sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Não deu certo.

 


Açude?  problema? Solução?
A foto mostra o que seria o leito de um açude no semiárido vendo-se a parede à direita e a casa da fazenda ao fundo; a primeira informação sobre um açude é que tenha água; no semiárido NE 80% dos açudes tem capacidade de armazenamento  abaixo de 100.000 m³, de modo que não enche quando recebe 500mm de chuvas na bacia, por ano, o que acontece com frequência de 3 anos, podendo durar 3 anos; esse açude enche e sangra quando a oferta de chuvas é maior que 1.000mm na área, durante 5 meses; quando recebe de  janeiro a julho, 260mm de água das chuvas, mas, com o intervalo entre duas chuvas é maior do que 10 dias, quando chega a segunda chuva, a primeira já evaporou e o solo secou; por outro lado, se as chuvas tem baixa intensidade, abaixo de 20mm, quando chega o mês de agosto está vazio, exatamente no momento em que o fazendeiro mais precisava de água para o gado beber, para lavar roupas, tomar banho; na fazenda tem mais 3 açudes, todos vazios; e outra fonte de água? E o poço artesiano, a cata-vento, instalado pelos governos Estadual (RN) e federal, mas não é água - é uma solução química grossa, fedorenta, turva, com mais de 50 elementos químicos, e todos os tipos de microrganismos; não há tratamento que possa transformar esse lixo-líquido em água, e mesmo assim o gado bebe, e o homem toma banho; devido a salinidade da água do poço o sabão não faz espuma; se o fazendeiro for correligionário político do(a) prefeito(a) recebe por semana um  tanque de 3m³  tracionado por um trator, água ruim, escassa, cara que chega à cidade sede do município, de 124km de distância; se não for do lado do prefeito tem de comprar 10.000 litros,do mesmo lixo, por 70 mil reais,  tracionado pelo carro-pipa particular, ou rezar para que o Governo, por intermédio do MIN e MD mande um carro pipa, por mês; como se pode ver e entender, são 400 anos (ou mais) de seca cultural: açudagem, poços artesianos, chuva artificial, projeto das cisternas, etc, que só se agrava a cada dia; a casa da fazenda (da foto) tem mais de 100 anos, quando o agreste RN (da foto) recebia maior oferta de chuvas, não existia salitre no solo, não havia riacho com água salgada, e a água subterrânea (lençol) era abundante, com pouca salinidade (ligeiramente salobra), quando então o açude era a solução, o poço artesiano (ou cacimbão) supria a água do açude no verão, e até havia fontes de água que afloravam do lençol subterrâneo, formando filetes de água corrente nos rios e riachos, no inverno e no verão; conclusão: isto vai dar em pandemia, ou uma forma de se resolver o problema, devidamente mostrado neste BLOG e recentemente, no mesmo, com o título  "problemas X solução", que terá prosseguimento com o projeto de captação e armazenamento de água (com fotos e textos) feito no terreno;

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