segunda-feira, 26 de agosto de 2024

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 e viver não bebe, se beber não vive;

Tudo de mais ou de menos é prejudicial à vida; A Natureza sabe quais são as medidas do equilíbrio; o Homem, como vida inteligente na Terra deveria saber; na fotografia uma mancha no tronco da árvore é resultado de uma ideia que supostamente deveria equilibrar a escassez de água doce das chuvas no verão do semiárido; trata-se da marca deixada no tronco da árvore por conta da represa de um pequeno açude construído nas imediações; 1) o açude só toma água quando a oferta de chuvas é maior que 300L/m², e o represamento do açude, até este local da árvore, dura no máximo 60 dias após a última chuva do ano; 2) a marca no tronco da árvore não é propriamente da água, mas da grande quantidade de argila em suspensão, chamada aqui de água barrenta; 3) a árvore, uma algaroba, é de climas secos e desertos da América do Sul, onde a oferta de chuvas não passa de 200L/m², e jamais escolheria um lugar para nascer e viver onde a água ficasse empoçada, ou represada; 4) a parte do tronco coberta pela água durante 60 dias, de 3 em 3 anos, corresponde a 1% da parte aérea do corpo da árvore, mas é exatamente a parte das raízes enterradas, que pela sua função de sustentação, coleta de água, coleta de nutrientes minerais necessita respirar durante as demandas; 5) a parte aérea da planta - galhos e folhas continuam respirando, transpirando, as folhas processando a fotossíntese, e mesmo assim a árvore está morrendo, apesar dos pequenos períodos que parte do tronco fica submerso; 6) A mancha escura no tronco da árvore, por conta da argila, impede que a árvore respire pelos poros da epiderme (bloqueados) nesta pequena área do tronco, inconveniente que persiste, mesmo que o açude esteja vazio, mostrando à comunidade científica que a água doce das chuvas perde a identidade quando se choca com um corpo da litosfera, por que a água é solvente e substrato da Natureza, adquirindo, assim, elementos estranhos, como: minerais, matéria orgânica viva e decomposta, microrganismos, ácidos, venenos, derivados de petróleo (graxa, respingos de óleo diesel) dos equipamentos usados na aragem da terra, trazidos das rodovias pela água das chuvas; isto é lixo incompatível com a vida. Se existe formas inteligentes para se ter água doce, pura em qualquer lugar do semiárido NE para que continuar investindo na morte?


Damião Medeiros
Quando a lama virou pedra e mandacaru secou e arribação, de sede, bateu asas e voou; por falta d`água morreu meu gado, morreu de sede meu alazão; a terra aqui é só ruim quando não chove no chão; eu perguntei a deus do céu porque tamanha judiação; que braseiro, que fornalha, nem um pé de plantação; arre égua, que confusão do cão.

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