terça-feira, 20 de agosto de 2019

Racionalmente não como se ter seca e água, chuvas

Nesta imagem a obra referente à placa da postagem anterior; trata-se do buraco redondo do governo federal, que irresponsavelmente tenta passar como uma solução para a seca NE, na  realidade mais uma modalidade da indústria da seca; a vegetação verde no semiárido, o que é raríssimo, identifica a ação da água doce das chuvas em 2.014, quando depois de 140 dias de seca,  a vida foi multiplicada por 1.000, ou mais; considerando-se que a evaporação de água no semiárido  é muito alta; que a oferta de chuva é muito baixa, em período muito curto; que as chuvas de baixas precipitações são muito distanciadas entre si, o Homem deve empregar todos os esforços, todos os recursos tecnológicos para captar e armazenar o máximo de água da chuva, tal qual vem das nuvens, sem contaminação, sem perda, sem fuga, para o abastecimento doméstico, 20m³ por pessoa ao ano, e 600 L/pessoa/ ao dia para  se produzir (média) 1 kg de alimentos, que por ano seriam 219m³; mas a obra do  buraco redondo recebeu água doce das chuvas que foi transformada  em lixo, com todos tipos de contaminações danosas, nocivas para a vida animal e vegetal, uma verdadeira BOMBA de destruição em massa;  o governo na sua estupidez, acreditando que pode ""enrolar" todos os nordestinos, o tempo todo, tem o "descaramento" de afixar essas placas junto á essas obras de jericos, qualidade de MORTE; depois de 300 anos morrendo com a seca cultural, o Homem do semiárido  começa a entender que tem direito a Qualidade de Vida; Agora temos  desemebrasil.blogspot.com   Educação Ambiental Científica.

A placa que se  vê no meio desse mato verde, anuncia a presença do governo federal no semiárido; na placa vários órgãos  do governo fazem sua propaganda, uma forma de promover o que de fato só existe no papel; são inoperantes, cabides de emprego, desperdício do dinheiro público, fonte de desmando, corrupção; é como veremos na postagem seguinte;

A transformação que aconteceu na Serra da Formiga com 90mm de chuvas não é milagre; é ciência exata da Natureza por conta da permeabilidade do terreno que se permite absorver, e guardar, 80% da água da chuva precipitada, podendo assim permanecer VIVA por tanto tempo, com tão  pouca chuva; isto nos deixa um ensinamento: para acabar com a seca NE, dispondo dos recursos naturais nos valores reduzidos, atuais, capta-se e armazena-se o máximo de água doce das chuvas, sem perda, sem fuga, em qualidade e quantidade para TUDO.

Para justificar a transformação que aconteceu nessa área com 90mm de chuvas em 2.014 nos agarramos a um fio da meada que nos parece consistente: o terreno da   Serra da formiga, tanto na ínfima chã, como nas extensas grotas é recheado de pedras, a grande maioria emergentes; a terra junto ás pedras externas e internas não tem um boa adesão, por ser materiais de consistências diferentes; calcula-se que 80% das chuvas precipitadas nesse terreno se infiltrem (drenagem) facilmente, o que significa dizer que dos 90mm de chuvas infiltraram-se 72 litros de água por m² do terreno, onde está protegida da evaporação, mas ao alcance das raízes das árvores e arbustos; à medida que a água vai evaporando na superfície do terreno, a umidade de baixo vai se recompondo, permitindo que as plantas rasteiras (da fotografia) também permaneçam verdes por tanto tempo, o que seria também o caso da lavoura de milho e feijão que pode permanecer viva por 30 dias (ou mais) de verão.

Nessas postagens recentes na Serra da Formiga vimos as  drásticas mudanças que acontecem 2 vezes por ano, na vida animal e vegetal da área - mas a transformação que aconteceu com 90mm de chuvas (nesta imagem, comparada ás postagens anteriores) em 2 chuvas em 30 de janeiro e 17 de fevereiro 2.014 causa espanto, tendo em vista que as plantas estão aclimatadas para gozar dessa transformação com pelo menos 500mm de chuvas, em período de 100 dias; a transformação aconteceu em 24 dias, da primeira chuva até a data registrada na fotografia, o que não aconteceria com o mesmo volume de chuvas em outras áreas do agreste RN.

O agreste NE que até o final do Século XVII recebia uma volume médio de chuvas de 700mm/ano, não seria semiárido; tornou-se semiárido artificial  por conta das agressões ambientais da agropecuária paleolítica, com o desmatamento incondicional, sempre com fogo, mas aqui na Serra da Formiga, terreno muito acidentado, e com muitas pedras, o Homem não conseguiu fazer sua agricultura danosa, mas tão somente em pequenas áreas, como a que se vê plantada com palmas, forrageira do gado; apesar de ser um terreno de pedras, acidentado, as terras não sofrem com a erosão, provavelmente por conta da grande quantidade de seixos enterrados, limitando o arrastamento da terra pela correnteza da água.

Um comentário:

  1. O Brasil é a área da Terra mais bem aquinhoada com água doce e chuvas, entretanto há uma seca intelectual (nada a ver com falta de chuvas) e isto nos obriga mostrar a seca e a água ao mesmo tempo no mesmo lugar; aliás, nós, FEMeA somos a única instituição na Terra a mostrar a ÁGUA DOCE e chuvas no NE, enquanto os brasileiros e instituições como o Banco Mundial, ONU, ETC só mostram a seca; no caso dos brasileiros é inocência criminosa, e no caso das instituições internacionais é como se encontrássemos alguém querendo suicidar-se, e no afã de tirar os bens do suicida o incentivasse a morrer.

    ResponderExcluir