Mata seca em cima e verde embaixo; na postagem anterior vimos uma mata de algarobas secas por conta de uma praga que devastou as suas folhas, concorrendo para aumentar a fome do gado no semiárido, no próximo verão, e reduzindo a expectativa de vida das algarobas; nesta fotografia o mesmo fenômeno visual da postagem anterior - mata seca em cima e verde embaixo, portanto uma inversão de valores, já que a vegetação alta, árvores e arbustos tem vida longa, devendo estar viva, verde nessa época de chuvas no semiárido, enquanto as plantas rasteiras não existiriam com tal abundância, exuberância, volume de massa, se as plantas altas estivessem enfolhadas, vivas, reduzindo a penetração de luz e calor, intensas, no chão (para as plantas rasteiras) e concorrendo também com água e nutrientes; enquanto na postagem anterior as algarobas foram danificadas por uma praga de "manés magos", e ainda não estão mortas, mas podem morrer se o processo se repetir no próximo ano, aqui as árvores e arbustos - juremas, marmeleiros, velames e outros MORRERAM por conta da baixa oferta de chuvas (1/3 da média de chuvas); não há qualquer possibilidade natural dessas plantas ressuscitarem, todavia é possível que as sementes dessas plantas, enterradas no chão durante muitos anos, agora, sem concorrências de água, luz e nutrientes possam germinar, formar novas plantas, mesmo com 1/3 das chuvas por ano, até que seus corpos - raízes, caule, ramos, folhas atinjam um volume de massa incompatível com a necessidade de água; isto é, quando maior a planta, maior volume de água, maior necessidade de volume ( litros/m², ou mm/m³) de água no solo ocupado pelas raízes. Como podemos constatar, embora nas duas postagens as fotografias reproduzam imagens idênticas de mata seca e verde, as causas dessas transformações são diferentes.
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