Malditos sejam, Infiliz. Quem observar o intenso trabalho de educação ambiental que iniciamos em 1.992, atribuindo a seca, a fome, miséria, atraso, sede, mortes ao analfabetismo científico, não sabe que há mais de 80 nasci as margens de uma lagoa no sertão RN, que nunca secava, com mais de 12km de extensão, 2km de largura porque meus país fugiam de uma seca a 15km da lagoa, quando choveu (soubemos depois) 500mm/ano; nasci em uma casa de taipa, de chão batido, coberta com palhas de carnaúbas; adquiri grande variedade de vermes ao beber da água da cor de leite, da lagoa; plantava-se de seca a inverno ás margens da lagoa, na chamada "vazante" á medida que a represa da lagoa ia secando; plantava-se naquele solo de sedimentação, com até 3 metros de espessura assentado no lajedo; sempre tinha batata doce, jerimum, milho, feijão macassar e capim para alimentar o gado que fornecia carne, leite, couro; lagoa com muita variedades de peixes de água doce; conheci o Mar (a 100km de distância) com 18 anos, quando pela primeira vez fui a um médico/dentista; em consequência da água no estado lixo que bebi e me banhei muitas doenças - xistos no pâncreas, rins, fígado; com 16 anos de idade com a 3ª série primária, profissão: flagelado da seca (aos 18 anos de idade trabalhando numa verba de emergência da seca pela "comida"; como pesquisador tenho a convicção científica de que a seca nordestina não tem, ainda (apesar do aquecimento global) relação com falta, ou escassez de chuvas, mas porque a água foge pelos cérebros ocos, vazios, ou recheados com estrume, ou drogas, desde os governantes, passando pela comunidade acadêmica, até os operários da seca - aqueles que sobrevivem, com qualidade de morte, do paternalismo e assistencialismo nojentos que vicia, mata, e nos torna indefesos, inválidos como gente, e emperra o Brasil como Nação, pátria, país.
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