Na terra do samba o samba do CRIOULO DOIDO existe.Literatura pura; a letra do samba do crioulo doido. Sérgio foi funcionário do Banco do Brasil e, começou sua carreira jornalística no final da década de 1940, atuando em publicações como as revistas Sombra e Manchete, os jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e Diário Carioca. Nesse mesmo período Tomás Santa Rosa também atuava em vários jornais e boletins como ilustrador. Assim surgiu o personagem Stanislaw Ponte Preta e suas crônicas satíricas e críticas, uma criação de Sérgio juntamente com Santa Rosa - o primeiro ilustrador do personagem -, inspirado no personagem Serafim Ponte Grande de Oswald de Andrade. Porto também contribuiu com publicações sobre música e escreveu shows musicais para boates, além de compor a música "Samba do Crioulo Doido" para o teatro rebolado.
quarta-feira, 25 de junho de 2025
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Foi também o criador e produtor do concurso de beleza As Certinhas do Lalau, onde figuravam vedetes de primeira grandeza, como Anilza Leoni, Diana Morel, Rose Rondelli, Maria Pompeo, Irma Alvarez e muitas outras.
Conhecedor de Música Popular Brasileira e jazz, ele definia a verdadeira MPB pela sigla MPBB - Música Popular Bem Brasileira. Era boêmio, de um admirável senso de humor e apesar de sua aparência de homem sisudo, escondia um intelectual peculiar capaz de fazer piadas corrosivas contra a ditadura militar e o moralismo social vigente, que fazem parte do FEBEAPÁ - Festival de Besteiras que Assola o País, uma de suas maiores criações.
FEBEAPÁ
O FEBEAPÁ - Festival de Besteiras que Assola o País tinha como característica simular as notas jornalísticas, parecendo noticiário sério. Era uma forma de criticar a repressão militar já presente nos primeiros Atos Institucionais (que tinham a sugestiva sigla de AI). Um deles noticiou a decisão da ditadura militar de mandar prender o autor grego Sófocles, que morrera havia séculos, por causa do conteúdo subversivo de uma peça encenada na ocasião.
Satirizando o colunista Jacinto de Thormes (pseudônimo de Maneco Muller), Porto, na pele de Stanislaw, criou uma seção chamada "As Certinhas do Lalau", onde cada edição falava de uma musa da temporada, e muitas vedetes e atrizes foram eleitas "certinhas" pela pena do jornalista.
Alcançou a fama por seu senso de humor refinado e a crítica mordaz aos costumes nos livros Tia Zulmira e Eu e FEBEAPÁ. Sua jornada diária nunca era inferior a 15 horas de trabalho. Escrevia para o rádio, para a TV, onde chegou a apresentar programas, e também para revistas e jornais, além de idealizar seus livros, mas o excesso de obrigações seria demais para o cardíaco Sérgio Porto, que morreu de infarto aos 45 anos de idade.
Morte
O senso de humor prevaleceu até o último instante de vida; momentos antes de falecer disse à empregada: Tunica, estou apagando. Vira o rosto prá lá que não quero ver mulher chorando perto de mim.[3]
Porto não viveu para presenciar o Ato Institucional Número Cinco, mas em sua memória um grupo de jornalistas e intelectuais fundou o semanário O Pasquim em 1969.
Sérgio Marcus Rangel Porto, o Stanislaw.
Obras publicadas
Como Stanislaw Ponte Preta
Tia Zulmira e Eu (1961)
Primo Altamirando e Elas (1962)
Rosamundo e os Outros (1963)
Garoto Linha Dura (1964)
Febeapá - Festival de Besteiras Que Assola o País (1966)
Febeapá 2 (Segundo Festival de Besteiras Que Assola o Pais) (1967)
Na Terra do Crioulo Doido (1968)
Febeapá 3 (1968)
A Máquina de Fazer Doido (1968)
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