domingo, 2 de março de 2025

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Clécio Dias 
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4 d 
DORMIA TUDO JUNTO
Dormia todo mundo misturado
O curral e a casa de tapera
As galinhas, os bodes e o gado
Eu me lembro de tudo como era!
Quando abria a janela via ao lado
Uma vida tão simples, tão sincera
E a saudade maior do meu passado
Se pudesse voltar, ai quem me dera...
O cachorro da casa no terreiro
Era nosso vigia o dia inteiro
A casinha tão fraca não caía
Era tudo tão seco que eu revendo
Lembro a gente sorrindo e agradecendo
Na janela no dia que chovia...
Soneto de Clécio Dias
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Inacio de Freitas
Os olhos, olhavam longe aquela imensidão seca, não percebia que havia vida.
O dia passava tão vagaroso, que leva uma eternidade pra noite cair. À noite, todos os fantasmas iam me visitar, esperei em silêncio, acomodado na esperança de olhar pela janela e ver toda paisagem mudar.
No derradeiro dia, tudo estava morto por trás das serranias, nada de chuva.
E os olhos lacrimejando, olhando para o céu, era a única gota d'água que aquela terra conhecia.
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Damião Medeiros
Doente, sujo, com fome, com sede, maltrapilho e no escuro, morrendo prematuramente; masoquismo.

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