quarta-feira, 2 de novembro de 2022

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O Brasil cria pouco, mal copia e corrompe tudo.

Com essa frase que bem define a índole, a cultura dos brasileiros diante da vida, nesse ambiente chamado Brasil tão privilegiado pela Natureza, nos credita argumentos para conduzir essa postagem de educação ambiental, diante da inutilidade dessa modalidade de obra da indústria da seca, chamada de cisterna de enxurrada; a cisterna é uma obra da engenharia humana que existe a mais de 8.000 anos, antes mesmo da chamada civilização humana, em países desérticos da Ásia e da África; um buraco escavado no chão com uma parede de pedras e cal, ou pedras e betume, junto ao beiral da casa, para captar a água das chuvas precipitada no telhado, e armazenar água  para o USO doméstico, para o período seco; quando a gente se refere a desertos secos subtende-se lugares onde chove menos de 200mm ao ano, havendo desertos secos como o Atacama, na América do Sul em que se passam dezenas de anos sem cair um pingo de chuvas, o que significa dizer que nenhuma das 16 modalidades de obras da indústria da seca, no BR,  poderia ser executada lá; dessas 16 modalidades de obras, que soma 20 milhões de unidades, somente 2, o carro-pipa e a cisterna calçadão pode ser executada onde o terreno é plano, arenoso, onde a baixa pluviosidade não permite empoçar a água, nem criar água corrente formando riachos, rios, como é o caso de grande parte do Agreste e do sertão do Mato grande no RN; dos 4 modelos de cisternas 2 são construídas junto aos beirais das casas, 12, ou 16m3, e as outras duas pode ser feita no campo, ou no quintal da casa, com 50 a 52m3; todas  são feitas de placas pré-moldadas de cimento, e uma base com ferragem; a barragem calçadão tem uma calçada de placas de cimento que serve de área de captação de água das chuvas, porém a cisterna de enxurrada não tem área de captação de água e somente entraria água das chuvas na cisterna se chover um dilúvio capaz de enxarcar, abrejar o terreno fazendo o excesso de água em cima da terra escorrer para dentro da cisterna; Os pre-moldados feitos de cimento, areia, cascalho, unidos na estrutura da cisterna com massa de cimento, exige mão de obra especializada na confecção das placas, e na montagem na cisterna, e encarece demasiadamente a obra com esse material industrializado.

O Brasil cria pouco, mal copia e corrompe tudo: 1) um dos modelos de cisterna, que vem da pré-história, é enterrado no chão, enquanto que as cisternas de placas são construídas na superfície da terra; 2) os 2 modelos de cisternas do beiral da casa tem 12 a 16m3 de capacidade, enquanto uma pessoa necessita, nas atividades domésticas de no mínimo 50 LITROS ao DIA, cerca de 20m3 de água por ANO; 3) os telhados das casas no Nordeste é uma das áreas mais habitadas por cobras, ratos, morcegos, todas as espécies de Insetos, inclusive hematófagos que tem o corpo do Homem como fonte de alimentação, e microrganismos; 4) a água das chuvas se precipita no telhado, e por pressão arranca a maior parte da sujeira do telhado, onde os seres vivos fazem suas necessidades, e por gravidade leva essa imundície para a bica, e da bica para a cisterna; se o Homem beber não vive, e se viver não bebe; 5) os 2 modelos de cisternas construídas no quintal de casa, ou no campo tem capacidade volumétrica de 50 a 52m3, insignificante para se fazer irrigação de plantas, com a extraordinária fuga da água do SOLO e do corpo das plantas por conta da alta temperatura solar, ventos secos, baixa umidade do ar; 6) todo esse material  industrializado – cimento, ferro, cascalho, areia lavada na confecção dos pré-moldados e na montagem da cisterna poderia ser substituído por uma camisa de manta PVC, existente no mercado, que pode durar 400 anos; as cisternas de placas pré-moldadas racham com o alto calor do Sol, e a água armazenada foge  extraordinariamente.  Com essa pequena  explanação sobre os 4 modelos de cisternas, tendo um dos modelos a nossa frente, ratificamos o termo da abertura da Postagem: o Brasil cria pouco, mal copia e corrompe tudo; ao copiar o modelo de cisterna de 8.000 anos, corrompeu-se ao tentar o feitio de obras que não tem forma de captação de captação de água; que o líquido por ventura armazenado é insignificante em termos de volume; sujo, e não há segurança de armazenamento, além de encarecer a obra; os 20 milhões de unidades dessas 16 modalidades de obras inúteis consumiram bilhões de reais nos últimos 20 anos, sendo que se levarmos em conta que algumas surgiram a mais de 100 anos, 1/3 de todas as riquezas do Brasil foram consumidas para alimentar esses crimes de lesa pátria, e a seca, que não tem nada a ver com falta, ou escassez de chuvas, está engolindo o Brasil todinho; tem soluções inteligentes para a deficiência hídrica que ocorre a séculos em 1/3 do Nordeste, que concorre para a fome, a miséria, doenças, atraso (IDH), com qualidade de morte, Porém o Homem que cria os seculares problemas ambientais não evoluiu  intelectualmente para entender que pode-se ter qualidade de vida com os valores de recursos naturais disponíveis, desde que utilizemos esses recursos, ao invés de usar, consumir, gastar, destruir. O futuro do Brasil é sombrio; inimigos internos. Imposto ICI - irresponsabilidade, corrupção, incompetência.

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