraram pelo vale do rio entre dificuldades imensas, dadas à
agressividade da natureza e à presença de selvagens. Um dos primeiros núcleos
de colonização foi
estabelecido em Bom Jesus da Lapa.
Uma expedição vinda de Olinda, entre 1534 e 1550, chegou à região, atingindo
Lapa. Anos depois outra expedição, de Salvador, aí esteve. Na metade do século,
um grupo de 200 homens fundou ali um estabelecimento e numerosas fazendas de
gado. No fim do século XVII a história registra a existência de uma fazenda de
gado, próxima à atual cidade da Barra,
o principal posto de abastecimento do médio São Francisco.
Com
a autorização da coroa portuguesa,
em 1543 começou a criação de gado, atividade que marca a história do vale. A
exploração se limitava ao litoral,
principalmente por causa dos indígenas.
Os pancararus, aticuns-umãs, cambiuás, trucás, quiriris, tuxás e pancararés,
são remanescentes atuais dos povos antigos. Lendas sobre
riquezas extraordinárias atraíam aventureiros; pensavam encontrar ouro e pedras
preciosas. Corriam, sobretudo em Porto Seguro,
informações delirantes sobre tribos que se enfeitavam com ouro, pedras verdes e
diamantes. Por ordem do rei Dom João III,
o governador-geral Tomé de Sousa determinou
a exploração do rio, em 1553, a Francisco Bruza
de Espinosa, que formou a
primeira entrada de penetração, levando um jesuíta basco, João de
Azpilcueta Navarro. O roteiro
dessa viagem e uma carta do padre são
os primeiros documentos que descrevem o rio São Francisco. Não se acharam,
porém, as sonhadas minas de ouro e prata, como havia nas terras espanholas do Alto Peru.[carece de
fontes]
Duarte
Coelho Pereira, governador, organizou uma expedição cujos navios entraram pela
foz, lutou contra os franceses, ali encontrados, que faziam escambo com
os indígenas, e os expulsou. Nessa oportunidade, navegou poucas léguas rio
acima. Em 1560,
um filho de Duarte Coelho, Duarte Coelho
de Albuquerque, o segundo donatário de Pernambuco,
e seu irmão Jorge lutaram cinco anos contra os caetés. O rio foi visitado em
1561 pela expedição de Vasco Rodrigues de Sousa e em 1575 na entrada denominada
de "Mata-Negro". Marco de Azevedo viajou ao interior com um grupo, em
1577. Sabe-se, também, que em 1583 João Coelho de Sousa penetrou o sertão e
chegou ao rio.[carece de
fontes]
Em
1587, o governador Luís de
Brito determinou a exploração
do rio São Francisco e entregou a responsabilidade a Sebastião Álvares, numa
iniciativa fracassada. Gaspar Dias de Ataíde e Francisco Caldas viram sua
expedição dizimada em 1588. Em 1590, Cristóvão de Barros entrou
pela região, que hoje é o estado de Sergipe,
até o baixo São Francisco, estabelecendo um caminho que serviria aos colonizadores e
como defesa contra os franceses. Em 1595, um descendente de Caramuru, Melchior
Dias Moreira, de acordo com
carta escrita ao Conde de Sabugosa,
teria penetrado e ultrapassado o rio São Francisco. Guiados pela cobiça, os
colonizadores foram dizimando os índios, que fugiam para o planalto central.
Assim, ergueram-se os primeiros e pequenos arraiais, iniciando o domínio da
região.
Em
1675, jazidas de
ouro são encontradas em afluentes do São Francisco pela bandeira de Lourenço de Castanho que
massacrou os cataguases da
região. Entre as dezenas de expedições dos bandeirantes que palmilharam o São
Francisco contam-se Matias Cardoso, Domingos Jorge Velho, Domingos Sertão, Borba Gato e Domingos
Mafrense - este último subiu
alguns afluentes,
chegando às nascentes do rio Parnaíba.
Em sua homenagem, há uma cidade chamada Vila
Mafrense, no município de Paulistana, Piauí.
Nesta época, os reinóis enfrentavam
ainda a resistência de escravos fugitivos. Os quilombos formavam
uma verdadeira república negra que desafiou por muito tempo o domínio da Coroa.
