segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Porque perfuração de poços no sertão de caatingas   é FANTASIA CIENTÍFICA.
A área referenciada (em PE) é um misto de sertão de caatingas + planaltos pertencentes à cadeia da Borborema, onde a oferta de chuvas, média, foi de 600mm para 350mm ao ano, nos últimos 50 anos; a redução na oferta de chuvas é resultado do desmatamento bestial do NE em 300 anos ( e na AM em 50 anos) e consequentemente alterou os vetores intrinsicamente relacionados com a disponibilidade, ou ausência da água doce (e das chuvas) nas terras emersas: 1) endureceu o solo e o subsolo tornando-o impermeável à drenagem de água das chuvas; 2) aumentou a evaporação de água do chão para 6L/m² ao dia, que equivale a fuga de 6mm de chuvas por dia; 3) aumentou a temperatura e reduziu a umidade do ar;
Com 600mm de chuvas a drenagem (infiltração de água) era de 3L de água por m² durante a estação das chuvas; com 350mm de chuvas a drenagem é menor que 1 L/m² durante a estação chuvosa; se levarmos em conta (e é importante) a alta evaporação de água do chão, e com chuvas menor que 30mm,  e intervalo de mais de 10 dias entre as chuvas, NENHUMA ÁGUA DAS CHUVAS  É DRENADA NO CHÃO SECO E DURO DO SERTÃO NE; com até 100m de profundidade se tiver água subterrânea no sertão de caatinga é SALGADA, imprópria para a vida nas terras emersas; com mais de 200mm de profundidade a probabilidade de se encontrar água subterrânea com vazão de 20L por segundo é REMOTA; no sertão do Seridó-RN, depois de estudos geológicos, perfuraram (Engenharia do EB) poço com 1.000 m de profundidade, mas a vazão é tão baixa que não compensa o investimento; No sertão de Mossoró-RN tem poços com 700m de profundidade, com água, porém a drenagem de água da chuva no terreno arenoso é 100% de 350mm de chuvas, ou 350L/m² durante a estação chuvosa, isto se não se levar em conta a evaporação de água; na postagem anterior o jornal de PE transcreve informações da viabilidade de poços tubulares no sertão de caatingas como se o FRACASSO da ideia, e o desperdício de recursos públicos nessa modalidade da indústria da seca já  não tivessem sido amargurados. Planejar a vida no sertão NE contando com a água doce subterrânea é pura estupidez, ou no melhor das hipóteses, FANTASIA CIENTÍFICA.


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