quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

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Dia 21 de setembro é  dia da árvore; é com tristeza que nós, FEMeA, fonte de Educação ambiental no NE publicamos esta imagem  degradante da árvore frutífera  com maior potencial de produção e econômico do Nordeste  semiárido; Trata-se do cajueiro; estamos (a fotografia) na localidade Arisco do Ernesto, área rural do agreste do RN, na pequena propriedade do Sr Cícero Barbosa de Lima, na 4ª postagem iniciada ontem, sobre esse nordestino que representa 70% do Homem nordestino, inclusive eu;  aqui se vê as plantas rasteiras, verdes no chão, enquanto o cajueiro está morto; é um fenômeno que vem acontecendo em todo semiárido nordestino, uma grande perda de fonte de renda para o agricultor nordestino; o fruto do cajueiro é na realidade a castanha, amêndoa, ou seja, a semente da reprodução da espécie; a castanha é funcionalmente o óvulo, e o caju, com a seiva que alimenta  a castanha é o ovário; na realidade são duas frutas de alto valor comercial; a explicação para esse desastre  ambiental que tirou tantos empregos no Nordeste, inclusive com  o fechamento de fábricas de beneficiamento de castanha de caju no RN, tem uma causa bem definida: Por razões óbvias que resultam da agropecuária paleolítica que nós praticamos no Semiárido há 300 anos, o clima  chegou ao ponto do colapso, e não é apenas as árvores frutíferas que estão morrendo; a jurema, por exemplo, uma das árvores leguminosas mais adaptadas no semiárido, fonte de lenha e carvão, também estão morrendo; o desastre acontece também com os coqueiros, goiabeiras, pinheiras; o desmatamento incondicional,  predador ,sempre com fogo, no NE, concorreu decisivamente para que todas as variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza fossem alteradas, e consequentemente o clima ficou mais agressivo, hostil à vida; sabe-se que a flora e a fauna escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas; nada acontece por acaso na Natureza; o mesmo princípio se aplica à agricultura e à pecuária; Um dos elementos do clima que mais sofreu transformação foi a oferta de chuvas; as variáveis atmosféricas são interdependentes, de tal forma que alterando-se uma delas, as demais são naturalmente levadas a se modificar, adaptando-se, para o equilíbrio ambiental; as plantas e os animais fazem parte desses elementos; não é por acaso que na zona da mata RN, que chove (chovia) mais de 2.000L/m²/ano de água doce tem árvores com 30m de altura, enquanto que no agreste RN somente tem árvores desse porte nas várzeas dos rios; as plantas que existem naturalmente na zona da mata RN não nascem nesta área do agreste RN, e vice-versa, que estar a 50km (em linha reta) da faixa de terras chamada zona da mata; enquanto a zona da mata tinha uma massa vegetal nativa de até 1m³/m², no agreste a massa vegetal é 0,3m³/m²; o mesmo acontece com a fauna; o porte, a variedade, a densidade populacional da fauna de um lugar é proporcional à massa vegetal (flora); o mesmo acontece com a agricultura; Imaginem se o Homem tentasse, como já aconteceu nessa área do agreste, trazer  o canavial da zona da mata para cá - seria desastre na certa; fora da zona da mata nordestina, e fora do Nordeste amazônico, só se planta cana-de-açúcar nos brejos de altitudes do sertão, que mesmo recebendo baixa oferta de chuvas, a composição e relevo do terreno permitem armazenar água subterrânea, doce das chuvas,  a ponto de criar os olhos d`água, aflorando na superfície da terra devido o saturação do lençol de água.

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