Em 20 de dezembro de 1695, uma tropa mercenária contratados
por Portugal e
pelos usineiros de
açúcar da capitania de Pernambuco destruiu o último foco da resistência armada
dos escravos,
ligadas ao famoso Quilombo dos Palmares.[carece de
fontes]
O Ciclo do ouro começou
realmente com a bandeira de Fernão Dias Paes Leme,
nas últimas décadas do século XVII. O rio das Velhas e
o rio São Francisco formavam o caminho natural para o litoral e para Portugal.
São Francisco acima subiam as mercadorias necessárias às minerações e fazendas,
os barcos que regressavam traziam ouro. Logo se formaram quadrilhas de
assaltantes nas estradas e, principalmente, no rio. Para combatê-las, as
autoridades designaram bandeirantes como Matias Cardoso de
Almeida, seu filho Januário Cardoso
e Domingos
do Prado Oliveira. Como muitas
quadrilhas se refugiavam nas aldeias indígenas, o fato serviu de pretexto a
expedições genocidas,
como a que Januário
Cardoso e o português Manuel Pires Maciel Parente comandaram,
destruindo a da maior aldeia
indígena daquela região -
Itapiraçaba, dos índios caiapós.
No começo do século XVIII o bando de Domingos do Prado Oliveira destroçou a
grande aldeia dos Guaiabas,
na ilha fronteira a São Romão ,
um pavoroso genocídio. Este bandeirante e
sua gente tinham como base o povoado de Pedras de Cima, depois denominado Pedras
dos Angicos.[carece de
fontes]
Haveria
mais de cem famílias paulistas desde 1690 no chamado «distrito dos couros», que
era o vale do Rio São Francisco, com as zonas ribeirinhas dos afluentes, que
teriam origem nos expedicionários bandeirantes chamados ao Norte contra
os Tapuias e
os quilombos, que como Borba Gato se dedicaram inicialmente ao gado - entre
seus descendentes muitos dos contrabandistas que
no século XVIII sangraram os Quintos do
rei, rio abaixo, de bubuia, pelos direitos que se arrogam como detentores das
datas e por crescentes exações da Real Fazenda, como o quinto e as capitações.
Os paulistas estiveram sempre entre os fatores dos movimentos armados do início
da capitania de Minas - a Guerra dos Emboabas,
a rebelião de Pitangui,
os famigerados motins do sertão com as românticas figuras de D. Maria da
Cruz e do padre Antônio
Mendes Santiago.[carece de
fontes]
O sistema de sesmarias
A
ocupação só ocorreu por meio do sistema de sesmarias. O rio São Francisco
ocupava parte das terras atribuídas à Casa da Torre de Garcia d'Ávila e
à Casa da
Ponte, de Antônio Guedes de
Brito. Garcia d'Ávila se apoderou
de suas terras em 1573: eram mais de 70 léguas entre o São Francisco e o rio
Parnaíba, no Piauí. Historiadores dizem que, residindo na praia do
Forte, próximo a Salvador, e
possuindo uma Carta de Sesmaria, pois era fidalgo, Garcia D'Ávila avançou em
direção ao São Francisco, construindo em distâncias certas um curral e uma
choupana, onde deixava 20 novilhas e um touro, e, para cuidar do rebanho, um
casal de escravos. Tornou-se assim o primeiro latifundiário do São Francisco. Apossou-se
das terras de forma irregular, pois o capítulo 26 do Regimento trazido
por Roque
da Costa Barreto determinava
que, não se desse a pessoa alguma tanta quantidade de terra que a não pudesse
cultivar ele próprio, tirando-as a quem assim não o cumprisse. Não foi bem o
modo como Garcia D'Ávila ocupou o sertão.
A Casa da Ponte, entretanto, recebeu como indenização por serviços
prestados e gêneros fornecidos às guerras, 960 quilômetros de margem de rio,
que tinham início no morro do Chapéu,
no atual município de Jacaraci,
estado da Bahia, estendendo-se até as nascentes do rio das Velhas,
em Minas Gerais. Em 1637, os holandeses invadiram o povoado de Penedo por
causa de sua localização estratégica na foz do rio, onde construíram o Forte
Maurício, em homenagem a Maurício de Nassau.
