quinta-feira, 18 de abril de 2019

FEMeA 92

s terras foram desmatadas para o cultivo da monocultura da cana-de-açúcar, e no início do Século 20 existiam 4 usinas moendo cana, produzindo açúcar, melaço, e dezenas de engenhos produzindo rapadura, aguardente e mel bruto (mel de furo); o desmatamento da mata atlântica de 8.000m3 por hectare reduzido a 1.000m3 por hecatre com a cana de açúcar, que como se sabe desaparece no corte, na colheita todos os anos; essa área + o litoral somam 4.300 km2, e é hoje, a área mais densamente povoada do RN, e resta uma usina de cana-de-açúcar produzindo álcool em Goianinha - RN, e se ainda resta algum engenho de cana de açúcar é de pequeno porte produzindo rapadura. Em consequência o clima foi drasticamente alterado, inclusive a oferta média de chuvas de 2.200mm ao ano reduzida para 1.000l/m2 ao ano; nessa pequena área de zona da mata, dunas e litoral, de 4.300km2 existiam os únicos rios perenes do RN no início do Século XX que abasteciam mais de 40 lagoas (citadas apenas aquelas com capacidade maior que 5.000.000m3, a exemplo da lagoa de Extremoz), que são brejos de baixadas, que nunca secavam, água doce, potável; no relatório acima o autor cita a morte de 3 desses rios em torno da Lagoa de Extremoz - Guajiru, Doce e Mudo, e como se sabe, a lagoa de Extremoz além de altamente poluída sua água está ficando salgada; no RN não há qualquer movimento governamental, ou de instituição ambientalista para defender os nossos mananciais de água doce, incluindo os 6 rios perenes, mas, altamente poluídos que ainda restam. Não se pode defender o que não se conhece: 95% dos norte riograndenses, incluindo parte dos que habitam a região Metropolitana de Natal-RN desconhecem a existência desses rios, já que muitas vezes o rio passa na porta de suas casas para receberem lixo e esgotos humanos.
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