sexta-feira, 17 de junho de 2022

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Conscientização e democratização da ciência ambiental.

1)O fenômeno El Ñino tem como causa o aumento da temperatura na água do Oceano Pacífico na costa da América do Sul; aumento de temperatura ambiental significa mais evaporação de água, e esse valor de evaporação é maior na água de superfície livre (hidrosfera), como é o caso do Oceano, mas enquanto isto El Ñino traz secas (redução de chuvas) em maior parte da Terra, mostrando que a evaporação excessiva da água, por conta do aumento de temperatura, não se converte em nuvens, ou chuvas; No Brasil o El Ñino traz pouca chuva para o semiárido NE, por vários motivos: a)) o Oceano Atlântico, Mar do NE também participa desse jogo climático, cuja temperatura de sua água é fundamental; b)) o Oceano Pacífico e atlântico, na América do Sul são ligados por uma corrente marítima, fria, vinda do O. Pacífico, que ao atingir o Mar do NE tem sua ação reduzida; c) no continente do semiárido NE não tem água para evaporar (ou é insuficiente para criar umidade no Ar);d) a baixa umidade do ar na atmosfera do semiárido NE já é prova de que não há água no continente para evaporar, e por sua vez tira água das nuvens que chegam, eliminando-as; e) a água do Oceano Atlântico tem no mesmo instante temperaturas diferentes na costa Brasileira, mais quente no NE; f) os ventos são Ar em movimento horizontal (acompanhando o relevo e vegetação) que tem tudo a ver com a composição da umidade do ar, tirando ou acrescentando umidade de acordo com a sua umidade (conduzida) e a umidade do lugar por onde passa; o vento nasce na área de menor potencial de temperatura, em áreas adjacentes; a área de maior potencial "t" funciona como um exaustor; por isso no arco do semiárido NE os ventos vêm do Mar durante o dia; à noite o vento para, ou toma sentido contrário; os ventos são os motores das nuvens.
2)A temperatura tem tudo a ver com a formação de nuvens e formação de chuvas; No Brasil a temperatura ambiental é diferente no mesmo instante, no mesmo lugar; diferentes no dia e na noite; a qualquer instante há centenas de valores de temperaturas no continente Brasileiro; a atmosfera é muito dinâmica, de modo que a "t" temperatura de um lugar, em um determinado instante, é determinada por elementos locais, e de outras partes; se distinguia apenas 2 estações do ano no semiárido -  verão e estação das chuvas, que não correspnde ás estações inverno e verão na América do Sul; com o desmatamento contínuo, crescente, ao longo de 300 anos, as estações do ano no semiárido  se tornaram uma - verão de até 10 meses, de modo que só há a estação seca, e consequentemente a desertificação;  Nos desertos secos chove até 300mm, como  o caso de Jerusalém na Palestina, mas no Atacama, Chile, passam-se até 400 anos sem cair chuvas; nessa áreas, desertos secos, a fauna e a flora são muito reduzidas (deserto de pouca vida) mas dependem da umidade do Ar, que pode ser muito alta em determinadas áreas próximas ao mar; há quem defenda a ideia de que a desertificação do Atacama tem como causa as altas montanhas que desviam os ventos e consequentemente as correntes de Ar (e nuvens); O Saara, na África já teve água (e chuvas) abundante; Mas de uma informação sobre o clima de um lugar é incontestável; a oferta de chuvas de um lugar tem tudo a ver com o nível de cobertura vegetal, e vice-versa; o Semiárido NE é o melhor exemplo disso; em nenhum semiárido da Terra chove mais que 500mm ao ano; No tempo de La Ñina chove mais de 1.000mm/ano; O semiárido natural é apenas a caatinga com 250.000km², que é semiárido por escassez de solo, há milhões de anos; a infinidade de rios (hoje temporários ou secos) do semiárido foram naturalmente criados por uma permanente e descomunal oferta de chuvas, e outra prova disto é que a vegetação (que restou) nas várzeas dos rios do semiárido tem o mesmo porte da vegetação da mata atlântica do NE; o desmatamento no semiárido reduziu a oferta de chuvas, no ano de El Ñino, de 300mm para menos de 200mm, e deve reduzir a oferta de chuvas de La Ñina de 1.200mm para menos de 800mm ao ano; A Natureza não se adaptou a essa nova situação, criada pelo Homem, de imediato, e deve se esperar pela frente, no tempo, menor oferta de chuvas; Só existe uma forma de se inverter essa condição climática caótica no semiárido: criar uma cobertura vegetal nos cerrados e várzeas dos rios do semiárido, de 0,3m³ de massa vegetal por m², o que pode ser feito com vegetação arbórea de vida longa, que produzam alimentos (fruteiras), ou de extrativos e gramíneas de longa vida a cobertura vegetal e a lavoura (planta) utiliza no máximo 10% da água das chuvas precipitada; no Mato Grosso, por exemplo, chove em média 2.000L/m2/ano (2.000mm) e se se produz em 1kg de soja em 3m2 de solo, em 90 dias (do plantio á colheita), 1.000mm X 3 = 3000L; a massa vegetal de 1 hectare de soja (planta)não a chega a 1.000m3 de massa vegetal.

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