quinta-feira, 2 de março de 2017

Degraus para se chegar à seca

1) Desmatamento incondicional, com fogo, promovido pelo governo central, incentivado e orientado pela comunidade acadêmica, e por todos os nordestinos como forma de aumentar a área de produção (????) com a abertura incessantes e progressiva dos campos de lavoura de subsistência e campos de pastagem do gado;
2) Açudes pequenos com parede de terra construída manualmente transportando a terra em lombo de  jumento, ou no couro de boi arrastado por uma junta de bois;
3) Inspetoria de obras contra a seca, do governo central,  cabide de emprego inoperante, sem recursos, nem conhecimento científico  sobre o NE, que durou menos de 10 anos; o pouco que fez foi para agravar o problema da escassez de chuvas;
4) Cacimbas na areia seca do rio temporário vêm desde os índios locais; os  “civilizados” cavaram cacimbas  no rio, e cacimbões nas várzeas dos rios, então (ambos) com água salobra, que depois ficou salgada, ou secaram;
5)  Primeiro modelo de cisterna, (enterrada) com 10 ou 12 m³,  vem da década de 50, mas havia os tanques (em cima do chão) retangulares, da mesma época, são grandes; dos  3 modelos de cisternas e + tanques retangulares existem 2 milhões de unidades no agreste e sertão NE de 550.000 km², e em cada casa pode haver até 5 exemplares que passam a maior parte do ano secos, vazios.

6)  DNOCS – departamento de obras contra seca, instrumento para o governo federal, em nome da seca, colocar dinheiro no RALO do NE, que enriqueceu centenas de famílias NE que acumularam fortunas para comprar votos a preço de banana, e se manter no poder político hereditário, grandes vultos no meio político e econômico BR; NB: e ainda dizem que o crime não compensa.


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