quinta-feira, 11 de julho de 2019

Tinha tudo para ser bom; faltou GENTE.

Envolvimento insustentável; nem precisa pensar. Porque a morte e o fracasso econômico, social, político; Tudo o que o Homem chama de desenvolvimento sustentável é fator de desintegração da vida; estamos (a fotografia) no Seridó RN, nos deslocando de carro pela BR 226 e RN 288, de Currais Novos até São José do Seridó avistamos 11 cerâmicas, ou olarias, somente nas margens dessas rodovias, o que mostra que essas indústrias de barro existem aos milhares no RN; para a comunidade científica e para o governo essas industrias representam empregos, rendas, progresso, desenvolvimento, riquezas; essas indústrias do barro, cerâmicas, olarias que fabricam telhas, tijolos, blocos, e outros artefatos de argila para a construção civil existem em todo o Brasil, mais acentuadamente na Região Sudeste, considerada a mais desenvolvida; todas as pessoas com o mínimo de racionalidade sabem o quanto a Natureza está pagando caro para que o Homem de barro tenha a sua casa de barro, formada de peças de argila queimada, assada; na Região Sudeste 80% do solo são apropriados para a confecção de peças de argila, e a vegetação queimada pela indústria do barro para ASSAR as peças de cerâmica ainda é abundante, e tem massa vegetal (nativa) acima de 0,5m³/m² - (5.000m3/hectare); Mas, no sertão do RN esse barro usado na confecção de peças de cerâmicas só existe nas várzeas dos rios e riachos temporários, que são as únicas terras que se mantém agricultáveis com 200 anos de agropecuária paleolítica; na caatinga do sertão onde estão essas olarias não existe, naturalmente, lenha para se assar as peças de barro(massa orgânica de 0,02 a 0,2m3/m2); as únicas árvores que restam são algarobas cortadas (lenha) a cada 5 anos, e brotam novos galhos; no cerrado devastado do sertão NE a massa vegetal (secundária) foi reduzida para 0,3m³/m², e mais grave: a lenha para assar as peças de argila vem de algarobas, que não nascem na caatinga, plantadas nas várzeas dos rios e riachos, as mesmas várzeas de onde se tira o barro para a confecção das peças de cerâmica, ou da vegetação de cerrado que ainda existe no sertão; a algaroba, árvore invasiva, trazida dos desertos da América do Sul, como forrageira para alimentar o gado do semiárido, se torna adulta com 10 anos de vida, e todo seu corpo é lenha,inclusive as folhas secas; pode brotar ramos novos quando cortada com machado, foice, MAS não se revigora quando cortada com motosserra, o que é mais comum; As cerâmicas no sertão do RN vem sendo apontadas pela comunidade cientifica como sendo a maior agressão ambiental que, ao eliminar o único Solo agrícola do sertão, e devastar a vegetação, inviabiliza qualquer forma de produção de alimentos, porque modifica o clima já naturalmente fragilizado do sertão nordestino; Pode-se dizer que a instituição das cerâmicas no sertão NE é a mais eficiente forma de progresso da Morte do Nordeste Brasileiro. Mas,quem liga pra isso? Vamos todos morrer á míngua, por ignorância e extravagância; por enquanto basta atender 5 das 6 necessidades básicas do reino animal: comer, cagar, beber, mijar e fazer sexo.
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