Parte da Humanidade, hoje, já tem consciência de que a grande mudança climática ambiental que a Terra está sofrendo tem como causa o "envolvimento insustentável" da Humanidade; sabemos que existem elementos naturais que causam desequilíbrio nas variáveis atmosféricas na América do Norte, em grande parte da América do Sul, Europa, Ásia, mas o Brasil é privilegiado neste aspecto; Aqui não há vulcões, tufões, terremotos, tempestades, tsunami; A seca NE é apenas cultural, e as enchentes no Sudeste, Sul ( as vezes no NE) que só acontecem nas cidades, são do lixo cultural; recentemente estamos fazendo um trabalho de campo para elaborarmos um planejamento para ressuscitar rios no RN, associando os problemas, as causas, e o efeito à ação do Homem local; A comunidade científica afirma que para cada ação destruidora do Homem, ao Ambiente, a Natureza reage visando se restaurar; Neste trabalho de pesquisa no rio Camaragibe, não identificamos, sequer, um item que represente uma reação da Natureza; é como se a Natureza estivesse dando um tempo para os brasileiros se redimirem das agressões ambientais que cometem nesses últimos 100 anos, com nossos recursos naturais; Para quem acredita, a natureza é obra de Deus, e para Deus o inocente não peca, não tem consciência do que diz ou faz; O que queremos dizer é que é possível ressuscitar o rio Camaragibe empregando recursos do próprio meio; nos 41 km do corpo do rio Camaragibe 70% do salitre estão apenas nas barreiras do rio e no leito onde o piso é de argila; Nas áreas onde a calha do rio é rasa, por conta da proximidade de açudes construídos no rio, passam-se vários anos sem ter água corrente, já que grande parte da água do inverno fica presa no açude; somente nos anos de La ñina, 1.000L/m², o açude sangra e assim tem água corrente durante dias e até meses, em todo o rio, o que é bom para empurrar o salitre a a sujeira (assoreamento) do rio para frente; por conta da calha rasa do rio, no tempo de La ñina a água das enchentes transborda nas várzeas, que as vezes se acumula, depositando algum salitre na várzea, claramente identificado pela presença da gramínea pirrichil; Essas várzeas são de argila, onde o salitre está apenas em uma camada fina da superfície, e pode ser facilmente corrida a salinidade do solo com a introdução de carbonato de cálcio - Cal; Com relação ao salitre nas barreiras e no leito do rio, pode ser facilmente removidos pela pressão da água da enchente, e ajuda do Homem, o que não tem acontecido por conta da redução na oferta de chuvas e da construção de açudes; Mesmo com 500L/m² de água das chuvas, os açudes tomam água, mas não sangram, de modo que o salitre arrancado do rio pelas enxurrada vai integralmente ficar no leito do açude, aumentando a salinidade da água, agravado pelo fato da água estar "parada" durante a maior parte do tempo (do ano): à medida que a represa do açude vai baixando, diminuindo o volume de água, por evaporação e outros fatores, a salinidade do açude vai aumentando; No tempo de La ñina o açude sangra, um volume de água 10 ou mais vezes maior do que a capacidade de armazenamento do açude, de tal modo que parte do sal do leito do açude vai para o mar junto com o sal arrancado do rio pela pressão da água corrente, e assim o açude permanece com água ligeiramente doce a maior parte do ano. Considerando-se que a açudagem representa, por estes e por outros motivos, um problema (e não solução), a restauração dos rios do semiárido tem, entre outras providências, a eliminação dos açudes, que se tornaram, ao longo dos tempos, verdadeiras salinas, lixo; Como Já vimos no decorrer da exposição de postagens neste dsoriedem.blogspot.com, é perfeitamente natural captar-se e armazenar-se água doce, pura das chuvas, todos os anos no semiárido, em todo lugar, em qualidade e quantidade para tudo; Reverter o processo de desertificação do semiárido NE, depende: 1) captar e armazenar água doce pura das chuvas para o abastecimento urbano e produção de alimentos (agropecuária); 2) ressuscitar os rios secos mortos, criando fonte de água doce das chuvas junto ao rio - "como ressuscitar os rios do semiárido"; 3) fazer uma agricultura aproveitando racionalmente a água doce das chuvas disponibilizada - o Tanque Retentor de água subterrânea para a agricultura, o tempo todo, sem irrigação - a forma mais inteligente de se produzir alimentos - agropecuária, com a menor quantidade de água onde o agricultor é SENHOR do solo, da água, do espaço físico, e até pode controlar a luz solar, ventilação, etc. lembrando que os outros 3 elementos da Natureza - energia luminosa e calorífica do Sol, solo orgânico mineral, gases atmosféricos estão