Por milhares de vezes em pesquisa de Educação Ambiental, nos
últimos 20 anos, estamos DIANTE de uma
das 16 modalidades de obras, inúteis, da indústria da seca, que recebe o
apelido fictício de barreiro trincheira; crimes de lesa pátria.
Idealizada por ONGs- organizações não governamentais,
patrocinada com o desperdício de dinheiro público.
Entre os anos de 2.005 e 2.016 foram executadas aos milhares
nos Estados RN, PB, CE, PE, AL, podendo chegar a 70.000 do modelo em pauta.
Durante alguns anos, desse tempo, acompanhamos a execução dessas obras no
agreste e sertão RN, principalmente nos assentamos do INCRA e do Banco do NE
(bando da terra); o chamado ministério da integração nacional distribuía os
recursos com Estados e prefeituras dessa área, a quem cabia contratar as
empreiteiras para a execução, sem qualquer suporte técnico, ou fiscalização.
Antes da execução uma equipe formada por membros das empreiteiras, sindicatos
dos trabalhadores rurais, e das prefeituras iam até os “assentamentos”
convencer as famílias assentadas de que as OBRAS seriam a opção para se
conviver com a seca; na oportunidade já distribuíam uma cesta básica, cartão
postal da indústria da seca para o secular dependente do paternalismo barato,
sem futuro. Barreiros, barreiros trincheira, barragem, barraginha, barragem
subterrânea, BURACOS no chão feitos por 4 horas de trabalho de uma escavadeira,
não saía por menos de 10 mil reais para a Nação brasileira; 4 modelos de
cisternas, sendo dois modelos no campo e 2 modelos no quintal ou no beiral da
casa na agrovila. Convém lembrar que é oficialmente seca quando chove de 200 a
400mm ao ano, quando os buracos do chão não tomam água, não há produção
agrícola. O mais absurdo na execução de 20 milhões de unidades dessas obras,
incluindo o famigerado carro-pipa, que é um TROÇO permanente que chova, que
faça Sol, e cresce em número a cada ano, é o número de instituições
governamentais (ver a placa) envolvidas nesse CRIME de lesa pátria; as
empreiteiras sem qualquer compromisso de que a COISA funciona como obra de
captação e armazenamento de água, enquanto que os sindicatos, órgãos da
prefeitura local e os “assentados” aplaudem, ou ficam indiferentes.
Vamos descrever, com conhecimento científico, a obra em
pauta; Nome: barreiro trincheira; dimensões – 20 x 5 x 5= 500m3; mãos-de-obra:
retroescavadeira; material de construção; captação de água das chuvas – direto das
nuvens (no tempo da chuva) pela boca do buraco de 100m2; armazenamento – impossível;
Danos causados aos elementos do ambiente: grande buraco perigoso para os
animais (e o gado) e pelo tempo: erosão espetacular; Depois de tantos anos
dessa obra inútil vamos consultar a opinião do Homem local: decepção geral ao saber
que muitas equipes técnicas estiveram previamente no local para convencer o
Homem do campo de que a Obra hídrica (70.000 unidades) amenizaria a secura do
lugar.
Sensação em testemunhar tanto desperdício do dinheiro público;
se conhece, ou tem ideia de qual medida poderia ser tomada pelo governo para
realmente extirpar a seca; e a transposição do RSF? Um país tão grande e rico para um povo pequeno e miserável.
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