sexta-feira, 22 de julho de 2016

Água versus seca.


Macaíba está localizado na mesorregião do Leste Potiguar emicrorregião homônima,[1] a uma altitude média de onze metros acima do nível do mar, distante 14 km de Natal, capital estadual. Com uma área territorial de 510,711 km²,[2] integra a Região Metropolitana de Natal, limitando-se com os municípios de São Gonçalo do Amarante eIelmo Marinho a norte; Boa SaúdeVera Cruz e São José de Mipibu a sul; Natal e Parnamirim a leste; Ielmo Marinho, São Pedro e Bom Jesusa oeste.[8]
relevo de Macaíba, com altitudes inferiores a cem metros, está inserido na depressão sublitorânea, entre os tabuleiros costeiros e o Planalto da Borborema; na planície fluvial, situada nos vales dos rios; e nos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados. O município está situado em área de abrangência dos terrenos que compõem o embasamento cristalino, formados durante o período Pré-Cambrianomédio, com idade entre um bilhão e 2,5 bilhões de anos, além do Grupo Barreiras, de Idade Terciária, há cerca de sete milhões de anos. Geomorfologicamente, predominam formas tabulares de relevos, separados por vales de fundo plano.[8]
O tipo de solo predominante é o latossolo vermelho-amarelo distrófico, de textura média pouco fértil, com alto grau de porosidade e grande profundidade, característico das áreas de relevo plano; e o argissolo, mais especificamente o solo podzólico vermelho amarelo, semelhante ao latossolo, mas com um grau de drenagem menor, de imperfeito a moderado.[8]Há também os neossolos (areias quartzosas), planossolos e os solos indiscriminados de mangue.[9]
Macaíba possui grande parte do seu território inserido na bacia hidrográfica do rio Potenji, além da bacia do rio Piranji, sendo cortado pelos rios Grande e Jundiaí. Os principais riachos do município são Água Vermelha, Lamarão, Taborda e do Sangue, e as principais lagoas dos Cavalos, Grande e do Sítio. Os principais reservatórios, com capacidade igual ou superior a 100 000 m³ de água, são Bêbado (108 000 m³), Cana Brava (100 000 m³) e Jambeiro (100 000 m³). A vegetaçãoé formada pela floresta subcaducifólia, cujas espécies ficam sem folhas no período da estação seca, além dos manguezais, com espécies adaptadas a solos permanentemente inundados.[8]
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados
em Macaíba por meses (
EMPARN, 1912-presente)[10]
Mês
Acumulado
Data
Ref
Mês
Acumulado
Data
Ref
Janeiro
125,4 mm
26/01/2004
Julho
155,4 mm
01/07/2000
Fevereiro
112,4 mm
28/02/1917
Agosto
121,8 mm
08/08/2008
Março
104,6 mm
08/03/2002
Setembro
82,3 mm
04/09/2013
Abril
168 mm
03/04/1997
Outubro
50 mm
25/10/1955
Maio
166,8 mm
15/05/2013
Novembro
42 mm
16/11/2006
Junho
185,5 mm
09/06/2008
Dezembro
50 mm
21/12/1943
clima macaibense é o tropical chuvoso, do tipo Aw na classificação climática de Köppen-Geiger). A temperatura média anual é de aproximadamente 26 °C (média máxima de 31 °C e mínima de 21 °C), chegando a 32 °C nos meses mais quentes e podendo cair até para abaixo de 20 °C nos meses mais frios. Asprecipitações ocorrem sob a forma dechuva, concentradas entre os meses de março e julho, com índice pluviométrico médio de 1 134 milímetros (mm) por ano, sendo abril o mês de maior precipitação (194 mm).[22] O tempo aproximado deinsolação é de 2 700 horas/ano,[8] com umidade relativa do ar média de 74%.[23] Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre 1961 e 1963 a menor temperatura registrada em Macaíba foi de 16 °C em 12 de agosto de 1961,[24] e a maior atingiu 34,7 °C em 11 de janeiro de 1963;[25] o índice mais baixo de umidade relativa do ar ocorreu na tarde em 12 de dezembro de 1962, de 44%.[26]
Conforme dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), desde 1912 o maior acumulado de precipitação em 24 horas registrado em Macaíba foi de 185,5 mm em 9 de junho de 2008.[20] Outros grandes acumulados foram 182 mm em 24 de junho de 1912,[27] 168 mm em 3 de abril de 1997,[17] 166,8 mm em 15 de maio de 2013,[16] 156 mm em 16 de junho de 2008,[20] 155,4 mm em 1° de julho de 2000,[12] 143,5 mm em 2 de julho de 2008,[20] 138,2 mm em 13 de maio de 1961,[28]135,2 mm em 26 de junho de 2012,[29] 134,5 mm em 22 de maio de 1935,[30] 134 mm em 2 de maio de 1997,[17] 125,4 mm em 26 de janeiro de 2004,[11] 121,8 mm em 8 de agosto de 2008,[14] 121 mm em 17 de janeiro de 2009,[31] 120 mm em 7 de abril de 1985,[32] 117,6 mm em 13 de junho de 1913,[33] 112,4 mm nos dias 28 de fevereiro de 1917[13] e 18 de maio de 2013,[16] 110 mm em 17 de junho de 1986,[34] 108,7 mm em 15 de junho de 2014,[35] 104,6 mm em 8 de março de 2002,[15] 103,5 mm em 26 de agosto de 2009,[36] 102,5 mm em 14 de abril de 1986[37] e 100,8 mm em 6 de março de 1960[38] e 100 mm em 27 de março de 1960.[38]
40% do município de Macaíba estão inseridos no agreste, com solo, vegetação e relevo típicos; o restante é zona da mata com relevo de 5m (depressões e calhas de rios), e morros de até 100m de altitude com solo de massapê; já não tem a mata atlântica original, e raramente se ver plantas nativas de grande porte. O fato de ter parte no agreste faz com que a oferta de chuvas esteja reduzida para 1.200mm ao ano; o fato de ter zona da mata, e com essa oferta de chuvas, tem parte no aquífero da zona da mata RN, e grande parte do agreste RN é abastecido com caminhão pipa com água de poços tubulares de Macaíba, aonde também há poços da chamada “água mineral”. A parte da zona da mata já foi, toda, plantio de cana-de-açúcar e engenhos; não se plantou cana-de-açúcar no agreste onde a oferta média de chuvas era de 700mm ao ano, volume de chuvas inadequado para esse índice pluviométrico, hoje, reduzido em 50%.

Há muitas áreas encharcadas, saturadas de água excessiva, em cota menor que 10m, e pequenas lagoas com água doce permanente. Na parte do agreste de Macaíba a água subterrânea estar a mais de 80m de profundidade, e salobra, imprópria para se beber. Há também pequenos açudes que nunca secam, que  são abastecidos, hoje, com 700mm de chuvas, com riachos permanentes alimentados pelas fontes de água que afloram na superfície da terra, oriundos do aquífero da ZM. O fato dessa cidade, tão antiga,  ter 70% da área urbana com fossas putrefatas que lançam o  material do esgotamento nos rios, nas várzeas dos rios, nos alagados; e que o restante do material com  esgotos sem tratamento, todos os rios, supracitados, são verdadeiras fossas á céu aberto – um crime político administrativo; os lençóis de água subterrânea, dentro e junto da cidade,  têm coliformes fecais, nitritos, nitritos oriundos dos esgotos e fossas; é possível que a água subterrânea profunda (mais de 100m) e a 2 ou 3km  distância da área urbana esteja livre dessa contaminação.
Imagens na postagem seguinte.

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