domingo, 11 de agosto de 2019

Indústria da seca, indústria de morte.

Os 250.000 km² de caatingas em 8 Estado NE, semiárido em processo de desertificação, é considerado um entulho para o governo e comunidade cientifica BR, onde não é possível se produzir alimentos - agropecuária; mas no sertão de 8 dos 9 Estados NE, aonde as caatingas estão inseridas, tem 500.000 km², com 250.000 km² que foram transformados em semiárido artificial, tem as várzeas dos rios, as melhores terras agrícolas do NE; as chãs das serras, áreas planas, arenosas têm fertilidade, e por ter (a serra)  500 a 1.200 metros de altitude, o clima é relativamente frio (se comparado ao restante do sertão);  consequentemente a evaporação de água dos corpos de animais e vegetais é mais baixa; a umidade do ar é mais alta que no sertão baixo; os ventos são controlados pelo corpo da serra e pela vegetação das abas da serra; com água doce das chuvas, em quantidade e qualidade, pode-se transformar essas áreas em celeiros de alimentos, com baixos investimentos; é aí que as caatingas  tornam-se úteis como área de captação e armazenamento de água das chuvas para o abastecimento urbano das cidades e para a agropecuária nas várzeas dos rios e nos vales; As chãs das serras são áreas propícias para  se captar e se armazenar água das chuvas, e se fossem utilizadas com exclusividade para isto, o fato de estar a mais de 500m de altitude facilitaria a distribuição de água (por gravidade) no sertão baixo. A própria Natureza  nos ensina que é fácil  fazer o NEBR dá certo, criando-se qualidade de vida em abundância, com os recursos naturais e  os elementos do clima nos valores atuais;   Educação Ambiental Cientifica, com Exclusividade.
Nas postagens anteriores vimos, passo a passo, em detalhes como a ação predadora do Homem nordestino estabelecido no sertão equacionou os elementos para a transformação de um semiárido em deserto, criando o desequilíbrio de um dos 4 Elementos da Natureza - reduziu a oferta média de chuvas para menos de 300mm/ano, mas que para isso teve de primeiramente eliminar a cobertura vegetal, que é altamente comprometida com o clima; com essas mesmas modificação nos elementos climáticos atmosféricos o Homem nordestino criou, a partir de terras úmidas e férteis, um semiárido artificial de 640.000 km²; A Região Nordeste ainda tem 3 áreas, que somam 630.000 km² (maior que a Região Sul) onde a oferta média de chuvas é maior que 1.500mm/ano, mais de 3 vezes a média de chuvas do semiárido - zona da mata nordestina, onde o Brasil nasceu; Nordeste Amazônico, 80% MA e 20% PI; e Sul da Bahia; em grande parte dessa área úmida  o solo orgânico está contaminado com venenos e adubos químicos,  esgotou-se ou foi eliminado pela ação do Homem; já temos um semiárido em andamento; na zona da mata NE, onde estão  6 das 9 Capitais de Estados NE, está o maior bolsão de miséria do NE; no Nordeste Amazônico MA/PI se passa fome técnica (50%), há muita miséria e doenças, nadando-se em água doce nos rios e lagos, com um lençol subterrâneo de água doe de volume descomunal. A seca brasileira, inclusive na Região Sudeste (MG+SP) é cultural;  e as enchentes são de LIXOS, nas cidades.
Outra forma de massa orgânica que foi reduzida na caatinga, devido a atividade predadora do Homem - é o xiquexique; a o cacto xiquexique já foi a planta mais abundante da caatinga; O vegetal é o 5º Elemento da Natureza; à medida que o Homem ia eliminando, geral e irrestrito, a cobertura vegetal nos vales, cerrados, nas chãs das serras, nas várzeas dos rios e riachos o clima ia se modificando, principalmente aumentando a intensidade de luz solar, aumento da evaporação  de água, do chão, dos corpos dos vegetais, dos corpos de animais (que exigiam mais água para repor as perdas); o vento (e o ar) ficou mais seco, mais agressivo; reduziu-se todas as fontes naturais de água, tais como os brejos de altitudes do sertão; estava equacionada a redução na oferta de chuvas: o verão seco passou para 240 dias, passando de um ano para outro; nas várzeas dos rios já não há umidade para se plantar ração do gado no verão; nas  caatingas já não nascem plantas rasteiras, pasto, que mesmo depois de secas poderiam suplementar a alimentação dos animais; então o pecuarista apelou para o xiquexique, cortando-o, queimando-o desordenadamente (na realidade o xiquexique não alimenta, mas faz o enchimento da barriga); o xiquexique cortado (os galhos) pelo tronco já não tinha massa para armazenar água (no corpo) no tempo das chuvas, morrendo, sem se reproduzir.
A caatinga, semiárido natural; a semiaridez devido a ausência de solo de sedimentação se reflete na escassez de vida; a cobertura vegetal da caatinga  que já foi de 0,03m³/m², quando, há menos de 50 anos nasciam plantas rasteiras, pastos para alimentar o gado  do Homem, e animais herbívoros da fauna, sofreu uma queda de tal magnitude, com a ausências dessas plantas de pequeno ciclo de vida, mas que todo ano surgiam na época das chuvas para mais 0,01m³/m² de massa orgânica; embora a agropecuária intensiva tenha sido a principal causa, e portanto ação do Homem,  não há sementes para germinarem na caatinga por que também não tem sementes nas áreas que circundam a caatinga - cerrados (desmatados), várzeas de rios e de riachos, vales; O processo de desertificação da caatinga teve início com a eliminação da vegetação rasteira; com a ausência dessa massa orgânica a fauna foi reduzida em 80%; essa massa orgânica, mesmo seca, no verão,  teria participação direta na formação de solo  de várzeas de  riachos e rios; a cobertura morta, seca, diminuía a evaporação de água do subsolo, reduzia a incidência de luz solar, e portanto reduzia a temperatura ambiental; mas tem outros elementos climáticos alterados com a ausência dessa cobertura vegetal: o vento, que hoje é doidão no sertão, tem origem na diferença (potencial de temperatura)de temperatura entre duas áreas; com a caatinga totalmente nua os ventos têm, hoje, comportamento de intensidades e direções diferentes do que tinha há 50 anos; aumentou a evaporação de água do chão, dos corpos de animais e de vegetais; mais todos essas modificações geradas pelas atividades do Homem no sertão de caatingas se converteram no desequilíbrio de mais um Elemento da Natureza - a água no estado líquido - chuvas; desse modo a caatinga está em processo de desertificação quando a oferta média de chuvas for menor que 300mm/ano.

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