terça-feira, 17 de agosto de 2021
Mal sinal. A vida está acabando.
O desastre ambiental que o Homem nordestino causou no Nordeste nos últimos 200 anos Mãe-natureza não teria capacidade para fazê-lo em 5.000 anos; essa transformação ambiental é tão brusca que a Natureza não se deu conta do alcance da agressão; na fotografia o umbuzeiro florando sem folhas, quando se sabe que as flores são folhas modificadas; é comum o umbuzeiro botar flores no meio do verão (sem chuvas) lá pelo mês de novembro, o que acontece com a renovação de folhas; no mês de setembro o umbuzeiro libera as folhas por caducidade, e renova as folhas entre novembro e dezembro; suas flores exalam um perfume inebriante, inconfundível, de modo que no mês de dezembro o umbuzeiro está repleto de flores, que o sertanejo nordestino diz que é o preparo para o nascimento de Jesus (25 de dezembro); A fotografia foi tomada em fevereiro, sem chuvas, mostrando alguma flores, sem folhas; o umbuzeiro armazena muita água das chuvas nas suas raízes, água suficiente para que tenha folhas e flores em pleno verão sem chuvas; se choveu 150 litros por m² de água durante o período de janeiro a junho (1/4), do ano anterior que certamente foi insuficiente para repor a água nas raízes do umbuzeiro, e assim não foi possível se vestir de folhas e flores; essa área recebeu 10 litros de água das chuvas por metro quadrado; como é tempo do Umbuzeiro se reproduzir, os 10mm de chuvas foram suficientes, apenas, para brotar as poucas (e únicas) flores reproduzidas pela fotografia. Isto mostra que por algum mecanismo biológico o umbuzeiro não iria investir em uma reprodução maior; para o agricultor nordestino a ação do umbuzeiro está lhe dizendo: Este ano é seco para o tipo de agricultura paleolítica praticada aqui; neste caso, investir na seca é investir na morte.
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