terça-feira, 17 de agosto de 2021

Investigando o problema para arquitetar a solução.

 


Plantio de graviolas em Várzea Fria, no município de Riachuelo-RN; ou melhor, foi um plantio de graviolas, hoje só pau seco; investigando a CAUSA MORTE no tempo, no espaço, mas principalmente coletando informações do Homem estabelecido na área: a graviola e a pinha (ata, fruta do conde) são as frutas mais bem adaptadas ao clima e ao solo do agreste RN; uma pessoa mal informada, inclusive os técnicos agrícolas da área, acreditam que a causa morte é a seca; olhando-se atentamente, junto á cerca há, no chão, um caixa de cimento por onde passa um lance de canos (enterrados) no qual está um registro e uma torneira para a coleta de água (???) para irrigação do sítio de graviola; A graviola no NEBR vive, com sobra,  20 anos produzindo (safrejando) a partir do 2º ano de vida; o sítio foi plantado em 2.006, e 2 anos depois estava produzindo satisfatoriamente; 2.008 e 2.009 choveu mais de 1.000 litros por m², mantendo o solo úmido por mais de 200 dias de cada ano; o proprietário do sítio irrigava no restante do ano com o líquido que circula no lance de canos supracitados, e as graviolas pareciam estar se dando bem; liberavam as folhas por caducidade, como forma de renovação de folhas, e a floração acontecia tranquilamente; veio o ano de 2.010 com 300L/m² de água das chuvas, em período de 90 dias, e como o intervalo entre duas chuvas era maior que 10 dias, e as precipitações eram baixas,  o proprietário do sítio de graviolas era obrigado a manter a umidade do solo (mesmo durante o período das chuvas) com o líquido que flui no lance de canos; as graviolas botaram poucas flores que não se converteram em frutos; em 2.011 choveu mais de 1.000 litros por m², o solo permaneceu úmido por mais de 200 dias de 2.011, mas as graviolas entraram em processo de regressão, de sorte que em 2.012 já estavam mortas; O lixo-líquido que flui no lance de canos vem do açude de Campo Grande, no rio Potengi, a cerca de 15km deste lugar, o mesmo lixo que chega na casa da fazenda da postagem anterior; para o governo e para os técnicos, inclusive os agrônomos, a morte do sítio de graviolas tem 2 motivos: envelhecimento da planta, e falta de água; ora, de 2.006 (plantio) para 2.012 (na fotografia) são 6 anos (a graviola vive 20 anos); de 2.006 a 2.011 tivemos, nesta área, 3 anos com oferta de chuvas superior a 1.000L/m²; o que acontece é que a graviola não suporta a água salobra do açude Campo Grande, no Potengi; além do teor de sal, essa "solução química" tem outros minerais, matéria orgânica viva, morta, decomposta, excrementos; tem ácidos criados nessa mistura; tem todos os microrganismos; a água parada (no açude) não é oxigenada, e também não o É no interior do lance de canos; à medida que o homem lançava, por tanto tempo, o lixo-líquido do cano, no pé da planta, todos esses elementos estranhos iam se acumulando, até que saturou o solo, contaminou inclusive com microrganismos; Isto é, o lixo do açude Campo Grande foi transferido para o sítio (sob orientação técnica) de graviolas que não suportou tamanha agressão, e morreu. A morte do Nordeste BR será o prêmio pelo analfabetismo científico.

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