sexta-feira, 22 de setembro de 2023

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 A seca presente também nas escolas. No NEBR a seca está em toda parte, principalmente nas escolas.

Em cima da serra da formiga, zona rural, Riachuelo-RN, uma escola do município, onde se ver a construção de uma caixa (castelo) para armazenar água, ideia do ministério da educação, mas não existe a água, saneamento; Essa ideia lembra bem um "conto folclórico europeu" que tem o título "assembleia dos ratos": em um lugar (qualquer) da terra havia muitos ratos que viviam muito bem, sem encrencas, sem brigas, com muito espaço, muito alimento para todos; de repente apareceu na área uma gato que comia ratos, causando grande baixa na população de ratos; era preciso buscar uma forma de se antecipar aos ataques de surpresa do gato, talvez um aviso, um sinal que permitisse aos ratos fugirem antecipadamente do ataque do felino; promoveram uma assembleia onde todos os ratos apresentassem a melhor proposta para o caso; o rato mais novo do grupo, metido a sabidão, falante, disse que havia estudado a questão e tinha a melhor ideia: colocar uma coleira com um sino (chocalho) no pescoço do gato, de modo que ao aproximar-se da área, os ratos pudessem fugir e se proteger; os incautos, presentes, aplaudiram delirantemente a ideia do jovem rato, mas um rato velho, experiente, vivido, por acaso presente á reunião, pergunta: quem vai colocar o chocalho no pescoço do gato? Todos os ratos ficaram em silêncio, e cada um foi saindo do recinto, em rumos diferentes, e nunca mais voltaram à sua terra; esse conto folclórico europeu poderia ser aplicado também a outras situações no Nordeste BR; Da década de 40 á década de 60 o povo nordestino começou a fugir da seca, indo principalmente para SP, MG, GO e RJ, onde sepre foi estrangeiro por conta da sua cultura; nas Décadas de 70 e 80 o Governo federal construiu milhares de açudes e poços tubulares no semiárido, afastando temporariamente a escassez da água de beber, ao mesmo tempo em que o Brasil deu um grande salto na Economia, e o nordestino se sentiu encorajado a voltar ao seu torrão natal; Nas estiagens prolongadas da década de 80 o governo encontrou formas de trazer o "comer" que o Homem não conseguia produzir no NE; na década de 90 o governo criou os programas paternalistas, assistencialistas (que perduram até hoje) que permitem manter o Homem nordestino semi-alimentado (há mais de 20 milhões que recebem menos de 1.000 calorias na refeição diária), mas por outra lado criou um grande problema social e intelectual: viciou o cidadão, e hoje 30 milhões de nordestinos tem preguiça de pensar, raciocinar, chegando ao ponto de aplaudir a construção da caixa d´água da escola, em pauta, mesmo que na sua casa, no mesmo lugar, Serra da Formiga, não tenha água (doce, limpa, potável); certamente o Homem acredita que, sendo uma ideia do ministério da educação, o governo federal vai mandar água diretamente de Brasilia-DF, ou seria do rio São Francisco? Assim caminha o NE às escuras, até o fim. Mas o NE ainda pode dá certo, de um jeito diferente.


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