O domínio holandês permaneceu forte até 1645, quando os portugueses retomaram a
região. Outro fator importante da ocupação foram as missões religiosas,
iniciadas por frades capuchinhos bretões a partir de 1641. No período da
ocupação holandesa, o próprio Maurício de Nassau esteve no São Francisco, tendo
dominado a área alagoana, até Penedo. No
sertão do São Francisco a pessoa mais importante foi Manuel Nunes Viana,
que se tornou dono da maior fortuna do São Francisco pois obteve procuração da
filha do senhor da Casa da Ponte, Isabel Guedes de Brito, para administrar as
terras de herança e cobrar o foro sobre a sesmaria. E de homem pobre Manuel
Nunes se transformou em potentado em gado e terras, durante o ciclo do couro,
no vale do São Francisco, ajudando ainda ao contrabando do ouro para o porto de
Salvador e desafiando o conde de Assumar em
Vila Rica (atual Ouro Preto).
Missões religiosas
Ajudaram
a ocupação as missões, registradas na região a partir de 1641. Franciscanos capuchinhos bretões
instalaram os primeiros aldeamentos. Em um relato do frade Martim de Nantes se
percebe o comportamento atrabiliário da família de Garcia d'Ávila,
em constantes desentendimentos com os franciscanos.
Os frades reclamavam
da constante interrupção das missões que geralmente instalavam nas ilhas, áreas
mais férteis; ora, os vaqueiros da Casa da Torre,
no período da seca, que ali dura seis meses por ano, empurravam os rebanhos
para comer a lavoura dos índios, obrigando-os a buscar alimento na caça,
dispersando-se na caatinga e
interrompendo o trabalho de catequese.[carece de
fontes]
Atritos
entre missionários e
os herdeiros de Garcia d'Ávila permeiam a correspondência entre os sacerdotes e
seus superiores. Culminaram na reprovação da ação dos barbadinhos bretões, por
parte das viúvas da Casa da Torre. E afinal, na proibição oficial de qualquer
comunicação da região com a do sul. Descoberto o ouro nas terras que ficariam
conhecidas como Minas, temia a corte o descaminho pelo porto de Salvador,
fazendo assim escapar do controle do governo a parte de 20% (o quinto)
que cobrava o rei de Portugal. Assim, a carta régia de 1701 proíbe
"quaisquer comunicações daquela parte dos sertões baianos com as minas dos
paulistas nos sertões mineiros", ameaçando de severas penas os infratores.
O que na verdade não impediu o contrabando,
mas o tornou mais difícil… O isolamento seria prejudicial pois a região
estagnou por falta de contato com comunidades mais cultas. Diz Lacerda: "Atravessa
a região o século XIX em melancólico torpor, apenas sacudida pela curiosidade
de alguns naturalistas botânicos e geógrafos que
a visitaram, e pelo estrelejar das brigas de bandos adversos, facções
medievais, como guelfos e gibelinos de gibão encourado, perpetuando rixas
familiares, generalizando, com encontros intermitentes, as questões domésticas
dos senhores do rio.» Mas o isolamento serviu por outro lado para gerar uma
sociedade muito particular, com suas lendas, mitos, folguedos,
medos, suas crenças,
seu vocabulário.[carece de
fontes]
Descoberta de ouro
O
Alto São Francisco só foi colonizado a partir da descoberta do ouro, ao término
do século XVII e no começo do século XVIII. A região era apenas percorrida no
século XVII por exploradores, provavelmente vindos do Norte, sem qualquer
povoamento. Descoberto o ouro em 1698, no sítio onde se ergue hoje Ouro Preto,
o Alto São Francisco se desenvolveu em consequência da prosperidade mineira,
que se expandia. Muitos paulistas se fixaram no alto São Francisco, fundando
cidades que hoje têm seus nomes.[carece de
fontes]
A
descoberta de ouro em Goiás, por volta de 1720, intensificou o povoamento. Já
no baixo São Francisco, o povoamento foi dificultado pela formação de
aldeamentos de escravos fugitivos dos engenhos. Desde o início do século XVIII,
o desbravamento do São Francisco era completado por gente de Salvador e Recife.