na medida certa, no NE, para a proliferação de vida; e quanto à água, como já dissertamos aqui, tem abundantemente para tudo - basta apará-la do Céu, e armazená-la pura, sem perda, sem evaporação, sem contaminação tal qual vem das nuvens; 4) interromper todo os processos de criação de salitre no solo e salinização da água de superfície; 5) eliminar todos os poços artesianos, tubulares que sabidamente estão sugando, extraindo a água salgada subterrânea e jogando em cima da terra, podendo-se, inclusive injetar,sob pressão, no poço, água doce das chuvas captada e armazenada com este fim, de modo a aumentar o volume de água no lençol subterrâneo e assim reduzir o teor de sal; todas estas medidas, juntas, devem transformar o semiárido NE de 890.000km² no que foi há 500 anos, quando o Homem estabelecido era selvagem, que vivia da coleta, da caça e da pesca onde hoje o Homem não consegue viver nem com os programas paternalistas do governo; O número de habitantes no NE poderia ser multiplicado por 10 ou mais, vivendo em paz com a Natureza, com as outras formas de vida e com Deus; 80% da vegetação nativa do NE foram eliminados nos últimos 200 anos para os campos de lavoura e pastagem do gado, e mesmo assim produz, hoje, menos de 30% da massa de alimentos que consome; Tudo o que a gente come vem das plantas; não há exceção; todo vegetal tem alimento para a gente; Para viver é preciso mudar - plantar, ao invés de DESmatar;
Quem acredita na vida não tem certeza da morte; aqui está o resultado de quem só acredita na morte; se alguém disser que a vaca que está sorrindo(na fotografia) não é a vaca que na postagem anterior estava no lixo, acertou; mas se disser que esta vaca não morreu por conta do lixo físico, ético, moral, psicológico, intelectual, cultural, ou que há exagero neste enquadramento; ou ainda, que este Blog só mostra o que está errado, dar prova cabal de que está vivendo em vão, que é nocivo à si mesmo, à Humanidade, e a Deus. Qualquer pessoa com o minimo de sensibilidade ética, cívica, humanística se revoltaria contra o crime ambiental, social, financeiro que o governo brasileiro irresponsável, incompetente, está fazendo, principalmente no NE; Esta e outras vidas que estão morrendo no NE é comprada com dinheiro público; Todos os anos instituições como o PRONAF adquire esses animais para repor os que morreram no ano anterior, normalmente superfaturados, adquiridos de criadores mantidos com financiamentos do Governo, sempre a fundo perdido; se esta vaca chegou no assentamento do INCRA, paga pelo projeto do governo, por 600 reais, antes já havia custado 400 reais do financiamento público (a fundo perdido, ou perdoado) para o fazendeiro; para criar, alimentado e sadio, durante 700 dias (do nascimento até o porte do "abate" ou de "cria") um animal destes, com ração comprada, com mão-de-obra, gasta-se (custa) no mínimo 1.000 reais; significa dizer que o governo investiu (em 3 etapas) 2.000 reais no animal, mas não há retorno, já que apenas o fazendeiro recebeu 600 reais na venda da vaca para o "assentado" indefeso, frágil cultural e intelectualmente.
Dando continuidade ao trabalho de pesquisa de campo no rio Camaragibe, de repente uma imagem que tem tudo a ver com a morte, não apenas do rio, mas aponta o FIM do nordeste brasileiro; Gado e lixo juntos é apenas um dos vetores do processo de destruição; o rio Camaragibe tem 60% do seu corpo estabelecido nas terras do assentamento do INCRA, e a imagem do lixo físico e cultural é em uma dessas agrovilas; o gado é comprado na chamada "agricultura familiar", que no semiárido funciona como uma modalidade que o governo federal, por intermédio do órgão representante, no caso o PRONAF, sindicatos e associações tem, de distribuir dinheiro público que na teoria funciona como assistência ao agricultor, mas como NUNCA há produção, termina sendo mais um tipo de paternalismo e assistencialismo nojentos; o lixo, da fotografia, é irmão "siamês" da humanidade; onde tiver um, aí está o outro, e de acordo com a cultura humana, quando mais variado e volumoso for o lixo, mais simboliza o progresso, a riqueza, desenvolvimento de um povo; As vacas estão no lixo como uma das minguadas opções de alimentação??? que o homem (o dono) lhes oferece; Os plásticos do lixo são embalagens de alimentos do homem, normalmente com resíduos, cheiro e sabor da diversidade alimentar, uma guloseima (para a vaca) melhor do que capim verde, além de ser uma mudança da rotina alimentar; funciona para a vaca, como acontece quando a família humana "vai comer fora". Mas comer lixo tem um preço, como veremos na postagem seguinte.
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