Brejo de altitude
Brejo de altitude
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4.800 km²
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Serra Negra, distrito de
Bezerros, no Agreste Pernambucano, com 957 metros de altitude
Brejo
de altitude, brejo interiorano ou florestas
de serra, são denominações dadas pelos ambientalistas (principalmente
geógrafos) para áreas situadas no perímetro das secas,
no interior da Região Nordeste do Brasil.
São marcadas por um clima
tropical úmido ou subúmido, em alguns casos até
mesmo subtropical.
Devido à elevada altitude, criam todas as condições necessárias ao
desenvolvimento de uma flora que reúne
tanto características da Mata
Atlântica (floresta Ombrófila Densa) quanto da caatinga (Savana
Estépica), contrastando com as áreas circundantes, que possuem condições
climáticas mais secas.
O WWF (
Fundo Mundial para a Natureza) considera os brejos de altitude como uma ecorregião distinta
do bioma da Mata
Atlântica.
Teoria sobre a
origem dos Brejos de Altitude
Segundo
os cientistas, o clima da Região Nordeste
do Brasil era, antigamente, bem diferente do que
conhecemos hoje.
Há
15 000 anos a Região Nordeste
apresentava um clima úmido o suficiente para abrigar uma floresta
tropical com característica de Mata
Atlântica, que adentrava por todo o interior (curiosamente a
evolução geológica do solo não parece confirmar tal teoria). Com o passar dos
séculos, houve uma drástica mudança no clima do mundo, que, aos poucos foi
dando as características do clima atual do interior da Região Nordeste: o clima
tropical semiárido.
Segundo
os pesquisadores, essas mudanças ocorreram de forma lenta, sendo que a floresta
tropical foi dando lugar a uma savana,
vegetação mais adaptada ao clima quente com pouca umidade.
No
entanto, nas áreas mais altas das chapadas e planaltos da
região (entre as escarpas em altitudes superiores a quinhentos metros), a
floresta tropical permaneceu, graças a um mecanismo eficiente de chuvas orográficas,
que fornecia todas as condições de umidade e temperatura necessárias para a
preservação da fauna e flora.
Geografia
Os
brejos de altitude são encontrados em áreas do Planalto da Borborema, Chapada do Araripe, Depressão Sertaneja Meridional, Serra
da Ibiapaba e Maciço de Baturité.
O
relevo acidentado cria uma barreira natural às massas de ar, que, através do
sistema de chuvas orográficas, acabam despejando umidade nas vertentes à
barlavento e escarpas assimétricas criando micro-climas únicos com temperaturas
brandas e com maior umidade, capazes de assegurar condições ideais ao
desenvolvimento de uma flora mais
exuberante.
Segundo
estudiosos, foi catalogada a existência de 43 zonas de brejos de altitude,
sendo que 72 por cento desses brejos se localizam nos pontos mais elevados do
Planalto da Borborema, entre os estados da Paraíba e Pernambuco,
onde o domo alcança suas maiores elevações.
Flora
Os
brejos de altitude apresentam características botânicas bem particulares,
contrastando com a caatinga encontrada
no interior das regiões semiáridas do Nordeste brasileiro.
A
cobertura vegetal dos brejos de altitude pode ser divididas em dois tipos,
segundo a fitofisionomia dos
locais onde são encontradas:
·
Floresta
Ombrófila Aberta tipo sub-montana: Encontrada
entre altitudes de 100 a 600 metros, sendo exemplos desse tipo vegetação os
remanescentes florestais da Mata do Brejo na microrregião do
Brejo Pernambucano nas proximidades da
cidade de Bonito,
no Agreste de
Pernambuco.
·
Floresta
Estacionária ou Ombrófila Aberta tipo montana (Mata
Serrana): Encontrada em altitudes superiores a 600 metros, sendo exemplo desse
tipo de vegetação a flora
do Brejo dos
Cavalos, situada na encosta leste do Planalto da
Borborema, a uma altitude que varia entre 900 a mil metros, no município
de Caruaru,
na Mesorregião do Agreste
Pernambucano.
Curiosidades
Muitos
municípios dos estados de Pernambuco e Paraíba sobre o Domo da Borborema
(agreste e Sertão)
estão situados em áreas de brejo ou próximos a essas regiões, devido à presença
mais abundante de água do que em seu entorno semiárido e árido,
como, por exemplo, em Garanhuns (Pernambuco)
e Bananeiras (Paraíba).
Devido
às suas qualidades excepcionais de solo e clima, os brejos foram alvo de
desmatamento durante todo o processo de povoamento e ocupação do interior do
Nordeste, levando à destruição de todo um ecossistema com
espécies endêmicas.
