Vida e morte Severina.

 

Agressão ambiental fruto do analfabetismo científico brasileiro; a foto mostra uma mata densa, de grande porte, exclusivamente algarobas, ocupando uma  várzea extensa, plana, sem salitre, fértil, solo denso, no agreste RN;  Como já dissemos em outras postagens, a algaroba, trazida do México (ou  de desertos da A. do Sul) é uma DESGRAÇA no NE, capaz de transformar semiárido em desertos salinos, secos; Inicialmente a algaroba foi trazida como forrageira para alimentar o gado com suas vagens e folhas; Quando a planta atinge o clímax no ambiente, como é o caso  aqui, a algaroba, como forma de defesa e preservação da espécie, reduz a produção de sementes/vagens; As algarobas são grandes árvores, e o gado não consegue chegar aos galhos para se alimentar-se das suas folhas; As folhas são miúdas - 8mm, e quando são liberadas no chão (por caducidade) já estão amareladas, murchas, enterrando-se facilmente no chão, desintegrando-se, inviabilizando o acesso (da boca) do gado; A densidade da mata de algaroba é tal que as copas das árvores fecharam em cima, impedindo a penetração da luz solar no chão; à noite, a temperatura ambiental baixa para 26º, quando  AR úmido da atmosfera desce para a litosfera e ao se chocar com a copa da algaroba umedece as folhas, beneficiando essa leguminosa, que não tá nem aí para o verão seco de 8 meses, permanecendo verde o tempo todo; A cada 5 anos o dono da fazenda(dessas terras) faz o corte da algaroba para tirar estacas de cercas, e lenha para os fornos da padaria, da olaria, ou para fazer carvão, sendo essa a ÙNICA fonte de renda dessas terras, quando poderiam ser UTILIZADAS para produzir alimentos nos 12 meses do ano, com o Projeto do Tanque Retentor de água subterrânea, ou PROJETO para Captar e Armazenar água doce das chuvas para o abastecimento urbano e para a produção de alimentos; A seca nordestina não tem, ainda, nada a ver com escassez de chuvas, escassez de água doce;, mas, de tanto a gente ALIMENTAR esse TROÇO há 400 anos, o clima pode VIRAR mau. A aridez está em nós, o Homem; É tempo de nos redimir com a vida!