Haitianos estão pagando por saco de dejetos e ajudando a combater doenças
Uma iniciativa encabeçada por mulheres no Haiti está salvando vidas com dejetos humanos e, ao mesmo tempo, fertilizando o solo a partir do esgoto.
Trata-se de vasos sanitários de compostagem seca. Funciona assim: o interior da privada é preenchido com forragem de cana de açúcar, que mantém os dejetos secos e evita o odor.
As famílias pagam US$ 3 (R$ 10) por mês para que os dejetos sejam coletados duas vezes por semana. Os dejetos são, então, encaminhados a um centro de tratamento, onde micróbios naturais e altas temperaturas matam patógenos perigosos, transformando o esgoto em compostos orgânicos que são vendidos a fazendeiros locais por US$ 6 (R$ 19) a sacola.
A ideia pode ajudar a solucionar a dura realidade do país, um dos mais pobres do mundo, que não conta com um sistema de esgoto canalizado.
A maioria dos haitianos não tem acesso a um banheiro. Nadège Raphael, de 21 anos, é uma delas. "Tinha de ir ao banheiro na frente de outras pessoas, algumas vezes na rua ou usando uma sacola plástica", diz.
"Usar um vaso sanitário público ou fazer as necessidades ao ar livre não é seguro. Por causa das condições insalubres, as mulheres contraem infecções e ficam doentes", acrescenta.
Depois de ver centenas de crianças de sua comunidade morrerem de cólera, a parteira Madame Bois decidiu que algo deveria ser feito. "Esse problema afeta a saúde de todo mundo aqui. Comecei a falar sobre a necessidade de as pessoas terem o próprio banheiro em casa", conta.
Ela, então, convenceu a ambientalista Sasha Kramer, há 13 anos vivendo no Haiti, a envolver-se no projeto. Juntas, as duas encontraram uma solução que não exigisse grande infraestrutura e que mantivesse o esgoto longe da água.
"Não há esgoto no Haiti. Queríamos construir um vaso sanitário para pessoas que não tivessem acesso confiável à água e à eletricidade", diz Kramer. "É o Soil (sigla inglesa para Subsistências Integradas Orgânicas Sustentáveis, nome do projeto). Algo que poderia fazê-lo ficar doente se transformou em algo que deixa toda a população mais saudável", completa.
"Ter acesso ao saneamento privado é um problema de dignidade humana básica", conclui. Mas a ideia pode ser replicada em larga escala? Diz Kramer: "Ainda não refinamos o modelo de negócios. Estamos trabalhando para reduzir os custos". "Se todo mundo tivesse vasos sanitários como esses, teríamos menos problemas de saúde", afirma Bois.
"Aqui, o sonho já se tornou realidade para nós e vamos continuar a seguir em frente", acrescenta.
Trata-se de vasos sanitários de compostagem seca. Funciona assim: o interior da privada é preenchido com forragem de cana de açúcar, que mantém os dejetos secos e evita o odor.
As famílias pagam US$ 3 (R$ 10) por mês para que os dejetos sejam coletados duas vezes por semana. Os dejetos são, então, encaminhados a um centro de tratamento, onde micróbios naturais e altas temperaturas matam patógenos perigosos, transformando o esgoto em compostos orgânicos que são vendidos a fazendeiros locais por US$ 6 (R$ 19) a sacola.
A ideia pode ajudar a solucionar a dura realidade do país, um dos mais pobres do mundo, que não conta com um sistema de esgoto canalizado.
A maioria dos haitianos não tem acesso a um banheiro. Nadège Raphael, de 21 anos, é uma delas. "Tinha de ir ao banheiro na frente de outras pessoas, algumas vezes na rua ou usando uma sacola plástica", diz.
"Usar um vaso sanitário público ou fazer as necessidades ao ar livre não é seguro. Por causa das condições insalubres, as mulheres contraem infecções e ficam doentes", acrescenta.
Depois de ver centenas de crianças de sua comunidade morrerem de cólera, a parteira Madame Bois decidiu que algo deveria ser feito. "Esse problema afeta a saúde de todo mundo aqui. Comecei a falar sobre a necessidade de as pessoas terem o próprio banheiro em casa", conta.
Ela, então, convenceu a ambientalista Sasha Kramer, há 13 anos vivendo no Haiti, a envolver-se no projeto. Juntas, as duas encontraram uma solução que não exigisse grande infraestrutura e que mantivesse o esgoto longe da água.
"Não há esgoto no Haiti. Queríamos construir um vaso sanitário para pessoas que não tivessem acesso confiável à água e à eletricidade", diz Kramer. "É o Soil (sigla inglesa para Subsistências Integradas Orgânicas Sustentáveis, nome do projeto). Algo que poderia fazê-lo ficar doente se transformou em algo que deixa toda a população mais saudável", completa.
"Ter acesso ao saneamento privado é um problema de dignidade humana básica", conclui. Mas a ideia pode ser replicada em larga escala? Diz Kramer: "Ainda não refinamos o modelo de negócios. Estamos trabalhando para reduzir os custos". "Se todo mundo tivesse vasos sanitários como esses, teríamos menos problemas de saúde", afirma Bois.
"Aqui, o sonho já se tornou realidade para nós e vamos continuar a seguir em frente", acrescenta.
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