Para a fixação, concorreu a descoberta de ouro em Jacobina,
no médio vale, junto da cabeceira de seu o afluente o rio Salitre,
e pelo povoamento do Piauí, Maranhão e Ceará.
Desenvolveram-se as fazendas de criação de gado.[carece de
fontes]
O
alto São Francisco a essa altura, estava também povoado e era cruzado pelas
rotas de penetração que se dirigiam a Goiás ao
longo da qual muita gente se fixava, na exploração de diamantes e ouro ou em
fazendas de pecuária. João Leite da
Silva Ortiz, auxiliar
de Anhanguera,
que em 1722 descobriu ouro em Goiás, terminou por viver no local onde se ergue
hoje Belo Horizonte,
montando fazenda na serra das Congonhas.
Durante o século XVIII, as contínuas descobertas de minerais e pedras
provocaram novas colonizações nas áreas montanhosas, causando no vale do rio
poucas alterações. Montes Claros,
na bacia do rio Verde Grande,
teve início neste século como uma área agrícola, e hoje é uma das cidades mais
importantes.[carece de
fontes]
Era contemporânea
Por
volta de 1800, a indústria da mineração começou a declinar, e muitas cidades e
povoados diminuíram em tamanho e importância. A agricultura substituiu a mineração.
Cidades nascidas da mineração, subsistem da agricultura. Os primeiros estudos
sobre o aproveitamento do potencial socioeconômico foram realizados no século
XIX. Em 1852, o engenheiro francês Emmanuel Liais foi contratado pelo
imperador Dom Pedro II para
estudar o rio e as possibilidades de desenvolvimento de sua navegação. Em 1855,
o alemão Henrique Halfeld,
contratado pelo Império, desenvolveu estudos semelhantes. Os trabalhos de
Halfeld e Liais são considerados os mais importantes do século XIX pela
abrangência e pelo rigor técnico.[carece de
fontes]
Devido
à severa estiagem na Região Sudeste do
Brasil em 2014, em 23 de
setembro de 2014 o diretor do Parque
Nacional da Serra da Canastra informou
em entrevista que a principal nascente do rio São Francisco, localizada
em São Roque de Minas,
secou. Segundo o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, a situação ameaça o nível das barragens
da usina
hidrelétrica de Três Marias e
de usina
hidrelétrica de Sobradinho, além de comprometer
a biodiversidade e a qualidade da água do rio.[4]
Geografia
Rio São Francisco perto de Paulo Afonso
Segundo
fontes governamentais,[5] tem
uma extensão de 2.830 quilômetros e uma declividade média de 8,8 centímetros
por quilômetro. A média das vazões na foz é de 2.943 metros cúbicos por
segundo, e a velocidade média de sua corrente é de 0,8 metro por segundo, entre
Pirapora e Juazeiro. Entre as características físicas do rio estão uma
declividade média de 8,8 centímetros por quilômetro e velocidade média de
corrente de 0,8 metros por segundo (entre Pirapora-MG e Juazeiro-BA).[carece de
fontes]
O
rio São Francisco banha cinco estados,
recebendo água de 90 afluentes pela margem direita e 78 afluentes pela margem
esquerda, num total de 168 afluentes, sendo 99 deles perenes. É um rio de
grande importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa.
Folcloricamente, é citado em várias canções e
há muitas lendas em
torno das carrancas (entidades
do mal[carece de
fontes]) que até hoje
persistem. Os trechos navegáveis estão no seu médio e baixo cursos. O maior
deles, entre Pirapora e Juazeiro - Petrolina,
com 1.371 quilômetros de extensão, pode ser analisado em três subpartes, devido
a algumas características distintas de seus percursos. O primeiro subtrecho,
que se estende de Pirapora até a extremidade superior do reservatório de
Sobradinho, próximo à cidade de Xique-Xique,
tem 1.074 quilômetros de extensão. No médio São Francisco, a navegação é
exercida pela FRANAVE,
com frota de comboios adequada às atuais condições da via.
As
principais mercadorias transportadas são cimento, sal, açúcar, arroz, soja, manufaturas,
madeira e principalmente gipsita.
