Significa dizer que a caatinga seria um semiárido por não ter solo de sedimentação, mas não por conta da baixa (relativa precipitação pluviométrica anual) oferta de chuvas; nenhum (outro) semiárido da Terra recebe mais que 500mm de chuvas ao ano; o subsolo da caatinga tem parte arenosa, recheada de seixos miúdos (cerca de 40% do volume, da massa de subsolo) todos os nutrientes minerais que as plantas necessitam, lembrando que apenas 4% dos corpos vivos - animais e vegetais são de minerais do chão, da terra; O grande inconveniente é que a fina camada subsolo da caatinga impede o armazenamento de água das chuvas ao alcance das raízes das plantas - média de 5 litros de água das chuvas se infiltram no subsolo, por m², independente do volume ser 100, ou 5mm. Considerando-se que o vegetal UTILIZA 5 litros de água, por dia, por metro cúbico de massa vegetal, ou 1.825L/m³/ano, os 5 litros por m² infiltrados no chão, em cada chuva, daria para manter uma massa vegetal de 5:1.825=0,003 m³ de massa vegetal, por m², daí porque a caatinga é CLAREIRA de até 500m², hoje, chegando a 2.000m2 sem plantas arbustivas de vida longa. Assim, as plantas rasteiras (capins, gramíneas) que nascem durante o período das chuvas morrem 60 dias após a última chuva do ano, e os arbustos liberam as folhas para diminuir a dependência de água; Até final do Século XVIII o sertão de caatinga recebia uma média de 600mm de chuvas por ano, ou que significam 600L/m²/ano, mas 80% dessa água doce das chuvas vão para o mar, nos rios, 72 horas após a chuva; No tempo de El ñino o sertão recebia entre 200 e 300mm de chuvas ano; Hoje, grande parte dessa área recebe 200mm de chuvas/ano, mesmo SEM El ñino, como foi o caso do ano de 2.013; em 2.012 teve El ñino, também com oferta de chuva abaixo de 200mm/ano; Mas vejam-se que 200mm de chuvas são 200L/m², que daria para criar e manter uma massa vegetal de 200:1.825= 0,11m³ de massa vegetal por m², muitas vezes maior do que a massa vegetal da caatinga; Aí o Homem entraria com sua capacidade criadora: captar e armazenar água doce das chuvas na caatinga do sertão para o abastecimento urbano (doméstico) e produção de alimentos - agropecuária nas várzeas dos rios e nos cerrados do sertão; em 1km², 100L/m², são 100.000.000 (cem milhões de litros de água precipitados), mas em 2.014, com La Niña a oferta de chuvas nessa área foi maior
que 600L/m², um dilúvio; os 600mm de chuvas em 2.014 são 6 vezes maior do que a oferta de chuvas em 2.012.
Em destaque área serrana (abas) sem SOLO e com vegetação raquítica de caatinga.
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