domingo, 25 de outubro de 2020

O fogo.

 

O fogo  que MATOU a Zona da Mata Nordestina, de fato e na crença dos nordestinos.

 

 O fogo e a vida não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.

       O fogo é um agente de destruição incompatível com a vida.

 

  O fogo na agricultura começou quando o homem primitivo deixou de ser nômade e se fixou na terra para produzir seu alimento cultivando a terra e criando animais que fornecem ovos, carne, leite, couro e lã. O primeiro agricultor  registrado na História foi Caim – Gêneses 4 – primeiro filho de Adão/Eva que viveu a cerca de 7.500 anos. Para abrir espaço para a agricultura o homem terá que destruir as plantas nativas. Naquele tempo não havia ferramenta para o desmatamento – cortar e arrancar a planta pela raiz, e o fogo era empregado durante dias e dias até queimar toda massa orgânica vegetal, transformando-a em cinzas, carvão, fuligem e fumaça, gerando na atmosfera o ácido nítrico NHO3, a chuva ácida, destruindo a camada de ozônio O3,, aumentando o efeito estufa.

Na litosfera o desmatamento com fogo destrói ou expulsa a fauna; a cinza, a fumaça, a fuligem bloqueiam os poros de respiração, transpiração e fotossíntese das plantas; nos animais bloqueia os poros da pele(transpiração e respiração da pele), afetam a visão e olfato, e no homem causam vários tipos de câncer; no chão o fogo destrói o solo orgânico vivo, impermeabiliza(endurece) o terreno impedindo a infiltração de água das chuvas e dificultando o desenvolvimento das raízes das plantas; na água da hidrosfera o material derivado de carbono incinerado na queimada traz muitos transtornos.

O homem já tem tecnologia para abrir espaço para a lavoura sem queimar a vida.

 

TESTEMUNHAL: Pernambuco teve nos séculos  XVI e XVII o maior plantio de cana-de-açúcar da Terra, graças à zona da mata de solo massapé coberto de aluvião profundo, escuro, de grande fertilidade, com uma oferta de chuvas anual superior a 2m/m²; luz solar e ventilação propícias á geração e manutenção de vida, produzindo  100 toneladas de cana para 20 toneladas de caldo por hectare. Até início  da década de 60, políticos e intelectuais anarquistas pernambucanos, de triste memória, importaram de regimes comunistas, particularmente de Cuba, a  idéia de se queimar a cana no campo como forma de forçar os usineiros a atenderem a reivindicação dos trabalhadores dos canaviais. A cana-de-açúcar queimada perde imediatamente 20% da água (caldo) do corpo, e a cada dia que fica exposta ao Sol no campo perde até 8%, um desastre. Da cana-de-açúcar se produz álcool, aguardente, mel, melaço, açúcar, rapadura – sacarose, tornando-se uma das culturas mais úteis ao homem. Sem fogo a cana-de-açúcar tem vida útil de até 40 anos.

 

Em 1.972 Pernambuco tinha 92 indústrias beneficiando a cana-de-açúcar e seus derivados, trazendo 100.000 empregos diretos e permanentes; centenas de cidades nasceram e viveram na zona da mata  nordestina em função da cana-de-açúcar, riqueza que fez de Recife a 3ª cidade do Brasil e deu a Pernambuco o título de “leão do norte”.

Com 20 anos de fogo no canavial, a produção caiu para 70 toneladas por hectare(apesar do adubo químico que vicia a terra e encarece a produção); a vida útil da cana baixou para 10 anos(hoje é de 5 anos),  e o clima foi alterado em todas as variáveis atmosféricas, inclusive baixou o índice pluviométrico.

Em 1.993  Pernambuco tinha 16 indústrias de cana-de-açúcar e hoje só funcionam quando o Governo injeta recurso a fundo perdido, uma forma de manter o emprego, mantendo o homem no campo. A diminuta classe de trabalhadores da cana tem que receber um complemento de renda por intermédio dos programas paternalistas do governo federal, entre os quais a bolsa esmola. O homem dos canaviais imigrou para as cidades formando e inchando as favelas, onde o rapaz(filhos) terá que optar pelo crime, uso e tráfico de drogas e as meninas buscam a prostituição.

A zona da mata nordestina está nos estados RN-PB-PE-AL-SE-BA, localizada entre o litoral e o agreste; tem 3km de largura na ponta em Ceará-Mirim-RN e mais de 100km de largura na divisa da Bahia com a região sudeste. A menor área de zona da mata está no RN, cerca de 2.000km², onde 97% da vegetação nativa foram destruídas para abrir espaço para a cana-de-açúcar que com a mudança climática e destruição do solo agrícola inviabiliza o cultivo.

 O Brasil nasceu na zona da mata nordestina, a terra do pau-brasil, teve muitas madeiras nobres com um volume de massa vegetal de 0,80m³/m². Hoje tem o maior bolsão de miséria do Nordeste.

Para quem conhece, como eu, o estupro que o fogo causa à ecologia, ao meio ambiental, à Natureza, seria estupidez, imbecilidade, irracionalidade admitir que o fogo seja um dos 4 elementos da Natureza. O fogo é um agente de destruição incompatível com vida. Nenhum ser vive com os 300ºC do fogo agricultural nordestino  das coivaras, queimadas, fogueiras. O fogo é o fim.

Sempre que Deus usou o fogo o fez para destruir a vida mal criada, corruptível, a exemplo de Sodoma e Gomorra.

 

Na crença nordestina:

Como Ser onipotente, onisciente, onipresente Deus não poderia ter o fogo como elemento da Natureza, da vida. Por isso a Palavra de Deus coloca o fogo como o FIM de tudo.

 

Nas leis da Natureza:

 Os 4 Elementos da Natureza: 1) Energia luminosa e calorífica da luz solar; 2)atmosfera com água no estado gasoso, 12 gases, sendo que 4 deles constituem 96% dos corpos dos seres vivos; 3) Solo orgânico mineral; 4)água no estado líquido – CHUVAS. Toda água da Terra veio ou vem de um regime de chuvas.

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