No baixo e médio São Francisco, promove-se o transporte de turistas em
embarcações equipadas com caldeiras a
lenha. Atualmente o rio São Francisco está sendo transposto. O que está
dividindo opiniões entre brasileiros que vivem nos estados banhados pelo rio.[carece de
fontes]
Condições pluviométricas
As
condições pluviométricas, no baixo curso do São Francisco, diferem das
constatadas no médio e alto cursos. No baixo vale os meses mais chuvosos são,
geralmente, os de maio, junho e julho. O período de estiagem perdura de
setembro a fevereiro, sendo outubro o mês menos chuvoso. No médio e alto vales
as maiores precipitações vão de novembro a março. O período menos chuvoso
inicia-se em abril, estendendo-se até outubro, sendo junho, julho e agosto os
meses de menores precipitações.
Principais afluentes
Importância econômica

O Complexo
Hidrelétrico de Paulo Afonso é
um conjunto de usinas, localizado na cidade de Paulo Afonso,
que produz 4.000 megawatts de energia,
gerada a partir do desnível natural de 80 metros da cachoeira de
Paulo Afonso, no rio São
Francisco.
O
rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de suas áreas
ribeirinhas compreendidas pela dominação de Vale do São Francisco,
onde cidades experimentaram maior crescimento e progresso como Petrolina em Pernambuco e Juazeiro na Bahia devido
a agricultura irrigada. Essa região apresenta-se atualmente como a maior
produtora de frutas tropicais do país, recebendo atenção especial, também, a
produção de vinho,
em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras anuais de uvas.
Hidrovia
Equivalente
à distância entre Brasília e
Salvador, essa é, sem dúvida, a mais econômica forma de ligação entre o Centro
Sul e o Nordeste.
Com o seu extremo sul localizado na cidade de Pirapora,
a hidrovia do
São Francisco é interligada por ferrovias e estradas aos
mais importantes centros econômicos do Sudeste, além de fazer parte do Corredor de Exportação Centro-Leste.
Ao norte, nas cidades vizinhas a Juazeiro e Petrolina, a hidrovia está ligada
às principais capitais do Nordeste, dada a posição geográfica destas duas
cidades.[carece de
fontes]
O
rio São Francisco oferece condições naturais de navegação durante todo o ano,
cuja profundidade varia de acordo com o regime de chuvas (calado). Seu porto
mais importante é o de Pirapora, interligado aos portos fluviais
de Petrolina e Juazeiro e aos marítimos de Vitória, Rio de Janeiro, Santos,
Salvador, Recife e Porto de Suape,
através de rodovias e
ferrovias.[carece de
fontes]
Em
grande parte do vale do São Francisco as áreas mais propícias ao aproveitamento
agrícola situam-se às margens do mesmo. Por esse motivo a maior parcela da
população do vale se encontra nas proximidades do rio. A hidrovia do São
Francisco, através do programa "Avança
Brasil", passa por uma etapa de
grandes intervenções físicas. Aliadas a isso estão as ações de operacionalidade
da via. Todas essas ações permitirão que a hidrovia do São Francisco atenda a
crescente demanda de tráfego, não só na região ribeirinha, mas de todo o país,
consolidando-se, assim, como um dos principais elos entre o Sudeste e
o Nordeste.[carece de
fontes]
Condições de navegabilidade
Barcos de passeio em um trecho do rio
O
rio São Francisco oferece condições naturais de navegação entre Pirapora e
Petrolina/Juazeiro durante todo o ano, com variação de calado segundo o regime
de chuvas. É navegável em seus trechos Médio e Baixo, sendo o Médio São
Francisco compreendido entre Pirapora e Petrolina/Juazeiro e o Baixo entre
Piranhas e a foz. Devido as diferentes características físicas existentes ao
longo da via navegável, subdivide-se o trecho Pirapora a Petrolina/Juazeiro em
três subtrechos, a saber:[carece de
fontes]
O
trecho Pirapora a Pilão Arcado,
com 1.015 quilômetros de extensão, apresenta condições bastantes distintas
entre o período de estiagem e o de cheia, ocorrendo variações de níveis de até
6,00 m. Na cheia o leito do rio é largo e regular, com estirões naturalmente
