domingo, 12 de julho de 2020

Não o silêncio covarde.

O Silêncio é por vezes oportuno.O silêncio faz grande falta na civilização contemporânea. Fala-se em demasia, e, por conseguinte, fala-se do que se não deve, do que se não sabe, do que não convêm, apenas pelo hábito de falar. Na falta de um assunto edificante, ou com indiferença para com ele, usam-se temas negativos, prejudiciais ou sórdidos, envilecendo a própria alma, enxovalhando o Próximo e consumindo-se energias valiosas. Há uma preocupação excessiva em falar, opinar, mesmo quando se desconhece a questão. Parece de bom-tom a postura de referir-se a tudo, de tudo estar a par.
Aumenta-se, assim, a maledicência, confundem-se as opiniões, entorpecem-se os conteúdos morais das palavras. Se cada pessoa falasse apenas o necessário e no momento oportuno, haveria um salutar silêncio na Terra. Faz-se silêncio diante de observações pejorativas, de assuntos prejudiciais, matando, ao surgir à informação malsã. Quando se tragam opiniões infelizes, reclamações, queixas que põem mal diante de ti o ausente, seja ele quem for, não te deixes contaminar pelo morbo da palavra insensata. Há pessoas que se autonomeiam fiscais do Próximo e não se detêm a examinar a conduta, deste modo, reprovável; utilize o silêncio necessário. Não a mudez caprichosa, vingadora. Mas a discreta atitude de quietação e respeito. O silêncio faz bem aquele que o conserva.
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