sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Com tecnologia do fim do mundo; ou do Jeitinho infernal.

 Nas postagens de hoje os argumentos científicos da origem do poço de salmoura focalizado, na fazenda Jardim, município de Riachuelo-RN; o que se ver na fotografia é um moinho à cata-vento cuja haste liga o mecanismo acionado pela  força motriz do vento à bomba de sucção do poço tubular, na base da torre de ferro; o poço tem 50m de profundidade; mas o que certamente pode chamar a atenção, é que a empresa, a serviço do Governo,  que escava o poço e instala o cata-vento já sabia que não existe água doce subterrânea no semiárido, até 100m de profundidade, e escavou o poço atrás da parede de terra de um pequeno açude, completando o seu raciocínio de que 30% da água armazenada em um açude se infiltram no terreno sob a represa e ao redor, resultando no desastre ambiental que culminou com a origem do poço de salmoura abordado; Esses poços tubulares surgiram no agreste RN há 20 a 30 anos, quando a oferta de chuvas foi reduzida drasticamente, e consequentemente os pequenos açudes da área passam 3 a 4 anos sem tomar água, e quando tem inverno normal para encher e sangrar, secam com 8 meses de verão sem chuvas, não havendo o que o gado beber até o inverno do ano seguinte, lembrando que o verão sem chuvas pode durar 10 meses, e temos 3 a 4 anos seguidos com oferta de chuvas inferiores a 300L/m²; por conta da permanente agressões ambientais a evaporação de água de açudes (à céu aberto) que há 20 anos era de 2,2m de lâmina de água, durante o ano, hoje (conforme pesquisas neste sentido) é de 10 litros de água por metro quadrado de superfície livre (á céu aberto), ao DIA, o que significa dizer que ao ano são 365 x 10 = 3.650 litros de água por m² de superfície, ou uma lâmina de água de 3,65m de espessura, impensada nos pequenos açudes do NE. Mas voltando ao poço da fotografia  sabe-se que a tentativa do projetista em reduzir a salinidade da água com a posição do poço atrás da parede do açude não COLOU;  o lixo líquido tem 1,5g de sal por litro de água, mesmo que por cerca de 2 a 4 meses por ano o pequeno açude  receba água das chuvas; No semiárido NE, hoje, há um poço desses para cada 50 km²; significa dizer que o sal extraído das entranhas da terra está  destruindo por inteiro, com SAL,  as terras antes agricultáveis do semiárido; por onde esse lixo liquido passa não nasce vida, a não ser a algaroba, pirrichil e a grama das postagens de ontem, o inverso da diversidade estipulada aqui, há milhões de anos, pela Natureza.




Nenhum comentário:

Postar um comentário