navegáveis. No período de estiagem, a área molhada é menor, o talvegue se
desenvolve entre ilhas e bancos de areia móveis ao longo do canal, que é
desobstruído a medida que se torna necessário para manter a segurança da
hidrovia. Há também, a existência de travessões rochosos e pedrais em alguns
trechos, pedrais junto a margem e pedras isoladas no leito do rio, que são
devidamente sinalizados e balizados, garantindo navegação segura. Quanto aos
bancos de areia estima-se um volume anual de dragagem na ordem de 150.000
metros cúbicos a 250.000 metros cúbicos, dependendo das condições do rio. Para
todos os pedrais existentes, é feita sinalização com placas e boias, e para
alguns deles são feitos estudos quanto a possibilidade de derrocamento.[carece de
fontes]
De
Pilão Arcado à Barragem
de Sobradinho, a navegação é
feita pelo Lago de Sobradinho ao longo de 314 quilômetros, caracterizando-se
como navegação lacustre com excelentes profundidades. Trecho com 42 quilômetros
de extensão e largura variando de 300 a 800 metros, garante calado de 2,00
metros para uma vazão da Barragem de Sobradinho de 1.500 metros cúbicos por
segundo. A vazão defluente regularizada da usina de Sobradinho é de 2.063 metros
cúbicos por segundo. De Paulo Afonso a Canindé de São
Francisco é
navegável do cânion do São Francisco, entre o Complexo
Hidrelétrico de Paulo Afonso e
a Usina
Hidrelétrica de Xingó. Com uma
extensão de 208 quilômetros, apresenta navegação turística.[carece de
fontes]
Transposição
Mapa da Transposição
A
transposição do rio São Francisco se refere ao antigo projeto de transposição
de parte das águas do rio São Francisco, nomeado pelo governo brasileiro como
"Projeto de Integração do rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do
Nordeste Setentrional". O projeto é um empreendimento do Governo Federal,
sob a responsabilidade do Ministério
da Integração Nacional (MI).
Orçado, atualmente, em 6,8 bilhões de reais, que prevê a construção de dois
canais que totalizam 700 quilômetros de extensão.
O
projeto prevê a irrigação da região semiárida do nordeste
brasileiro. O ponto
polêmico no projeto tem como base o fato de ser uma obra cara e que,
supostamente, abrangeria apenas 5% do território e 0,3% da população do
semiárido brasileiro e que afetaria intensamente o ecossistema ao redor de todo
o rio São Francisco.[6]
Há
também o argumento de que essa transposição só iria beneficiar os grandes
latifundiários nordestinos pois grande parte do projeto passa por grandes
fazendas e os problemas com a seca no Nordeste não seriam solucionados.[7]
O
principal argumento da polêmica dá-se sobretudo pela destinação do uso da água:
os críticos do projeto alegam que a água seria retirada de regiões onde a
demanda por água para uso humano e dessedentação animal é maior que a demanda
na região de destino e que a finalidade última da transposição é disponibilizar
água para a agroindústria e
a carcinicultura.[carece de
fontes]
Documento que enviamos a membros de uma universidade do RJ, sobre educação ambiental científica; transcrição de texto sobre o Rio São Francisco, o mesmo que recentemente recebeu uma facada em um dos seus afluentes, com o desastre de Bromadinho-MG, que acabou de matar o Velho Chico; Vídeo sobre uma ideia da indústria da seca - facilitar o acesso do gado ao lixo humano; seca com água - nenhum ser humano seria capaz de dizer que nas áreas dessas imagens não chove, mas certamente, e visualmente, alguém poderia imaginar que existe água nas obras de engenharia e na lavoura do Homem.
ResponderExcluirFoto 1 - documentos recebidos de organizações, instituições e autoridades brasileiras com relação a esse Trabalho de Educação Ambiental Científica; NB: dirigentes do Facebook censuraram nossas postagens, limitando a visualização das mesmas somente a nós mesmos, o que deixa de ser publicação; parece-nos que o facebook adotou uma política com regime de exceção, o que não é democracia, mas, terrorismo.
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