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Carnaúba; uma palmeira que só nasce nas várzeas dos rios; no RN é muito comum na várzea do rio Açu; Aqui (na fotografia) na várzea do riacho pedra branca, município de Riachuelo, na localidade várzea fria; já foi chamada, com certo exagero, de árvore da vida, por conta do suposto aproveitamento de todo o seu corpo; Mas o caule da carnaúba, da família do coqueiro não é uma boa madeira; aproveita-se 100% de suas folhas (ou palmas); a cera produzida, excretada pelas folhas, provavelmente (para elas) como material de refugo, descarte, tóxico, tem muitos aproveitamentos na indústria de "disco de vinil", velas, ceras de assoalhos, cera de pintura, proteção e reforço de tecidos de algodão, mas da palha da carnaúba se faz muito artesanato: chapéus, bolsas, esteira de dormir, cortinas das portas, sacos para armazenar mercadorias diversas, e também era o telhado e paredes das casas da área; Hoje a carnaúba já não tem utilidade, já que há fibras sintéticas para o artesanato, não se produz o disco de vinil, a vela é feita com outros materiais; No RN a carnaúba pode chegar a 20 metros de altura, está sempre com as folhas verdes, que vai descartando à medida que envelhece, surgindo outras folhas. Os índios janduís do vale do Açu e afluentes, produziam muito artesanato com as folhas da carnaúba; A cera nas folhas da carnaúba impermeabilizam as folhas (e artesanatos) protegendo-as da umidade, daí por que o telhado da casa com folhas da carnaúba durava mais de 10 anos, mas como a cera é um material de baixa combustão (e duradouro) corria-se o risco de incendiar o telhado com qualquer faísca do fogo de lenha dentro de casa; também era comum cobras e ratos morando no teto de folhas de carnaúba;
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