sábado, 24 de junho de 2023

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 Educação Ambiental; Quanto de vida tem. Quanto tem de Vida na Natureza é quanto tem de água doce.

a) Luz solar – energia luminosa e calorífica do Sol, são variáveis atmosféricas que dependem do lugar na superfície da Terra, depende da estação do ano; do relevo; da capacidade de absorção e reflexão da luz por parte dos corpos da litosfera, incluindo o nível de cobertura vegetal;
b) Atmosfera com a água evaporada da hidrosfera e litosfera, da cobertura vegetal; no espaço atmosférico a água se detém, podendo chegar a 100% de umidade, o que significa que a massa de água evaporada atinge o valor da pressão atmosférica exercida pelas moléculas de ar; a água evaporada vai formar nuvens de água condensada; a água evaporada da hidrosfera e litosfera depende: 1) temperatura na hidrosfera, na litosfera; 2) da pressão atmosférica; 3) da água armazenada na hidrosfera e na litosfera, da massa vegetal; 4) depende dos ventos.
c) Volume e massa de água doce disponibilizada na hidrosfera e litosfera – depende do volume de chuvas, depósitos de água na superfície da Terra, dos rios de água corrente e da cobertura vegetal.
d) Solo – no que se refere a cor, capacidade de absorção e reflexão da luz solar; depende da drenagem e absorção de água; depende do nível de cobertura vegetal;
Dos 4 Elementos referendados o SOLO, sob nossos pés, é o mais agredido pelas atividades humanas, mas também o único que pode ser PRONTAMENTE criado pelo Homem.
A cobertura vegetal é o quinto elemento da Natureza tal é seu comprometimento com o equilíbrio do clima, consequentemente o Homem pode intervir, a longo prazo, nas variáveis atmosféricas criando uma cobertura vegetal adequada permanente; a mais forte condicionante nesse princípio de criação da cobertura vegetal é disponibilizar água DOCE de acordo com as necessidades das plantas no metabolismo e na manutenção de 60% de água no corpo, lembrando que nesse processo a planta permuta água com o Solo e com a Atmosfera.
Pesquisas realizadas entre os trópicos onde está a maior massa vegetal, por área, da Terra, indicam que durante o período ativo de crescimento e reprodução a planta necessita, em média, de 10 litros de água doce por metro cúbico de massa vegetal por dia; isto depende da vida útil da planta, da espécie, da idade, do clima, do volume de massa vegetal do corpo da planta, lembrando que a planta escolhe o lugar para nascer e viver de acordo com os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas.
A massa vegetal na caatinga do sertão varia de 0,01m3/m2, ou 100m3 de massa vegetal por hectare, no verão seco, com arbustos, árvores e cactos de vida longa, a 1.000m3 de massa vegetal por hectare, 0,10m3/m2 na estação chuvosa quando surgem plantas rasteiras de pequeno ciclo de vida; é durante a estação chuvosa, quando há disponibilidade de água doce, que TODAS as plantas inserem o período ativo de metabolismo, floração, crescimento e reprodução; Na caatinga o período ativo dos arbustos e cactos tem 90 dias, enquanto relva e gramíneas de pequeno ciclo nascem e morrem com 100 a 120 dias de vida.
O metabolismo requer água para a coleta de nutrientes minerais do Solo, para a fotossíntese na atmosfera, e para circular a seiva no corpo da planta; requer água para manter 60% de água no corpo, lembrando que a planta respira e transpira utilizando a água do corpo; a coleta de água do chão, do solo úmido é pelas raízes;
Fora do período ativo a planta requer 1/3 da água que necessita no período ativo; Um mecanismo biológico para se adaptar ás condições ambientais.
No caso da caatinga as plantas com 0,10m3 de volume de massa vegetal por m2 de chão requer 1 litro de água por m2 ao dia durante 90 dias de vida ativa, equivalente a 90 litros de água por m2, ou 90mm de chuvas; no restante do ano, 270 dias, as plantas precisam de 30 litros de água por m2, ou o equivalente a 30mm de chuvas, COMO não existe essa água da chuva os arbustos da caatinga liberam as folhas, enquanto os cactos murcham, secam e podem morrer. O período chuvoso na caatinga e sertão varia de 60 a 120 dias, variando de 200 a 600mm de chuvas; por Não Ter SOLO menos de 5% da água da chuva ficam no terreno ao alcance das raízes das plantas.
