14993

 

Lajedo; na foto um lajedo extenso, contínuo; no semiárido há lajedos ocupando área de muitos hectares; o lajedo é a rocha-matriz que aflora, mas pasmem! Este lajedo não estava aqui há 50 anos; Como? Havia uma pequena camada de terra, argila, barro, onde se plantava; como o lajedo impunha uma certa ondulação, saliente no plano do terreno, as atividades agrícolas, principalmente com o arado da capinadeira, arrancaram o solo, sendo levado pela enxurradas para as partes baixas; como não havia cobertura vegetal, já que a lavoura de subsistência plantada, na área tem apenas 90 dias de vida - milho, feijão, grande parte do tempo o terreno ficava desprotegido da erosão, e até os ventos arrancavam o solo de cima do lajedo; Como a fotografia mostra, o lajedo é um deserto; isto é, escassez de vida; embora apenas 1 dos 4 elementos da natureza esteja ausente, o SOLO orgânico mineral, os outros 3 elementos são afetados, já que são interdependentes; Água, somente no momento da chuva; A luz do Sol, que já é intenso no NE, é potencializada devido a superfície refletora da pedra, absolutamente agressiva para as plantas; a temperatura em cima do lajedo é vários graus acima da temperatura circundante; os ventos, ar em movimento horizontal(acompanha o relevo) é criado pela diferença de temperatura entre duas áreas adjacentes; quando vento atinge o lajedo ele é acelerado, e pode inclusive tomar sentido diferente; no lajedo não existe umidade, e até a umidade do ar é menor em uma área 10 vezes maior do que a área ocupada pelo lajedo; Mas o melhor desta informação científica é que o mesmo homem que criou esse deserto poderia, se soubesse, restaurar o ambiente; como se pode observar (na foto) há várias depressões no lajedo com alguma terra, barro, trazidos pelos ventos; essas mesma lacunas poderiam ser preparadas para criar vida, para se plantar lavoura; mostramos a tecnologia "tanque retentor de água subterrânea" onde o Homem é "Senhor" de  sua agriCULTURA, podendo-se produzir alimentos, agricultura, na areia da praia, nos mangues, nos lajedos, nas várzeas salinizadas do NE, apenas com a água das chuvas, mesmo que o intervalo entre as estações chuvosas seja de  mais de 200 dias, sem chuvas; não é milagre, nem utopia;