segunda-feira, 29 de abril de 2019

Forma agrária á ré 169


Estamos em uma das 3 agrovilas na localidade "Os bancos", município de Santa Maria-RN; a nome "os bancos" que define essa localidade chama a atenção, já que "bancos" na língua portuguesa tem 3 significados: instituição financeira; assento; barreira de terra, patamar de terra que se destaca no ambiente; Um pouco de história: durante 200 anos (até meados do Século XVIII) essas terras foram exaustivamente exploradas, com FOGO, para os campos de pastagem do gado e agricultura; depois foi instalada aqui uma usina de beneficiamento  da lã têxtil e do caroço do algodão, projeto financiado por um banco estatal BR; o projeto faliu, e o banco financiador passou a dívida do projeto para outro banco, que tentou criar gado bovino (novamente), quando não só o projeto faliu, mas o banco (BANDERN) - banco do rio grande do norte também fechou, passando a dívida para outro banco estatal BR que dividiu as terras em 3 lotes para assentamentos - dois assentamentos do Banco da Terra, e o outro do INCRA, mais de 200 famílias assentadas a mais de 15 anos; portanto, a palavra "bancos" no plural, significa os 3 bancos financiadores desses  projetos FALIDOS; Sim, falidos por que nenhuma das 200 famílias assentadas consegue tirar o sustento dessas terras, criar e fazer agricultura, como seria a proposta dos técnicos e dos governos; existem 3 agrovilas assentadas nessas terras; os açudes que não secam durante o verão, armazenam SALMOURA com a mesma salinidade da água do MAR, caldo grosso, fedorento que já não evapora; nas várzeas e no leito seco do rio (Camaragibe) que abastece o açude grande (da propriedade) tem salitre; no leito seco do Camaragibe tem lajes de cloreto de sódio, igualzinho ás salinas de Macau, Areia Branca-RN; é perfeitamente previsível que até o ano 2.020 nenhuma dessas famílias assentadas nessa propriedade permaneçam aqui, mesmo que o Governo FEDEral continue dando o "comer"(com as bolsas esmolas) e com a água do carro-pipa trazida de uma distância não inferior a 30km (da zona da mata RN).
erradicando a seca 15. Desse jeito o Nordeste nunca vai dá certo.
Enquanto no semiárido nordestino não há qualquer tipo de captação e  armazenamento de água DOCE das chuvas; onde 90% dos açudes estão secos na maior parte do ano; só tomam água se a oferta de chuvas for maior que 600mm; onde todos os açudes armazenam LIXO do chão - matéria orgânica animal e vegetal, viva e decomposta; todo  tipo de microrganismos, inclusive algas; derivados de petróleo, veneno da lavoura; Enquanto isto AQUI estar a Maquete do Projeto de captação e armazenamento de água diretamente das nuvens, que pode ser desenvolvido em qualquer lugar e terreno do semiárido, para se ter água doce, limpa, em quantidade e qualidade para o abastecimento urbano e produção de alimentos o tempo TODO; na fotografia AÉREA  da Maquete a área de captação de água forrada com lona plástica (branca) somente no tempo das chuvas, ou até que as cisternas estejam cheias de água; essa área é uma calha que canaliza a água para as 2 cisternas; vendo-se as 2 cisternas forradas com lona plasticas, brancas, impermeabilizadas, com uma estrutura de cobertura de madeira, e sobre a madeira uma tela de náilon (ou arame) de malha 1x2mmm, impedindo o acesso de folhas de plantas, insetos (e outros animais); sobre a tela vem uma cobertura de lona plástica (vendo-se a tampa aberta) que impede a evaporação de água das cisternas; a água armazenada nessas cisternas impermeabilizadas, de onde não há fuga da água, permanece inalterada, em volume e qualidade, durante  dezenas de anos; a secular seca nordestina não tem nada a ver com escassez de chuvas, mas  tem tudo a ver com as ideias e obras que ao longo de 300 anos se instalaram no semiárido, copiando ideias ultrapassadas, incoerentes como formas de se captar e se armazenar água das chuvas;o Nordeste ainda tem jeito e pode dá certo. Erradicando a seca 14.

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