O fim do Homem do semiárido que tenta viver da agropecuária, viver da terra, está retratada na ruína desta casa; isto aconteceu antes dos programas paternalistas assistencialistas do governo; hoje é comum ex-fazendeiros, ex-agricultores sobrevivendo com a aposentadoria de um salário do INSS, enquanto os filhos, netos vão para junto do cofre (ou conta corrente) da prefeitura, que recebe de Brasília-DF, sem critérios, sem fiscalização, todos os recursos para manter essa FARRA, onde as atividades do município se resumem em carnaval, vaquejada, forró, futebol, tráfico e consumo de drogas, e suas consequências.
Estra estrutura cilíndrica de alvenaria é o revestimento de um cacimbão que existia na várzea esquerda do rio Potengi, à altura da cidade de São Paulo do Potengi-RN; à medida que o Homem local aterrava, assoreava o leito do rio, as enchentes avançavam nas várzeas, literalmente arrancando-as, eliminando-as, criando um leito de rio muito raso, e muito largo.
Este coqueiro com mais de 80 anos de idade está prestes a cair porque o solo onde estão suas raízes (enterradas) foi extraído pelo Homem, ou pelas intempéries, enquanto o caule está corroído junto à base, ação do fogo ao longo de muitos anos; o coqueiro escolheu ( não foi plantado) esse lugar para nascer e viver de acordo com os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas, mas principalmente pela disponibilidade de água doce, e pela espessura, fertilidade, consistência do soo orgânico mineral, no caso a várzea do rio Potengi; om a ocupação desordenada do Homem junto a esse rio, todas as atividades agropastoris concorreram para assorear o rio, e eliminar suas várzeas; nessa guerra insensata travada com esse recurso natural, construiu a casa, a rua no espaço de escape das água, no caso as várzeas; para encher o alicerce das casas, das ruas, o homem tirou o material, argila, que compõe a várzea do rio; o espaço da várzea foi ficando mais estreito, e mais baixo com o desgaste; O Homem ainda não se deu conta da bestialidade que praticou ao agredir incondicionalmente o rio e a vida estabelecida; é claro que o mesmo Homem não vai ficar impune: embora o rio Potengi tenha sido transformado em rio seco, morte, pode ser que a Natureza dê o troco, mandando uma chuva de 100mm, em 12 horas, nas cabeceiras do rio; o Homem merece e fez por merecer; agora é só aguardar o desfecho final - sua morte.
Tudo nessa imagem é causa de morte; as ruas forradas de pedras no meio de prédios de pedras; ocupando o espaço onde durante 10.000 anos a vida se desenvolvia em toda plenitude; ao ocupar, com pedras, asfalto, casas com faces em ângulo reto, o espaço de vida tão diversificada, todos os elementos da Natureza - energia luminosa e calorifica do Sol, água no chão e no Ar, gases atmosféricos, solo orgânico mineral que gera vida; mudaram as variáveis temperatura ambiental, direção, intensidade dos ventos,pressão atmosférica; uma cidade ocupando uma área de 4 km² provoca uma agressão permanente em uma área 10 vezes maior na litosfera, e 1.000 vezes maior na atmosfera dinâmica; os ângulo retos das paredes, e as cores diversificadas causam muitos transtornos ambientais, lembrando que a temperatura da luz está relacionada com as cores e vice-versa; lembrando que os ventos podem ser bloqueados, por vezes excessivamente compactados pelo formato das ruas, altura dos prédios; as ruas impermeabilizadas com asfalto, pedras, casas são a principal causa dos transtornos de enchentes e alagamentos nas cidades do Brasil; Mas como se pode ver, nesta imagem, o homem da cidade, cidadão (????) não dá trégua à vida; qual o mal que essa grama que nasce com tanta dificuldade nesse ambiente poderia trazer? Pelo contrário: além de ser vida, principal ELO do CICLO alimentar da Vida, sua cor verde transmite esperança, segurança, beleza nesse meio degradado, hostil, insustentável criado e mantido bestialmente, para o prazer bestial do Homem.
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