quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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 Floresta Nacional de Açu, em processo de desertificação; conservação brasileira administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio. Está localizada no Rio Grande do Norte, no município de Assu.

Localizada na bacia do Piancó-Piranhas-Açu e margeada pela lagoa do Piató, a Floresta Nacional de Açu é um fruto da mobilização social, tendo um importante papel na proteção de espécies típicas e ameaçadas da biodiversidade da Caatinga e no combate ao processo de desertificação do semiárido, contribuindo para a construção de conhecimento, uso público e atividades socioambientais.[3]
Histórico
A Floresta Nacional de Açu foi instituída pela Portaria Nº 245 de 18 de julho 2001 e possui oficialmente uma área de 215,25 ha, executando várias atividades como a proteção, pesquisa científica, recuperação ambiental e visitação.[3]
Foi criada inicialmente como horto florestal, por meio da lei n° 1.175/1950.[4]
Caracterização da área e importância
A unidade de conservação abriga quatro grupos vegetacionais da Caatinga: Caatinga arbustiva, Caatinga arbustivo-arbórea, Caatinga gramíneo-arbustiva e a Caatinga herbáceo-arbustiva, que além de alimentarem e protegerem a fauna regional contribuem com a recarga do aquífero Açu e a manutenção da Lagoa do Piató, com 18 km de comprimento e profundidade máxima de 10 m[3].
A FLONA é considerada um símbolo de resistência e beleza cênica da caatinga, sendo marcante a paisagem da Lagoa do Piató e seus carnaubais e um patrimônio sociocultural, histórico e ambiental do Vale do Açu.[3]
São desenvolvidas pesquisas de diversas instituições e áreas do conhecimento, como o estudo do comportamento do sagui-do-nordeste (Callithrix jacchus), além do projeto de Restauração Ecológica da Caatinga, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).[4]
Também é fonte de sementes para a produção de mudas que podem ser utilizadas na recuperação de áreas degradadas, arborização pública, combate a desertificação e projetos educacionais, preservando as matrizes florestais da caatinga.[3]
Controla processos erosivos, ameniza o assoreamento da Lagoa Piató, contribui para a recarga dos aquíferos ao permitir a infiltração da água no solo e ameniza os efeitos das ilhas de calor da área urbana.[3]
Biodiversidade
Dentre as espécies vegetais encontradas na FLONA de Açu, se destacam: a catingueira (Caesalpinia pyramidalis), angico (Anadenanthera colubrina), catanduva (Piptadenia moniliformis), emburana (Commiphora leptophloeos), embiratanha (Pseudobombax marginatum), ameixa-do-sertão (Ximenia americana), pau d’arco (Tabebuia impetiginosa), aroeira-do-sertão (Myracroduon urundeuva), cumaru (Amburama cearensis), carnaúba (Copernicia prunifera) e juazeiro (Ziziphus joazeiro). [3]
Algunas dessas espécies da flora encontram-se vulneráveis ou em perigo de extinção, como a catingueira (Caesalpinia pyramidalis) a aroeira-do-sertão (Myracroduon urundeuva) e a baraúna (Schinopsis brasiliensis), espécies importantes para bioma da Caatinga, além de outras espécies fundamentais para as abelhas meliponídeas e melíferas.[3]
A fauna também é representada por espécies ameaçadas, tais como as aves arapacu-do-nordeste (Xiphocolaptes falcirostris), sebinho-de-olho-de-ouro (Hemitriccus margaritaceiventer) e Pica-pau-anão-da-caatinga (Picumnus limae), além de felinos como gato-do-mato-pintado (Leopardus tigrinus) e gato-mourisco (Puma yagouaroundi).[3]
Outras espécies de animais encontradas são: nambu, asa branca, rolinha, galo de campina, canção e sabiá; espécies de répteis como cobras e tejos; mamíferos como peba, preá, veado-campeiro e sagui do nordeste. A Flona abriga também animais noturnos como raposas, guaxinins, tatus, corujas e urutaus.[4]
