Literatura ambiental necessária da merda – tempo 1.
Aqui ficou um pedacinho de mim, um grande amor que se foi
assim, com ÁGUA que chega ao FIM; que saneamento insano: sai da “casinha”
trancada; da privada para os canos; pro ar vão o peido e a bufa, gás metano,
efeito estufa.
Mas de uma coisa fique certo, amor; o corpo estará sempre
aberto, amor; micróbios vão fazer a festa, amor; na hora que você voltar;
infectando a terra e o ar; a água contaminada; volta trazendo a sentença; infernais
mortes e doenças.
Dos canos ao poço solidário; unindo ricos e operários;
democraticamente juntos; bostas de vivos e de defuntos; em rios e subterrâneas;
finalmente chegam ao Mar, com drogas e
ácidos estranhos; na fossa da humanidade desumana
Quando a vida na Terra se esvaecer, os fosseis fecais estarão
lá; registro do Homem que passou mundano, sem saber.
Literatura necessária da merda – tempo 2.
Caguei não procurei esconder; todos viram, pena de mim não
precisava; alí onde eu caguei, qualquer um cagava; dar reconhecimento à merda
quero ver quem dava; um Homem de moral só caga no chão, e se enterrar feito o
gato, não será em vão; dar valor à merda, no ciclo da vida, como um ELO São.
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