segunda-feira, 29 de novembro de 2021

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9ª postagem na pequena propriedade rural de 9 hectares do Sr Cícero Barbosa de Lima e sua família (10 pessoas) no agreste RN, vendo-se um pequeno açude (seco),  chamado "barreiro", construído nas nascentes de um riacho (seco) que na época das chuvas (com 500L/m²/ano) que enche com 100mm de chuvas, graças ao grande lajedo, rocha matriz emergente, impermeável, que se vê no fundo; calcula-se que a capacidade de armazenamento de água desse barreiro seja de 500m³, 500.000 litros; a área do lajedo impermeável (aflorado) é de mais ou menos 50x40= 2.000m²;  500.000:2.000= 250; significa dizer que se o barreiro recebesse apenas a água que vem do lajedo, encheria com 250mm de chuvas ou 250L/m²; de fato o barreiro encheu e sangrou; se a represa de água desse barreiro, cheio,  cobrir uma área de 500m² (provável), e se a evaporação de água de superfície livre, no semiárido, é de 10L/m²/dia, os 500.000 litros de água fugiriam, na evaporação para o AR; 500m² x 10L =  5.000 L/dia de evaporação. Os 500.000 litros desapareceriam em 500.000 : 5.000= 100 dias; somem-se a isto o fato da parede de terra do açude, barreiro estar assentada sobre o lajedo impermeável, permitindo a fuga de água, vertida, drenada, entre a terra e o lajedo embaixo; Está explicado por que os açudes no semiárido nordestino são obras da engenharia de fantasia.

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