sábado, 31 de outubro de 2015

A seca 482.




Um comentário:

  1. Um pouco de história; certa vez, lá pelos idos de 1.966, Eu e um amigo, adolescentes, fizemos uma caminhada de 36km, á pé, entre duas cidades do semiárido RN; saímos de casa as 7 horas da manhã, mas fomos nos distraindo pelo caminho, e lá pela 11 horas ainda estávamos no meio do caminho (18km) com uma sede de "lascar", sem ver nenhum açude com água; de repente avistamos por entre os garranchos secos (a exemplo das fotos 1 e 2) um espelho líquido que nos pareceu um açude com água; ao chegarmos às margens do açude nos convencemos que deveríamos deitar, de tal forma que a boca chegasse facilmente à água,como fazem os "bichos" irracionais; bebíamos com os olhos fechados, como se quiséssemos agradecer a Deus pela fonte de água, e com a sede saciada, com a barriga cheia, abrimos os olhos e vimos uma cabra morta dentro do açude, já em adiantado estado de putrefação, com o corpo se desmanchando; foi quando sentimos o gosto e odor de podre na boca, e involuntariamente vomitamos parte daquela gosma, e sem forças para caminhar; nos abrigamos do sol na única árvore que tinha folhas e sombra; por sorte nossa, passou um caminhão que nos levou ao posto de saúde da cidade, onde ficamos 24 horas nos hidratando, e fomos submetidos a um "cristé", ou purgante, laxante para expelir toda aquela imundície do organismo; Hoje, com a formação intelectual que nos coloca na "vangarda" do estudo sobre a água, no Brasil, sabemos que nos açudes NÃO existe água, mas, sim, uma solução química, um soro com mais de 80% elementos químicos e orgânicos, estranhos á água, e não há qualquer tratamento que possa restaurar a condição de ÁGUA que vem das nuvens, chuvas da atmosfera.

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