NOTA:
algumas informações parecem reais, já que eram únicas, principalmente para quem
acompanha as informações sem pesquisar e comparar dados In loc; existiu, sim,
nas áreas apontadas nesse texto da Wikipédia, fontes de água doce que afloravam nos planaltos e serras,
entre 300 e 1.000m de altitudes, e devido a presença de água doce
permanentemente a massa vegetal, da flora, e a massa animal, da fauna, se destacavam do restante
do sertão e do agreste; nessa área de 550.000 km² havia, na citada altitude de
planaltos e serras, um olho d`água, ou brejo, para cada 20 km² no sertão; uma das diferenças visuais entre agreste e
sertão é que no agreste as elevações não passam de 300m de altitude, enquanto
no sertão RN tem serras com 1.000m de altitude, o que significa dizer que no
sertão havia um brejo para cada área de 20 km² e no agreste para cada
50km²; sendo o brejo uma área com fontes
de água brotando das entranhas da terra, de seca a inverno, e considerando que
em 80% do sertão e agreste é seco, sem
água doce, durante o verão seco que pode durar 240 dias, a população do sertão
dependia dessa água para beber na maior parte do ano, e com o tempo desmatou-se
as áreas em torno das fontes de água para o cultivo de capim, ração do gado, e
hortas para o abastecimento humano; consequentemente 80% dos brejos de altitude
desapareceram no sertão e agreste NE, nos últimos 100 anos.
A
origem.
No
texto da Wikipédia atribui-se a
existência do brejo, com o destaque da vegetação no meio do semiárido, como
tendo origem em um tempo (15.000 anos) em que o sertão era contemplado com mais
chuvas, ficando o vestígio dessa situação, o que é uma fantasia; no NE existem
sub regiões que ainda hoje recebe mais de 2.000mm de chuvas por ano, mas o
sertão de caatingas não recebeu mais que
1.200mm ao ano, há pelo menos 100.000
anos, o que pode ser comprovado pelo tipo de seixos irregulares (não rolados)
nas caatingas onduladas, e também pode ser comprovado pelo solo de sedimentação
das várzeas dos rios, que não existiriam com chuvas de mais de 2.000 mm por ano
no sertão (seria arrancado como aconteceu em 2.000, 2.004, 2.008, 2.009 e
2.011).
Nas
caatingas (sem solo) não existem brejos, porque a infiltração (drenagem) de
água das chuvas na caatinga é de 5% para 500mm de chuvas ao ano, ou 25L/m²,
insuficiente para criar grandes lençóis de água subterrânea, que saturados,
aflorariam nas depressões do terreno, criando fontes de água, ou olhos d`água.
Todos
os rios do NEBR nascem de uma fonte de água, brejo, que aflora (nas nascentes do rio) em altitudes
com mais de 300m acima da cota da foz do rio no Mar; o volume de chuvas no
sertão de caatinga é naturalmente limitado (no máximo) em 1.200mm ao ano por
causa da caatinga, que por não ter SOLO, a a parca massa de cobertura vegetal,
5º Elemento da Natureza (devido seu comprometimento com a presença da água doce
no seu LUGAR) não contribui como atrativo das chuvas; de fato os brejos do
sertão surgiram quando a oferta de chuvas era de 1.200mm ao ano no ano de La
ñina, 400mm ao ano no ano de El ÑINO, e nesse intervalo de tempo entre os dois
fenômenos(de até 11 anos) chuvas de 500 a 700mm ao ano, inclusive na caatinga;
as caatingas, uma infinidade de clareiras em 8 dos 9 Estados do NE somam 250.000 km² numa região
de mais de 1,5 milhão de km² (1/6), de modo que outras partes do NE, inclusive
agreste e sertão, recebiam melhor oferta de chuvas; os brejos de altitude
surgiram nos planaltos e serras PORQUE 90% da água da chuva precipitada nas
chãs das serras se infiltram no terreno arenoso da chã, como é o caso da serra
de Santana que até 1.950 tinha centenas de brejos de altitudes entre
Currais Novos e Florânia-RN; também
comum nas serras de PB, PE, CE, PI, MA, BA; a serra de Santana tem 500 a 700m
de altitude, recebia por ano, em média 700 litros de água das chuvas por m², ou
seja, uma lâmina de água de 70cm de espessura drenada sob pressão (das chuvas)
no terreno ( o miolo da serra é recheado de pedras fracionadas) infiltrada
velozmente pela força de gravidade, aflorando logo abaixo da chã da serra,
vazando na fratura do lajedo submerso, criando os olhos de água, o brejos aos milhares,
água que escorria serra á baixo intermitentemente; essas chãs de serras tem
hoje grande densidade demográfica; na chã da serra de santana há duas cidades –
Tenente Laurentino Cruz e Lagoa Nova; com a chá totalmente desmatada em todas
essas serras, o índice de chuvas foi reduzido nos Últimos 50 anos; o terreno
exaustivamente explorado pela agropecuária, do FOGO, endureceu, limitando a
drenagem de água; perfuraram milhares de poços tubulares nas chãs das serras,
extraindo-se a água dos lençóis que formava os brejos; No sertão e agreste NE
existem dezenas de cidades e povoados com o nome de “OLHO d`ÀGUA de” por causa
dos brejos, que já não existem. A redução na oferta de chuvas no sertão e
agreste NE se deve ao desmatamento bestial, que consequentemente aumentou a
evaporação, reduziu a umidade do ar e do chão; o vento ficou seco, a
intensidade de luz solar aumentou, concorrendo decisivamente para a redução da
oferta de chuvas, eliminou as fontes de água, e todos os rios, antes
temporários, secaram; NB: temporário:
tem água corrente no leito no tempo das chuvas; seco: passam-se até 5 anos sem
ter água corrente no leito do rio; quer mais?
Moldamos e ampliamos o texto sobre o brejo para não ficar só na confusão.
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