quinta-feira, 11 de julho de 2024

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 Persiste.

Na defesa intransigente da vida, informar com precisão - tempo 2. Rio na subida (na aba ) da Serra de Santana, município de Cerro-Corá, afluente do rio Potengi, ver fotografia; já com 800 dias sem ter água corrente no leito, com 800 mm de chuvas nesse tempo; em destaque 2 poços tubulares com cata-ventos e alguns coqueiros nas margens do rio; a localização desse rio no meio da serra, com elevações íngremes nas laterais, fechando a calha do rio, imprime uma grande correnteza de água (na época das chuvas) e consequentemente não há várzeas, como acontece nos rios do sertão baixo; os poços (2 ) tubulares com torres de ferro dos cata ventos, e os coqueiros estão há menos de 20 anos no local, já que até a década de 70 ( Século XX) esse rio era caudaloso no período das chuvas, com água de grande correnteza que levava tudo o que estivesse na frente, dentro, ou próximo da sua calha; 4 a 5 meses com água corrente no seu leito; a camada de areia lavada, assentada em lajedos impermeáveis tem camada (esponja) com espessura maior que 10m de espessura, ficando saturada de água, permitindo cacimbas que forneciam água doce para o abastecimento doméstico das casas das fazendas ribeirinhas, e para o gado beber durante o verão; à medida que a água ia sendo coletada, extraída da cacimba para muitos fins, o nível da água do lençol baixava, até que as chuvas do ano seguinte faziam o suprimento de água na areia da calha do rio, mesmo que não tivesse enchentes, enxurradas; Qualquer chuva maior que 20mm fazia com que a água precipitada nas abas das serras laterais ao rio escorresse, por gravidade (acelerada) para a camada de areia; o grande número de rios e riachos temporários no sertão, inclusive nessa área da Serra, atraía fazendas de gado para essa área, lembrando que essas terras acidentadas cheias de pedras, lajedos, não servem para agricultura; cada fazenda fazia seu açude no rio, como forma de aumentar a disponibilidade de água, 2, ou 3 açudes no mesmo riacho, um a cada 3km do percurso do rio temporário, hoje, rio seco; com a redução na oferta de chuvas, como aconteceu entre 2.012 e 2.017 os açudes não tomavam água para o verão; com a redução na oferta de chuvas, abaixo de 200mm/ano, baixas precipitações, não chega água DOCE das chuvas (suficiente) na areia do leito do rio, e a pouca água retida no lençol fica salgada; é aí que o governo, os técnicos e proprietários de terras apelam para os poços tubulares (2 na fotografia) de até 60m de profundidade, já que nessas cabeças ocas , se não tem água em cima, água doce da CHUVA, tem água boa embaixo da terra; pura ilusão, ou feitiçaria: a pouca água salgada do poço tubular não dar nem para o gado beber; A tendência do poço é secar totalmente, como já acontece em todo Seridó.

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