A redução no volume de chuvas de
700mm para 300mm ao ano, por 9 anos consecutivos, entre 2.012
e 2.020, não só estagnou a economia, o progresso em 800.000 km² do NEBR, mas
também inviabilizou o desenvolvimento da Vida; a água não é tudo para a vida,
mas é 65% na flora e na fauna, e 80% no Homem.
A redução na oferta de chuvas tem como causa as agressões
ambientais, principalmente o desmatamento incondicional do NE, com fogo;
A redução na oferta de chuvas gera outros vetores decisivos
para inviabilizar a vida estabelecida nessa área por milhares de anos:
1)aumento da temperatura mínima e máxima; 2) redução na umidade do ar; 3)
ventos secos e descontrolados; 4)pressão atmosférica; 5) aumento da evaporação
de água no chão, nos açudes, nos corpos de animais e de vegetais, evaporação de
água do solo.
Significa dizer que todas as obras de engenharia idealizadas
e executadas pelo governo e comunidade acadêmica, para captar e armazenar água
das chuvas para SUPRIR com água do período chuvoso a ausência de chuvas no
verão seco de 240 dias, não funciona; é inútil.
Fotos: 1)construção de um açude – foto; 2)cor esverdeada do
lixo líquido do açude foto 5340(Doc); 3)foto 4561(Doc.); 4) foto 5112(Cam); 5)
rio seco – foto 5634(Doc.); 6) relação de açudes do RN com o volume de água em
2.016 e 2.017 (reservatórios com nova cota – Doc.)
No Jogo sujo do “OME” com a Natureza, que leva ao colapso da
água doce, colapso da vida, algumas das dezenas das modalidades de obras da “engenharia
INÚTIL BR”, supostamente construídas, com o desperdício do dinheiro público,
para captar água das chuvas para suprir a água no verão, sem chuvas que dura
240 dias.
O cacimbão, ou poço amazônico.
Fotos 1 e 2 cacimbões; fotos 3 e 4 cacimbas; cacimbões, ou poço amazônico é normalmente escavado nas várzeas dos rios secos do semiárido, e cacimbas são escavadas na areia do leito dos rios do semiárido; o buraco do cacimbão tem forma cilíndrica, escavado no terreno de argila das várzeas, recebe um revestimento de tijolos e caliça, ou tijolos e massa de cimento, para evitar o arriamento das paredes de barro; as cacimbas na areia do rio recebem uma manilha de cimento, ás vezes um tambor de plástico aberto, com duas bocas; a ideia do cacimbão vem dos primeiros colonizadores do sertanejo NE, já que o período das chuvas é muito curto, com verão sem chuvas que pode durar 240 dias; a cimba é ideia dos índios; naquela época a água subterrânea era ligeiramente salobra, tolerável para se beber, cozinhar os alimentos, tomar banho, lavar roupas; o nível do lençol subterrâneo das várzeas é o mesmo do lençol freático da areia do rio, e baixa igualmente com a fuga da água; à medida que vai baixando, diminuindo o volume de água, aumenta a concentração de SAL - nitrato e cloreto de de sódio, SALMOURA imprópria para a vida nas terras emersas; quando o rio deixa de receber água corrente no seu leito por mais de 1.000 dias, o lençol subterrâneo SECA, secando os cacimbões e cacimbas (foto 2); normalmente a várzea estar a 4 ou 6m acima do nível da área do rio, e se o lençol freático da cacimba 4 está a 2 metros do nível da areia do rio, no cacimbão da várzea do mesmo rio a água está a 6 ou 8m de profundidade; devido a relevo do sertão, onde 40% dos 500.000 km² são bases de serras e serrotes, com lajedos e pedras emergentes na superfície, impermeáveis, 80% da água das chuvas precipitadas nessas elevações escorre pelas abas das serras, criando os riachos e rios; o sertão NE é provavelmente a área do BR com maior densidade de rios e riachos; as caatingas também são elevações modestas recortadas por riachos e rios, hoje, secos. Todos os anos chove no semiárido; chuvas de 10mm, em 24 horas, no sertão baixo, nem molha a superfície do chão, porém a chuva precipitada no lajedo, impermeável, íngreme, escorre para as laterais da pedra, atingindo a camada de areia dos riachos e rios, aonde se acumula, se armazena; assim, todos os anos essa camada de areia dos rios e riachos recebem e armazenam água; outra vantagem desse depósito natural de água é que a fuga acontece, somente, no interior da camada de areia, por gravidade, do alto (nascentes) para o baixo (foz); isto é, enquanto a evaporação de água nos açudes, barreiros, á céu aberto, chega a 8L/m² ao dia, na areia do rio a evaporação é NULA, ou quase isso; uma obra que poderia reter a água na areia dos rios seria a construção de barragens subterrâneas - uma parede de alvenaria transversal ao leito do rio, atingindo com a base a rocha matriz embaixo da camada de areia; a obra de engenharia deve ser fator de multiplicação, com a retenção segura, da água das chuvas.
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