quarta-feira, 2 de novembro de 2022

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Por milhares de vezes em pesquisa de Educação Ambiental, nos últimos 20 anos,  estamos DIANTE de uma das 16 modalidades de obras, inúteis, da indústria da seca, que recebe o apelido fictício de barreiro trincheira; crimes de lesa pátria.

Idealizada por ONGs- organizações não governamentais, patrocinada com o desperdício de dinheiro público.

Entre os anos de 2.005 e 2.016 foram executadas aos milhares nos Estados RN, PB, CE, PE, AL, podendo chegar a 70.000 do modelo em pauta. Durante alguns anos, desse tempo, acompanhamos a execução dessas obras no agreste e sertão RN, principalmente nos assentamos do INCRA e do Banco do NE (bando da terra); o chamado ministério da integração nacional distribuía os recursos com Estados e prefeituras dessa área, a quem cabia contratar as empreiteiras para a execução, sem qualquer suporte técnico, ou fiscalização. Antes da execução uma equipe formada por membros das empreiteiras, sindicatos dos trabalhadores rurais, e das prefeituras iam até os “assentamentos” convencer as famílias assentadas de que as OBRAS seriam a opção para se conviver com a seca; na oportunidade já distribuíam uma cesta básica, cartão postal da indústria da seca para o secular dependente do paternalismo barato, sem futuro. Barreiros, barreiros trincheira, barragem, barraginha, barragem subterrânea, BURACOS no chão feitos por 4 horas de trabalho de uma escavadeira, não saía por menos de 10 mil reais para a Nação brasileira; 4 modelos de cisternas, sendo dois modelos no campo e 2 modelos no quintal ou no beiral da casa na agrovila. Convém lembrar que é oficialmente seca quando chove de 200 a 400mm ao ano, quando os buracos do chão não tomam água, não há produção agrícola. O mais absurdo na execução de 20 milhões de unidades dessas obras, incluindo o famigerado carro-pipa, que é um TROÇO permanente que chova, que faça Sol, e cresce em número a cada ano, é o número de instituições governamentais (ver a placa) envolvidas nesse CRIME de lesa pátria; as empreiteiras sem qualquer compromisso de que a COISA funciona como obra de captação e armazenamento de água, enquanto que os sindicatos, órgãos da prefeitura local e os “assentados” aplaudem, ou ficam indiferentes.

Vamos descrever, com conhecimento científico, a obra em pauta; Nome: barreiro trincheira; dimensões – 20 x 5 x 5= 500m3; mãos-de-obra: retroescavadeira; material de construção; captação de água das chuvas – direto das nuvens (no tempo da chuva) pela boca do buraco de 100m2; armazenamento – impossível; Danos causados aos elementos do ambiente: grande buraco perigoso para os animais (e o gado) e pelo tempo: erosão espetacular; Depois de tantos anos dessa obra inútil vamos consultar a opinião do Homem local: decepção geral ao saber que muitas equipes técnicas estiveram previamente no local para convencer o Homem do campo de que a Obra hídrica (70.000 unidades) amenizaria a secura do lugar.

Sensação em testemunhar tanto desperdício do dinheiro público; se conhece, ou tem ideia de qual medida poderia ser tomada pelo governo para realmente extirpar a seca; e a transposição do RSF? Um país tão grande e rico para um povo pequeno e miserável.

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