RN-NE-BR, 02 Jan 2.009.
Anexo: CD gravado
com ciência ambiental+ algumas correspondências recebidas.
Ao Ilustríssimo
Senhor Editor-chefe do Jornal Brasil de Fato.
Endereço: Al.
Eduardo Prado, 342 – Campos Elíseos, CEP 01218-010 - São Paulo-SP.
Prezado Senhor
Nilton Viana.
Por intermédio de um amigo meu, militante do
MST, tive acesso ao Jornal Brasil de Fato nº 275 Jun. 08.
Sempre
que conheço uma fonte de informação que se propõe restabelecer, restaurar a
vida ceifada em 500 anos de uso, reuso e abuso, pelo meio ambiente do povo, Eu,
na formação cristã, cívica, patriótica, ética, moral me coloco,
intransigentemente, do mesmo lado na defesa da “proposta” e para isto emprego o
arsenal literário/científico que constitui o Acervo da FEMeA ano Dezoito, informações inéditas na literatura
ambiental brasileira, mas incontestáveis e creditadas por Instituições
brasileiras e Internacionais desde 1.994.
Dois tópicos nesse Jornal têm posicionamento
de coerência com a ciência ambiental e social difundida pela FEMeA: 1)a produção
de etanol com a transformação de matéria orgânica viva – cana-de-açúcar –
sacarose(e água doce) em combustão, quando racional seria produzir alimentos
para a humanidade; 2)Tocar fogo na Amazônia(inclusive o INCRA) em nome do envolvimento
insustentável. Mas reconheço que essa “troca de vida por dinheiro” é promovida
e cultuada (não é novidade) em 500 anos pelos brasileiros (brasa= fogo) e está
arraigada no sangue mestiço, na mesclagem cultural, e, mais recentemente,
regida pela cartilha do homem capitalista, imediatista, demoníaco, que tem como
objetivo (único) a explosão do Planeta Terra até o ano 2.200DC.
Quanto
aos tópicos “agricultura familiar e produção camponesa”, destacados e exaltados
nesse Jornal, dou testemunha de que não funcionam no NE/BR apesar da terra, dos
recursos naturais, dos recursos financeiros, principalmente nos assentamentos
do INCRA da reforma (forma à ré) agrárida, onde as famílias sobrevivem da bolsa
esmola do governo e continuam pobres, miseráveis, famintas, subnutridas,
desempregadas, desiludidas, rodeadas de lixo, excrementos, veneno, doenças,
pragas, poluição, tudo atribuído à seca cultural que é fruto do analfabetismo
científico brasileiro; qualquer outra versão é Mentira, é estupidez, é
irracionalidade. Com o material do anexo os integrantes desse Jornal vão
descobrir, de fato, que a seca nordestina não tem nada a ver com escassez de
água doce para a produção de alimentos e para o abastecimento doméstico.
No Brasil (atual) há duas atividades que
funcionam a contento: futebol e carnaval; futebol é fanatismo, idolatria, a
principal escola de violência no Brasil. Carnaval é prostituição e drogas.
Embora existam boas Leis no Brasil, na hora de aplicá-las, na prática, se
transformam nas leis do futebol e do carnaval – levar vantagem em tudo e
aplicar, sempre, o jeitinho brasileiro. É isto que retrata, com precisão, como
será Brazil do futuro.
Se há um Jornal de Fato que veicula
informações para a formação da opinião pública administrativa, política, econômica,
social, ambiental, ecológica, educativa, cultural, tem-se que primar pela
qualidade, autenticidade, realidade dessas informações; do contrário o
Informativo será ridicularizado, desprezado, desacreditado, decadente, inútil
como acontece com muitos órgãos da imprensa escrita, falada e televisada no
Brasil. Com as matérias de ciência ambiental e social da FEMeA o Jornal de Fato
tem condições de abordar com segurança, precisão e credibilidade informações
imprescindíveis à manutenção da vida e do ambiente no Brasil. Estou, assim,
autorizando a publicação de qualquer tema, assunto, matéria (inclusive as
correspondências) do anexo a esta Missiva, e me propondo, se for o desejo de
V.Sa. a enviar outros materiais do Acervo da FEMeA.
Mesma
proposta feita ao MST por intermédio do acesso à revista “sem terra”, em 2.006,
teve como resposta o silêncio covarde, irresponsável, confirmando os “informes”
a respeito dos seus dirigentes, que, com raríssimas exceções, são oportunistas,
chantagistas, moleques, corruptos e depravados.
O Brasil foi contemplado, por Deus, com um
território de dimensões continentais que reúne os mais significativos bens
naturais, em qualidade e quantidade para ser o paraíso terrestre, onde não há
agressões sísmicas, vulcânicas e não há desastres climáticos, atmosféricos
naturais (a seca e as enchentes são apenas culturais); que tem (tinha) uma
diversidade biológica exuberante, única na Terra, porém a nossa diversidade
cultural herdada do índio, do africano e do português contribui para a involução,
retrocesso que se reflete e se reproduz, hoje, em choques, impasses, conflitos(nos poderes e
na sociedade) que inviabilizam a continuidade do Brasil como Nação Independente
e soberana até o ano 2.050. Na minha visão intelectual, cultural ainda há tempo
para que o Brasil acorde do sonho In tenso e levante-se do berço fragilizado e
doentio. Estou conclamando a direção desse Jornal a levantar essa bandeira,
optando pela verdade científica do Acervo da FEMeA. Se há uma solução, porque
alimentar os problemas? Não podemos nos
opor à lógica e á razão; seria malhar em ferro frio, dar murros em ponta de
faca, botar pregos em estopa...
Em
tempo: a frase meio ambiente é uma agressão à língua portuguesa. Meio e
ambiente, nesta frase, são substantivos sinônimos; ambiente não funciona como
adjetivo na língua portuguesa.
Petróleo
é matéria orgânica fóssil de origem animal, e, portanto não é recurso natural -
é lixo, produto de morte; onde tem petróleo não tem água H2O, não
tem atmosfera, não tem vida, não tem natureza (é fato). A Natureza produziu
esse lixo a milhões de anos, injetando-o a grandes profundidades da Terra
porque sabia que se ele aflorasse (ou fosse extraído pelo homem) à superfície
(da Terra) a extinção da vida estaria decretado, o que deve acontecer até o ano
2.200DC, se o homem não se tornar um Ser racional ciente e consciente, como é o
desejo de Deus e expectativa de Mãe-natureza.
Permaneço à disposição do Jornal Brasil de
Fato para outros esclarecimentos no endereço postal. Não dispomos de Internet
banda larga para esse volume de informações.
Atenciosamente,
___________________________________________________
Damião de
Medeiros, responsável.
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