Material orgânico desperdiçado custa R$ 465 milhões à cidade de São Paulo
Danilo Verpa/Folhapress |
Das 20 mil toneladas descartadas pelos paulistanos todos os dias, mais da metade (52%) é material orgânico. São restos de alimentos, frutas e podas de árvores que acabam indo parar no lixo, quando podiam ser "reciclados" por meio da compostagem. Esse desperdício custa R$ 465 milhões por ano, segundo cálculos de uma campanha para alavancar a prática no município..
A ação foi criada por um grupo de entidades para tentar mudar essa realidade. Nela constam objetivos e ações para tornar a compostagem parte do programa de governo da capital paulista. A ideia é pressionar o poder público a ampliar as políticas do setor.
Com esse objetivo, também foi criada uma petição online, que pretende angariar o apoio da população e sensibilizar os governantes para essa questão.
No fim de março, o grupo teve uma reunião breve com o vice-prefeito Bruno Covas, secretário de Prefeituras Regionais, que desde o início da gestão Doria é o responsável pela Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana). Os objetivos foram apresentados, e os participantes sugeriram a realização de um fórum temático sobre o assunto.
Na semana seguinte, foram recebidos para uma reunião com o chefe de gabinete da Amlurb, Carlos Oliveira. Ficaram combinados encontros periódicos para encaminhar os assuntos. Também acertaram a realização de algumas reuniões temáticas para tratar de assuntos específicos, como compostagem doméstica e compostagem nas escolas.
MORADA DA FLORESTA
Uma das organizações que participa da iniciativa é a ONG Morada da Floresta, que em 2012 organizou um seminário de compostagem em São Paulo. "Antes desse seminário, a prática estava no limbo do esquecimento e no mito de que não dá certo, devido a experiência mal sucedida de compostagem na Vila Leopoldina", explica o fundador, Cláudio Spínola, finalista do Prêmio Empreendedor Social 2016.
Uma das importantes conquistas do movimento foi a meta 92, que estabelecia a compostagem de todos os resíduos orgânicos produzidos pelas feiras de São Paulo. Foi essa diretriz que levou a criação do pátio de compostagem da Lapa, que, segundo Spínola é responsável por compostar 5 toneladas por dia.
Na gestão Haddad, Spínola foi convidado a elaborar um projeto-piloto de pesquisa e educação ambiental com 2.000 famílias. Nascia aí o projeto Composta São Paulo, que foi executado em 2014. O projeto piloto levou composteiras domésticas a mais de 7 mil habitantes. No entanto, ele foi descontinuado.
O projeto Composta São Paulo foi pago pelas concessionárias Loga e Ecourbis devido a obrigatoriedade que as empresas possuem de aplicarem 0,5% do valor contratual em projetos de Educação Ambiental e pesquisa. Procuradas as empresas e a Amlurb, órgão responsável pela limpeza urbana, não responderam à reportagem.
"Nesse momento, com a troca de gestão e com o dever da apresentação de um novo programa de metas senti a necessidade de fazer uma mobilização para mostrar ao prefeito Dória todos os benefícios da compostagem descentralizada como estratégia ecológica, econômica, social e educativa de gestão dos resíduos orgânicos produzidos na cidade", explica Spínola. (GL)
A ação foi criada por um grupo de entidades para tentar mudar essa realidade. Nela constam objetivos e ações para tornar a compostagem parte do programa de governo da capital paulista. A ideia é pressionar o poder público a ampliar as políticas do setor.
Com esse objetivo, também foi criada uma petição online, que pretende angariar o apoio da população e sensibilizar os governantes para essa questão.
No fim de março, o grupo teve uma reunião breve com o vice-prefeito Bruno Covas, secretário de Prefeituras Regionais, que desde o início da gestão Doria é o responsável pela Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana). Os objetivos foram apresentados, e os participantes sugeriram a realização de um fórum temático sobre o assunto.
Na semana seguinte, foram recebidos para uma reunião com o chefe de gabinete da Amlurb, Carlos Oliveira. Ficaram combinados encontros periódicos para encaminhar os assuntos. Também acertaram a realização de algumas reuniões temáticas para tratar de assuntos específicos, como compostagem doméstica e compostagem nas escolas.
MORADA DA FLORESTA
Uma das organizações que participa da iniciativa é a ONG Morada da Floresta, que em 2012 organizou um seminário de compostagem em São Paulo. "Antes desse seminário, a prática estava no limbo do esquecimento e no mito de que não dá certo, devido a experiência mal sucedida de compostagem na Vila Leopoldina", explica o fundador, Cláudio Spínola, finalista do Prêmio Empreendedor Social 2016.
Uma das importantes conquistas do movimento foi a meta 92, que estabelecia a compostagem de todos os resíduos orgânicos produzidos pelas feiras de São Paulo. Foi essa diretriz que levou a criação do pátio de compostagem da Lapa, que, segundo Spínola é responsável por compostar 5 toneladas por dia.
Na gestão Haddad, Spínola foi convidado a elaborar um projeto-piloto de pesquisa e educação ambiental com 2.000 famílias. Nascia aí o projeto Composta São Paulo, que foi executado em 2014. O projeto piloto levou composteiras domésticas a mais de 7 mil habitantes. No entanto, ele foi descontinuado.
O projeto Composta São Paulo foi pago pelas concessionárias Loga e Ecourbis devido a obrigatoriedade que as empresas possuem de aplicarem 0,5% do valor contratual em projetos de Educação Ambiental e pesquisa. Procuradas as empresas e a Amlurb, órgão responsável pela limpeza urbana, não responderam à reportagem.
"Nesse momento, com a troca de gestão e com o dever da apresentação de um novo programa de metas senti a necessidade de fazer uma mobilização para mostrar ao prefeito Dória todos os benefícios da compostagem descentralizada como estratégia ecológica, econômica, social e educativa de gestão dos resíduos orgânicos produzidos na cidade", explica Spínola. (GL)
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