No início de outubro do corrente remeti aos dirigentes das Revistas “A Defesa Nacional” e Verde-Oliva(CCOMSEx), veículos de comunicação do público militar do EB, quatro correspondências com material gravado em “CD”, e na oportunidade solicitei o retorno das informações por acreditar que o EB é reserva e escola moral, ética, cívica, patriótica, democrática do Brasil, opinião forjada nos 28 anos que passei na ativa nessa Instituição, de 1.963 a 1.991; outra certeza que me vem do pronto retorno às informações enviadas está na denominação “Centro de Comunicação Social”, que assim se define: Centro –ponto de convergência dos elementos que, eqüidistantes dos extremos, constituem a ordem de um espaço físico – foco e irradiação de valores que integram e coordenam o comando de forças que se constituem em Unidade de ações; Comunicação –conjunto de elementos físicos e científicos que criam, recebem, tratam, difundem e guardam valores de ligação e interação das faculdades intelectuais como informação imprescindível aos indivíduos de uma sociedade instituída; Social – relação de convivência e dependência funcionais entre seres vivos com o objetivo de instituir uma unidade de defesa, evolução e conservação para o bem comum de determinada espécie, grupo, classe estabelecidos em Um Meio organizado nesses valores. Quando o “social” é entre Deus e os Seres humanos (e vice-versa) racionais a ligação de sociabilidade é mental, psíquica, espiritual, mas a ligação social entre os homens civilizados é feita, democrática e livremente, com elementos de comunicação manipulados pela intelectualidade dos indivíduos, com base nos valores humanos da cultura em voga.
Reafirmo que os programas sociais desenvolvidos ou coordenados no NE pelo EB é imediatismo, não tem futuro, é desperdício do dinheiro público: a sangria (*) do Velho Chico é um crime ambiental, econômico e social; o programa “carro pipa” é uma insensatez dispensável; o projeto “um milhão de cisternas” com água do telhado e armazenada em cisternas de placas de cimento, do Governo e associação de bancos (aplaudidas pela engenharia e chefes militares do EB) é algo tão degradante, humilhante, irracional que não há adjetivo para classificá-las. A seca nordestina alimentada e cultuada, inclusive pelo EB, é um desastre cultural, social, econômico, filosófico; é imoral. Juntando-se todas as idéias – açudagem, barragem subterrânea, chuva artificial, poço tubular, rebocar icebergs da antártica, transposição do lixo do RSF, Etc., o resultado seria “estrume” intelectual que cria no Nordeste, com reflexo em todo o Brasil, uma sociedade irresponsável, corrupta, depravada, drogada, parasita, violenta, nociva a Deus e ao País.
A minha formação militar me permite acreditar que ao receber aquelas informações em dois CDs (+) V. Exa. enviou, nos trâmites legais e funcionais, cópias ao Escalão superior do EB, particularmente na cadeia de subordinação dessa chefia, e já teria sido formada uma opinião a respeito da realidade científica do material e consequentemente uma posição na defesa do EB diante do seu envolvimento desastroso com a seca cultural nordestina, mas também se mostrando receptivo à urgente e necessária mudança como forma de se redimir com o País, recuperando a fé pública em suspeição com a sangria e morte do Velho Chico.
Gostaria de não precisar USAR de outros mecanismos de persuasão para que o Centro de Comunicação Social do Exército, numa atitude de respeito e consideração à importância desse material científico, desse o retorno solicitado ou a réplica de contestação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário