Xiquexique no cerrado; ao longo destas postagens temos mostrado que o xiquexique é planta (cacto) de caatinga, que é semiárido por que não tem solo de sedimentação - o que se ver na caatinga é o subsolo coberto de pedras miúdas, seixos, irregulares, cortantes (arestas); que só existe caatinga (250.000km²) no sertão NE; não existe caatinga no agreste, zona da mata, nordeste amazônico; o xiquexique da fotografia está no cerrado do agreste RN (mas no sertão também tem solo e vegetação de cerrado); o xiquexique não nasce onde a espessura do solo é maior que 30 centímetros; o solo do cerrado pode chegar a 1m de espessura, mas no cerrado também existem lajedos emergentes; o xiquexique da fotografia nasceu (pelo aspecto e porte) há menos de 10 anos depois que essa área de cerrado, ligeiramente ondulada, foi exaustivamente explorada com roçados de algodão, milho, feijão, e todos os anos o arado da capinadeira tirava a cobertura vegetal rasteira, gramíneas (limpar), e arrancava o solo que era levado pelas enxurradas; ano, após ano o solo ia desaparecendo, afinando, até que finalmente as pedras (seixos)do subsolo e o lajedo da rocha matriz afloraram na superfície; o xiquexique da fotografia é, portanto, uma planta nova nesta área, que surgiu depois que o Homem alterou o ambiente, particularmente eliminando o solo do cerrado. Apesar de ser uma planta que tem uma finalidade diante do contexto da vida, sua presença no cerrado, antes fértil, de grande espessura reflete um retrocesso, e retrata fielmente uma agressão ambiental.
Um problema ambiental cruciante que poderia ser convertido em solução; o que se ver na fotografia são matas de algaroba, uma planta importada dos desertos da América do Sul para o semiárido NE (nos idos de 1.950) que deveria ser usada como ração do gado durante o verão; Já explicamos em outras postagens que a árvore algaroba está mais adaptada ás condições ambientais e de solo do NE do que na sua pátria; as algarobas foram trazidas e plantadas no semiárido para que suas vargens servissem de alimento para todos os gados - bovino, caprino, ovino, aves, suínos, equinos, muares, mulos; a algaroba no NE é mais nociva do que benéfica, mas sua nocividade está se agravando quando ao atingir ao clímax impede o desenvolvimento de qualquer outra planta, e deixa de produzir vagens, que seria o alimento do gado; a algaroba está sempre verde, enfolhada; suas folhas, tão nutritivas quando as vargens, são miúdas e são liberadas, por caducidade, no chão, quando já estão amareladas, sem "sustança", e sendo tão miúdas se enterram no chão, onde o gado não pode comer; a algaroba é uma leguminosa (tem os grãos legumes condicionados no elemento "vagem"); as algarobas são as únicas árvores que conseguem viver nas várzeas salinizadas do agreste e sertão; 20% do sertão e agreste são várzeas; a massa orgânica da mata de algarobas da fotografia pode chegar a 0,8m³/m², a maior no semiárido NE semiárido de 890.000km²; apesar de toda tecnologia agrícola que o Brasil alega dominar, não se deu conta, ainda, de que as folhas da algaroba são o único alimento abundante disponibilizado o tempo todo no semiárido; basta o Homem empregar mecanismos de coleta das folhas(sem danificar os galhos); a capacidade e adaptabilidade da algaroba permite-se refazer da perda de folhas em curto período de 15 dias no verão e de 8 dias durante os período das chuvas; Por ser uma leguminosa a algaroba usufrui dos benefícios das bactérias nitrificadoras (rhizobium); é uma árvore de grande porte, com muita massa orgânica viva, verde; não tem pragas nem doenças no NE; coletar as suas folhas in natura seria a salvação "da lavoura"; as folhas da algaroba poderiam deveriam ser armazenadas "silagem" no inverno, e melhor: suas folhas são adubo orgânico de primeira qualidade.
De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
Xiquexique, um dos cactos comuns na caatinga só nasce nos cerrados do NE, como é o caso deste da foto, quando o solo desapareceu ficando no lajedo que é a rocha matriz; algaroba, planta invasiva que veio de desertos secos e salinizados das Américas, como forrageira (vagens e grãos) do gado, mas ao atingir o clímax, com exclusividade como árvore, nessa área, deixa de se reproduzir - não tem vagens, nem grãos, e assim é usada apenas como lenha e estacas de cerca; a poesia da música Triste Partida, o êxodo nordestino fugindo da sua seca para outros brasis, que aconteceu intensamente durante o Século XX, e hoje para onde for, neste país, encontrará sua seca proliferando, ou seja, fome, sede, atraso, miséria, incultura, que se reflete em todo o BR como crime organizado, prostituição, tráfico e consumo de drogas, Etc e Tal; o Vídeo: em pleno Século 21 (2.019) dois milhões de barreiros, açudes, barragens e a seca CONTINUA a todo vapor, que chova que faça Sol; E não merece dó, já que a seca é institucionalizada.
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