Todos os anos chove pra dar
nado no Nordeste, mas 90 horas após a chuva 80% da água desaparecem, por pura
ignorância. Que diabos!
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Apesar de boas, chuvas
são 'pouco significativas'
O secretário de Recursos Hídricos
afirma que medidas de contingência, como o racionamento, ainda são consideradas;
Apesar
das boas chuvas em fevereiro, os açudes monitorados pela Cogerh, como o Gavião,
tiveram pouco aporte de água ( Foto: Cid Barbosa )
00:00 · 03.03.2017 por Vanessa
Madeira – Reporte
Embora tenham
superado a média histórica para o período, as chuvas que caíram sobre o Ceará
neste mês de fevereiro estão longe de tirar o Estado da crítica situação
hídrica em que se encontra. Conforme afirmou ontem o secretário de Recursos
Hídricos, Francisco Teixeira, para que os municípios cearenses consigam
atravessar 2017, os reservatórios cearenses precisam de um aporte quase dez
vezes maior que o registrado neste início de ano, estimado em cerca de150
milhões de m³ de água. Diante do cenário preocupante, a possibilidade de o
racionamento ainda não foi descartada pelo Governo do Estado.
Leia mais
Em entrevista ao
Diário do Nordeste, Teixeira destacou que as precipitações do primeiro mês da
quadra chuvosa garantiram mais alguns meses de abastecimento para cidades à
beira do colapso hídrico no Interior do Estado. No entanto, foram pouco
significativas para o volume dos açudes do Estado em geral, que continuam com
menos de 7% da capacidade.
"O mês de
fevereiro serviu pra nos mantermos onde estávamos, com um pouco mais de 6% da
capacidade. Para atravessarmos esse ano da forma que atravessamos o ano passado,
em estado de alerta e com contingência, precisamos chegar a 12%. Pode parecer
pouco, mas significa dobrar a reserva de hoje. Precisaríamos de um aporte de um
bilhão de metros cúbicos", diz o secretário. "Para sairmos da
situação crítica, seria preciso passar de 30% da capacidade no Estado",
acrescenta.
Segundo Teixeira,
de janeiro até agora, as chuvas garantiram maiores recargas em açudes do
extremo Norte do Estado. No entanto, nos reservatórios que abastecem a Região
Metropolitana de Fortaleza e em outros importantes açudes do Ceará, a situação
se mantem preocupante.
Racionamento
O secretário conta
que medidas mais drásticas de contingência ainda são consideradas. Caso o Ceará
não consiga atingir o volume mínimo de 12% ao fim da quadra chuvosa, ações como
o racionamento podem ficar mais próximas de se tornarem realidade. A recarga
dos próximos meses será decisiva, diz Teixeira.
"Vai chegar
uma hora que, se a coisa não melhorar, precisaremos tomar medidas mais
radicais. Dependendo do aporte que tivermos nesses meses, sobretudo na Região
Metropolitana, tomaremos uma decisão. Mas, de forma alguma, nossa decisão será
um passo para trás do que temos hoje. Só vamos aliviar se houver o inusitado,
ou seja, uma recarga muito substancial, coisa que não esperamos em um período
de chuvas dentro da normalidade, como o que devemos ter". Leia mais no
Regional
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