sexta-feira, 16 de setembro de 2022

14880

 Explicando a água X vida, no MEIO. Uma paisagem na área serrana -RN, vendo-se árvores enormes, e um riacho com água corrente, no final do "inverno" no mês de junho, com uma oferta de chuvas (até então) de 150mm a 180mm; Mas isto não é milagre: é resultado de uma providência da Natureza que com tão pouca chuva consegue criar esse oásis; Essa parte é um vale das nascentes de um rio na aba da serra; se voltarmos à postagem anterior vemos entender que essas serras do RN teve um formação geológica que permitiu que a rocha matriz que elevou-se de baixo por forças tectônicas, seja muito fracionada, quebrada, em cima de lajedos extensos, permitindo a infiltração de água das chuvas, até atingir os grandes lajedos impermeáveis, extensos que estão a 100m (ou mais) embaixo da pedra facionada na superfície do vale (e o riacho) é montado em lajedos extensos; quando a água da chuva se infiltra nas partes altas (ver nas fotografias) ela vai até o lajedo, onde se acumula nas depressões do lajedo, ou escorre formando fontes de água que dão origem as nascentes do riacho, ou rio, como é o caso dessa imagem; neste caso não há seca, apesar das baixas precipitações recentes; aqui se dispõe de água doce para o abastecimento da pequena população da fazenda, água para o gado beber, e pode-se fazer uma pequena agricultura, lembrando que nesta caso as áreas agricultáveis são bem reduzidas por conta dos lajedos e pedras que afloram; nesta postagem. Dois ensinamentos ficam claros para acabar com a seca nordestina: independentemente da oferta de chuvas, desde que igual, ou maior que 200 por ano, é possível captar-se e armazenar-se água das chuvas para tudo - agropecuária e abastecimento urbano no Sertão NE; vimos que a limitação na produção de alimentos neste vale da fotografia é a escassez de solo; e porque não FAZÊ-LO em cima dos lajedos?

Francisca Melo
1 compartilhamento
Compartilhar

Nenhum comentário:

Postar um comentário