Conservação
Entre as ameaças sofridas pela FLONA e seu entorno estão a urbanização desordenada, poluição, conflitos de uso e invasões, especulação imobiliária, desmatamento e fragmentação de habitats com consequente perda da biodiversidade, presença linhas de transmissão de transmissão de energia, projetos de irrigação com má gestão da água na fruticultura, aplicação indiscriminada de agrotóxicos no entorno da unidade e o impacto de aticidades industriais.[4]
A lagoa do Piató era abastecida naturalmente pelo rio Piranhas até à construção da Barragem Armando Ribeiro. Desde então está sujeita a secas regulares, como as que ocorreram em novembro de 1999 e dezembro de 2014.[5]
Referências
Damião Medeiros
Uma autoridade brasileira já disse com muita propriedade que Brasileiro não é um povo sério e consequentemente o Brasil é o país do Faz de conta, muito bem disseminado na letra da música "o meu país" de vários intérpretes; isto está bem patente no desenvolvimento do texto sobre a Floresta Nacional de Açu - RN, do Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade, na Bacia do Rio piranhas/Açu, onde existiu o maior Lago Natural do RN - a Lagoa do Piató, lago perene, que podia armazenar 95 milhões de m3 e ter um comprimento de 18km, que durante milhões de anos recebia em média 500mm de chuvas ao ano, ou quinhentos milhões de litros por km2 na bacia hidrográfica, mesmo durante as grandes estiagens, quando chove entre 250 e 350mm/ano essa lagoa chegava MEIA ao início do inverno (do ano seguinte); a partir de meados do Século XX essa área do sertão NE tem experimentado 3 a 5 anos seguidos com oferta de chuvas de 200 a 400mm de chuvas ao ano; Ex: 1.971 a 73; 1.975 a 77; 1.981 a 85; de 1.987 a 89; 1.991 a 93; 1.995 a 99, situação hídrica que se projetou no Século 21; Ex: 2001 a 2003; 2.005 a 2.007; 2.012 a 2.017; Mas, e a causa? O Homem que cria o problema não sabe; A Floresta Nacional de Açu, cerca de 215 hectares, cerca de 2,15 km2 é a última mata Nativa do Oeste norte rio grandense, o que significa que 99,9% da vegetação da área foi eliminada para os campos de lavoura, de pastagem do gado, e no caso de AÇU, também para os fornos das olarias de telhas e tijolos; o vegetal é autótrofo e por isso quinto Elemento da Natureza tal é seu comprometimento com o equilíbrio do clima; a Lagoa do Piató secou definitivamente em 2.013, e se o Homem (governo, comunidade acadêmica e o povo em geral) NÂO SABE o que fazer para mudar o quadro dantesco, e ainda, com o aquecimento global que vai dobrar a fuga da água nos reservatórios, rios, nos corpos de animais e de vegetais, no SOLO, significa que foram simultaneamente eliminados pulmões, coração e cérebro em metade do RN; E, se o açude Armando Ribeiro Gonçalves que sangrou em 2.009 secar até 2.050 é Lei da Natureza, reflexo das ações nefastas do envolvimento insustentável da gente.

Um comentário:

  1. Ao analisarmos o Texto sobre a Floresta Nacional de Açu - RN, conservação da biodiversidade, do Instituto Chico Mendes, numa área de 2,15km2, ou 215 hectares lembrei-me do meu tempo de criança quando juntamente com minhas primas que moravam próximo, brincávamos de casinha, família pai e mãe, as crianças maiores e as menores, filhos; tudo era muito reduzido, pequeno; por exemplo: a caixa de fósforo poderia ser a cama; o dedal da costureira seria a panela; o chapéu de palha de carnaúba poderia ser a casa, bastando cortá-lo, abrindo a porta; Investir numa área de 2,15km2 como conservação da biodiversidade, no semiárido nordestino, é típico do País "do Faz de conta"; Não é sério.

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