Na agricultura dessa área o milho e o feijão têm 90 dias de vida, do plantio a colheita, e a vida ativa de crescimento, floração e reprodução tem 70 dias; a massa orgânica do feijão, leguminosa, é 0,05m3 de massa vegetal por m2, 500m3 por hectare, enquanto o milho, cereal, é o dobro com 0,10m3 por m2, ou 1.000m3 por hectare; milho e feijão são espécies diferentes de lavoura, cultura. O milho exige mais água do que o feijão, para gerar a mesma massa vegetal.
Durante 70 dias de vida ativa o feijão necessita de 35 litros de água por m2, enquanto no mesmo tempo a massa vegetal de milho requer para o metabolismo e reposição de água no corpo, durante 70 dias, de 140 litros de água por m2, ou o equivalente a 140mm de chuvas.
Se chover 500mm em 100 dias nessa lavoura 360mm não serão utilizados pelo milho cultivado; a Perda de água do Solo em cobertura vegetal de 0,10m3 por m2 é de 2 a 4 litros de água por m2 ao dia, média de 3 L/m2/dia, 210mm em 70 dias.
Para arborizar a caatinga é necessário CRIAR o solo, Quarto Elemento que a Natureza não o fez. Criar uma cobertura vegetal permanente com árvores, arbustos e cactos de 2.000m3 de massa vegetal por hectare, ou 0,20m3/m2, reservando-se 5 litros de água doce das chuvas por m3 de massa vegtal, por dia, que em 4 meses (120 dias) de vida ativa média são 2.000x5X120:1.000= 1.200m3 + 1/3 dessa água para os 240 dias restantes do ano = 1.600m3 de água por ano, por hectare; reduzir a evaporação do Solo. Se chover 320mm ao ano, 3.200m3 por hectare, 320.000m3 por km2, o projeto de água para captar e armazenar água das chuvas para criar e manter 100 hectares de arborização: 100 x 1600= 160.000m3 de água --- 320.000:160.000 = meio km2, ou 50hectares. Matematicamente é possível converter metade da caatinga em área úmida e fértil adequando os recursos disponíveis. A caatinga, semiárido natural por não ter solo tem 250.000 km2 em 8 Estados do NE; com a exploração desordenada a perda de massa orgânica da caatinga é de 60% na flora e 90% da fauna, condição de deserto. Com isso todas as variáveis atmosféricas foram alteradas, se refletindo em uma área de 800.000 km2 do NEBR.
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Damiao Medeiros
Caatinga; semiárido natural porque NÃO tem SOLO, quarto Elemento que a Natureza não criou; significa clareira, com até 2.000m2 sem planta, surgindo o subsolo pedregoso cinzento; somam 250.000km2 em 8 dos 9 estados do NE.
Damiao Medeiros
Projeto (maquete) de captação e armazenamento de água das chuvas em qualquer lugar do NE - na areia da praia, no leito seco do rio; nas várzeas dos rios, na caatinga, na chã e nas abas das serras... A Maquete em questão foi montada na Chã da Serra de Santana, Ten. Laurentino Cruz - RN. com a presença de representantes do Sindicato dos Trabalhadores rurais, vereadores, representante da I. Católica; e pecuarista local
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Damiao Medeiros
FEMeA - Fonte Didática e Metodológica para a Ecologia e o Meio Ambiental da Região Nordeste, desde 1.992.
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Damiao Medeiros
O Sentido da Vida no Rumo da Razão.
Damiao Medeiros
A Terra está submetida a um fenômeno climático/atmosférico chamado de El Niño, gerado pelo aumento de temperatura da água do Oceano Pacífico, junto ao Continente da América do Sul que aumenta o volume de chuvas em partes do BR, mas reduz drasticamente a oferta de chuvas no semiárido, para 200mm ao ano, que é seca oficial, quando a fauna, a flora e a agropecuária dessa região estão adaptadas para 600mm de chuvas ao ano; é provável que El Niño permaneça atuando por até 3 anos, como já aconteceu tantas vezes no Século XX, e de 2.012 a 2.017 deste Século; Nenhuma das 16 modalidades de obras (hídricas) executadas pelo governo/comunidade acadêmica, no NE pode ser útil como forma de captar e armazenar água das chuvas para criar e manter vida nessa área.
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