terça-feira, 17 de agosto de 2021

Deu a louca.

 


Estamos (a fotografia) no agreste RN, cerrado devastado (vegetação e solo), para fotografar a floração do cardeiro, mandacaru; no cancioneiro nordestino tem uma frase de uma música de Luiz Gonzaga que diz: mandacaru quando fulora na seca é sinal que a chuva chega no sertão (semiárido); De fato estamos em tempo de chuvas no semiárido (que deveria começar em janeiro), mas não há qualquer possibilidade meteorológica para chover, nesta área, nos próximos 60 dias, até maio,

o que significa dizer que as flores não se converterão em frutos; o mandacaru, assim como todos os demais elementos do reino vegetal, investem tudo de si no sistema de reprodução, que no caso do cardeiro é a flor, e depois o fruto que nasce, cresce, amadurece e se reproduz, que o no caso do cardeiro é por intermédio das sementes; o cardeiro da fotografia foi cortado para supostamente servir de ração para o gado, e o desenvolvimento dos ramos, galhos que brotaram exigiram grande dispêndio de energia, particularmente das raízes, o que significa dizer que para o cardeiro criar estas flores foi investido toda energia (e água) do corpo; mas se as flores não vão se converter em frutos, sementes, por falta de chuvas (não tem água) significa dizer que este cardeiro está fadado à morte. A transformação ambiental criada pelo Homem no Nordeste enlouqueceu até a Natureza.

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