[PREVISÃO] Por que o clima das regiões Sul e Nordeste parece sob impacto do La Niña que não chegou
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Em 2024, o mundo esperou com expectativa o La Niña, com modelos climáticos até indicando que isso ocorreria no último outono. Mas as temperaturas de algumas regiões do Pacífico não atingiram o patamar necessário para a formação do fenômeno.
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Apesar de o La Niña não ter chegado, há várias regiões no mundo, como o Nordeste brasileiro e o Rio Grande do Sul, onde condições atmosféricas respondem a características típicas dessa fase fria do El Niño Oscilação Sul (ENOS). É o caso da seca mais comum no extremo Sul e de mais chuvas no Nordeste.
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Mas o meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis, alerta que uma das consequências da atual condição de neutralidade (sem La Niña e sem El Niño), é a maior variabilidade climática. Isso significa que essas regiões brasileiras podem enfrentar muitas irregularidades, como chover bem em algumas áreas, e continuar seco, em outras.
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Ainda não está claro se esses eventos estão sendo causados pelo El Niño ou pelo aquecimento global, com aumento dos níveis de vapor de água. Essa incerteza ocorre porque o ENOS é um sistema climático acoplado entre a atmosfera e oceano, sobretudo nos trópicos.
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As últimas previsões dos modelos sazonais indicam uma probabilidade de 55% de uma transição da atual condição de neutralidade para um La Niña, de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025. Mas segundo o meteorologista, “o La Niña não deve chegar, pelo menos neste primeiro semestre”.
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Além disso, o ENOS não é a única influência do clima global. Há outros fatores importantes, como a Oscilação do Atlântico Norte e a Oscilação do Ártico, além dos Dipolos do Atlântico e do Índico. O Laboratório Lapis monitora o índice de temperatura do Atlântico Norte e do Atlântico Sul.
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