segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Não há como o Homem conviver com sua seca.

 


O  mesmo Homem da postagem anterior e sua cacimba escavada no leito de um riacho temporário afluente do Rio Camaragibe; Durante à noite a cacimba acumula 60 litros de água que o Homem apanha (com o balde) para aguar o coqueiro pela manhã; à tarde, a partir das 16 horas, novamente o homem apanha 60 litros de água que se acumulou desde a manhã; são 120 litros de água salobra para manter o coqueiro, por dia; a maioria das fruteiras não toleram a água salobra, talvez por isso o Homem invista no coqueiro que é adaptado à pouca salinidade da água, mesmo por que não existe salitre no solo que inviabilizaria seu cultivo; os 120 litros de água, por dia, seriam excesso se fosse água doce, mas como se trata de água salobra, o coqueiro tem mecanismos biológicos para excretar (no excesso de transpiração, e expiração) o excesso de água, particularmente o sal da água; há plantas que excretam elementos estranhos do corpo, em forma de resina; O coqueiro da fotografia está a 6 metros do leito do riacho, e considerando a impermeabilização do terreno das abas das serras laterais a este riacho, uma chuva de 40mm (40L/m²) em tempo reduzido de 2 horas, faria com que a  enxurrada,  enchente, arrancasse o coqueiro; ao plantar o coqueiro nesta situação de risco o Homem está subestimando a Natureza, ou por que sua memória é falha, e não se recorda da oferta de chuvas, nesta área, em 2.008 e 2.009, quando 60% dos pequenos açudes tiveram as paredes arrancadas pelas enxurradas, quando os sangradouros dos açudes não deram vazão ao grande volume de água. Em suma: Não há como se conviver com a seca artificial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário